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Loucuras

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Por:   •  9/8/2014  •  Seminário  •  424 Palavras (2 Páginas)  •  419 Visualizações

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Textos para as questões 3 e 4:

Texto 1 (relato)

“Em 1950, ninguém tinha TV em casa na rua Henrique Dias. Os primeiros aparelhos de televisão estavam chegando ao Brasil e custavam muito caro. Eu escutava no rádio todos os jogos do São Paulo e até os do Corinthians, por causa do tio Constante.

Uma vez, meu tio Odilo prometeu me levar ao estádio do Pacaembu para ver o São Paulo se eu me portasse bem. Virei santo naquela semana de espera interminável. A rua inteira sabia que eu ia assistir a São Paulo versus Nacional, um time fraco escolhido a dedo pelo tio Odilo para não desiludir meu coração são-paulino.

Gostei do amendoim embrulhado em canudo de papel, achei lindo o verde do gramado, as cores dos uniformes e o estrondo dos foguetes, mas os jogadores me decepcionaram um pouco, apesar de ganharem por dois a zero.

Pelo rádio o jogo era mais emocionante: ‘Teixeirinha mata no peito, baixa na terra, passa por um, por dois, invade a área, fulmina e é gol!’ Na minha imaginação infantil, aquele homem que matava no peito, invadia e fulminava tinha superpoderes. O gol do locutor reverberava em meus ouvidos, longo, interminável: gol do São Paulo! Quanta alegria!

No campo era menos emocionante, os jogadores de carne e osso erravam passes, chutavam para fora e perdiam gol cara a cara, exatamente como nós fazíamos na porta da fábrica.” (Adaptado de: VARELLA, Drauzio. Nas ruas do Brás. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000, Coleção Memória e História.)

Texto 2 (depoimento)

Eu tive uma infância maravilhosa, com muita pipa, futebol e caçada. Tão boa que às vezes parece que foi num outro mundo, numa outra cidade. E foi aqui mesmo em São Paulo, ali no Brooklin. Eu queria muito que meus fi lhos tivessem uma infância igual. Mas não anda fácil. Hoje se fala muito em criatividade, mas criativo a gente tinha que ser era no meu tempo. No meu tempo tinha que se fazer tudo, bolar coisas o tempo inteiro. Até para fazer o que não se deve tinha que ter criatividade. Hoje, falta espaço, pracinha, campo de futebol. E a maior preocupação é levantar prédios e mais prédios. Onde é que isso vai acabar? (Depoimento do ex-jogador de futebol Rivelino, adaptado de: Revista Psicologia e Comportamento, 1984.)

Como já estudamos, pode-se dizer que, em relação à sua organização, que os textos podem ser compostos de descrição, narração e dissertação, sendo difícil encontrar um texto que seja só descritivo, narrativo ou dissertativo. Levando-se em conta tal afirmação, aponte a alternativa que classifica adequadamente os gêneros exemplificados acima:

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