Mas, Mais, Onde E Aonde.
Pesquisas Acadêmicas: Mas, Mais, Onde E Aonde.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: h3ll3n • 20/3/2014 • 891 Palavras (4 Páginas) • 391 Visualizações
Mais ou mais? Onde ou aonde? Essas e outras expressões geralmente são alvo de questionamentos por parte dos usuários da língua.
Falar e escrever bem, de modo que se atenda ao padrão formal da linguagem: eis um pressuposto do qual devemos nos valer mediante nossa postura enquanto usuários do sistema linguístico. Contudo, tal situação não parece assim tão simples, haja vista que alguns contratempos sempre tendem a surgir. Um deles diz respeito a questões ortográficas no momento de empregar esta ou aquela palavra.
Nesse sentido nunca é demais mencionar que o emprego correto de um determinado vocábulo está intimamente ligado a pressupostos semânticos, visto que cada vocábulo carrega consigo uma marca significativa de sentido. Assim, mesmo que palavras se apresentem semelhantes em temos sonoros, bem como nos aspectos gráficos, traduzem significados distintos, aos quais devemos nos manter sempre vigilantes, no intuito de fazermos bom uso da nossa língua sempre que a situação assim o exigir.
Pois bem, partindo dessa premissa, ocupemo-nos em conhecer as características que nutrem algumas expressões que rotineiramente utilizamos. Entre elas, destacamos:
Mas e mais
A palavra “mas” atua como uma conjunção coordenada adversativa, devendo ser utilizada em situações que indicam oposição, sentido contrário. Vejamos, pois:
Esforcei-me bastante, mas não obtive o resultado necessário.
Já o vocábulo “mais” se classifica como pronome indefinido ou advérbio de intensidade, opondo-se, geralmente, a “menos”. Observemos:
Ele escolheu a camiseta mais cara da loja.
Onde e aonde
“Aonde” resulta da combinação entre “a + onde”, indicando movimento para algum lugar. É usada com verbos que também expressem tal aspecto (o de movimento). Assim, vejamos:
Aonde você vai com tanta pressa?
“Onde” indica permanência, lugar em que se passa algo ou que se está. Portanto, torna-se aplicável a verbos que também denotem essa característica (estado ou permanência). Vejamos o exemplo:
Onde mesmo você mora?
Que e quê
O “que” pode assumir distintas funções sintáticas e morfológicas, entre elas a de pronome, conjunção e partícula expletiva de realce:
Convém que você chegue logo. Nesse caso, o vocábulo em questão atua como uma conjunção integrante.
Já o “quê”, monossílabo tônico, atua como interjeição e como substantivo, em se tratando de funções morfossintáticas:
Ela tem um quê de mistério.
Mal e mau
“Mal” pode atuar com substantivo, relativo a alguma doença; advérbio, denotando erradamente, irregularmente; e como conjunção, indicando tempo. De acordo com o sentido, tal expressão sempre se opõe a bem:
Como ela se comportou mal durante a palestra. (Ela poderia ter se comportado bem)
“Mau” opõe-se a bom, ocupando a função de adjetivo:
Pedro é um mau aluno. (Assim como ele poderia ser um bom aluno)
Ao encontro de / de encontro a
“Ao encontro de” significa ser favorável, aproximar-se de algo:
Suas ideias vão ao encontro das minhas. (São favoráveis)
“De encontro a” denota oposição a algo, choque, colisão:
O carro foi de encontro ao poste.
Afim e a fim
“Afim” indica semelhança, relacionando-se com a ideia relativa à afinidade:
Na faculdade estudamos disciplinas afins.
“A fim” indica ideia de finalidade:
Estudo a fim de que possa obter boas notas.
A par e ao par
“A par” indica o sentido voltado para “ciente, estar informado acerca de algo”:
Ele não estava a par de todos os acontecimentos.
“Ao par” representa uma expressão que indica igualdade, equivalência ente valores financeiros:
Algumas moedas estrangeiras estão ao par.
Demais e de mais
“Demais” pode atuar como advérbio de intensidade, denotando o sentido de “muito”:
A
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