Manoel Bandeira
Exames: Manoel Bandeira. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: tatironi • 27/4/2014 • 761 Palavras (4 Páginas) • 333 Visualizações
Manuel Bandeira
Manuel Bandeira, Oswald de Andrade e Mário de Andrade formam o trio de escritores mais importantes da Primeira Fase Modernista (1922 – 1930). Esta fase é responsável pela divulgação e solidificação desse movimento no Brasil.
Manuel Carneiro de Souza Filho, nasceu em 19 de abril de1886 em Pernambuco e depois mudou-se para o Rio de Janeiro com sua família.
No Rio de Janeiro em função da profissão do pai, engenheiro civil do Ministério da Viação, estudou no Colégio Pedro II1 (Ginásio Nacional, como o chamaram os primeiros republicanos) foi aluno de Silva Ramos, de José Veríssimo e de João Ribeiro, e teve como condiscípulos Álvaro Ferdinando Sousa da Silveira, Antenor Nascentes, Castro Menezes, Lopes da Costa, Artur Moses.
Em 1904 terminou o curso de Humanidades e foi para São Paulo, onde iniciou o curso de arquitetura na Escola Politécnica de São Paulo, que interrompeu por causa da tuberculose.2 Para se tratar buscou repouso em Campanha, Teresópolis e Petrópolis.1 Com a ajuda do pai que reuniu todas as economias da família foi para a Suíça, onde esteve no Sanatório de Clavadel, onde permaneceu de junho de 1913 a outubro de 1914, onde teve como colega de sanatório o poeta Paul Eluard.1 Em virtude do início da Primeira Guerra Mundial, volta ao Brasil.3 Ao regressar, iniciou na literatura, publicando o livro "A Cinza das Horas", em 1917, numa edição de 200 exemplares, custeada por ele mesmo.3 Dois anos depois, publica seu segundo livro, "Carnaval".1
Nessa obra ja faz uso do verso livre. Por isso, os modernistas viram em Manuel Bandeira um precursor do movimento Modernista.
Nessa obra percebermos que o poeta vai mais e mais se engajando com os ideais modernistas. EmCarnaval temos ainda o incio da libertao das formas fixas e a opo pela liberdade formal, que se tornaria uma das marcas registradas de sua poesia.
Os Sapos
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.
Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
— “Meu pai foi à guerra!”
— “Não foi!” — “Foi!” — “Não foi!”.
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: — “Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.
O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.
Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.
Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas…”
Urra o sapo-boi:
- “Meu pai foi rei!”- “Foi!”
- “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”.
Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
- A grande arte é como
Lavor de joalheiro.
Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta
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