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MODERNISMO

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Por:   •  9/6/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.437 Palavras (6 Páginas)  •  386 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O movimento modernista foi uma reação ao conservadorismo e provincianismo da sociedade brasileira. A arte e a literatura produzidas no Brasil até o inicio do século xx era apenas o reflexo do que se produzia na Europa. Os modernistas lutavam por uma arte genuinamente nacional. Não queriam rejeitar as influências externas, mas a partir delas criar uma nova, diferente, original.

MODERNISMO

O Modernismo surgiu em Portugal por volta de 1915, com a publicação das revistas Orfeu, Centauro e Portugal Futurista. A primeira atitude dos novos escritores foi de esquecer o passado, desprezar o sentimentalismo falso dos românticos e adotar uma participação ativa e dentro primar pela originalidade de idéias e, na poesia, não deviam se prender a rima e a métrica.

Os autores modernos não fundaram propriamente uma nova escola literária, com regras rígidas. Pelo contrario, disvincularam-se das teorias das escolas anteriores e procuraram transmitir suas emoções, os fatos da vida atual e a realidade do país de uma forma livre.

Percebe-se nos autores modernos um vocabulário cheio de expressões coloquiais, traduzindo a fala típica brasileira, versos livres.

MODERNISMO NO BRASIL

O modernismo no Brasil tem como marco simbólico a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, no ano de 1922, considerada um divisor de águas na história da cultura brasileira. O evento - organizado por um grupo de intelectuais e artistas por ocasião do Centenário da Independência declara o rompimento com o tradicionalismo cultural associado às correntes literárias e artísticas anteriores: o parnasianismo, o simbolismo e a arte acadêmica. A defesa de um novo ponto de vista estético e o compromisso com a independência cultural do país fazem do modernismo sinônimo de "estilo novo", diretamente associado à produção realizada sob a influência de 1922. Heitor Villa-Lobos na música; Mário de Andrade e Oswald de Andrade, na literatura; Victor Brecheret, na escultura; Anita Malfatti e Di Cavalcanti, na pintura, são alguns dos participantes da Semana, realçando sua abrangência e heterogeneidade. Tal esforço de redefinição da linguagem artística se articula a um forte interesse pelas questões nacionais, que ganham acento destacado a partir da década de 1930, quando os ideais de 1922 se difundem e se normalizam. Ainda que o modernismo no Brasil deva ser pensado a partir de suas expressões múltiplas - no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco etc. - a Semana de Arte Moderna é um fenômeno eminentemente urbano e paulista, conectado ao crescimento de São Paulo na década de 1920, à industrialização, à migração maciça de estrangeiros e à urbanização.

Apesar da força literária do grupo modernista, as artes plásticas estão na base do movimento. O impulso teria vindo da pintura, da atuação de Di Cavalcanti à frente da organização do evento, das esculturas de Brecheret e, sobretudo, da exposição de Anita Malfatti, em 1917. Os trabalhos de Anita desse período (O Homem Amarelo, a Estudante Russa, A Mulher de Cabelos Verdes, A Índia, A Boba, O Japonês etc.) apresentam um compromisso com os ensinamentos da arte moderna: a pincelada livre, a problematização da relação figura/fundo, o trato da luz sem o convencional claro-escuro. A obra de Di Cavalcanti segue outra direção. Autodidata, Di Cavalcanti trabalha como ilustrador e caricaturista. O traço simples e estilizado se tornará a marca de sua linguagem gráfica. A pintura, iniciada em 1917, não apresenta orientação definida. Suas obras revelam certo ecletismo, alternando o tom romântico e "penumbrista" (Boêmios, 1921) com as inspirações em Pablo Picasso, Georges Braque e Paul Cézanne, que o levam à geometrização da forma e à exploração da cor (Samba e Modelo no Atelier, ambas de 1925). Os contrastes cromáticos e os elementos ornamentais da pintura de Henri Matisse, por sua vez, estão na raiz de trabalhos como Mulher e Paisagem, 1931. A formação italiana e a experiência francesa marcam as esculturas de Brecheret. Autor da maquete do Monumento às Bandeiras, 1920, e de 12 peças expostas na Semana (entre elas, Cabeça de Cristo, Daisy e Torso), Brecheret é o escultor do grupo modernista, comparado aos escultores franceses Auguste Rodin e Emile Antoine Bourdelle pelos críticos da época.

Tarsila do Amaral não esteve presente ao evento de 1922, o que não tira o seu lugar de grande expoente do modernismo brasileiro. Associando a experiência francesa e o aprendizado com André Lhote, Albert Gleizes e Fernand Léger - aos temas nacionais, a pintora produz uma obra emblemática das preocupações do grupo modernista. Da pintura francesa, especialmente das "paisagens animadas" de Léger, Tarsila retira a imagem da máquina como ícone da sociedade industrial e moderna. As engrenagens produzem efeito estético preciso, fornecendo uma linguagem aos trabalhos: seus contornos, cores e planos modulados introduzem movimento às telas. A essa primeira fase "pau-brasil", caracterizada pelas paisagens nativas e figurações líricas, segue-se um curto período antropofágico, 1927-1929, que eclode com Abaporu, 1928. A redução de cores e de elementos, as imagens oníricas e a atmosfera surrealista (por exemplo, Urutu, O Touro e O Sono, de 1928) marcam os traços essenciais desse momento modernistas.

ETAPAS DO MODERNISMO NO BRASIL

 Semana de Arte Moderna: Realizada em fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo. Participaram da Semana de Arte Moderna os escritores Guilherme de Almeida, Menotti Del Picchia, Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, o compositor Heitor Villa-Lobos, a pianista Guiomar Novaes, os artistas plásticos Anita Malfatti, Di Cavalcanti e Victor Brecheret.

 Movimento Verde-Amarelo: O grupo verde-amarelo fazia críticas ao que considerava o “nacionalismo importado” de Oswald de Andrade. Em oposição a ele um nacionalismo ufanista. Elegeram como símbolo nacional uma anta.

 Movimento Pau-Brasil: O movimento propunha a valorização dos estados primitivos da cultura brasileira. Buscava uma poesia autenticamente brasileira e de exportação. Criticavam o academicismo, a arte moldada por formulas e regras.

 Manifesto Antropofágico:

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