Menina Júlia Do Dramaturgo August Strindberg
Por: emaasp • 9/11/2023 • Trabalho acadêmico • 481 Palavras (2 Páginas) • 65 Visualizações
Menina Júlia
Menina Júlia do dramaturgo August Strindberg, publicada em 1888, é uma peça de teatro e aborda temas como conflitos de poder, choque entre as classes sociais, entre os sexos e também a saúde mental.
Esta peça de teatro possui apenas 3 personagens sendo elas: a menina Júlia (25 anos, filha de um conde); João (30 anos, o criado (choque entre sexos)); e Cristina (35 anos, a cozinheira).
A história decorre durante uma noite de S. João, no final do século 19 na cozinha da casa-palácio do senhor conde, pai de Júlia.
Esta peça de teatro, conta-nos a história da menina Júlia que durante a noite inteira de S. João seduz João, um dos empregados do pai. João é tão seduzido como seduz Júlia, andam neste jogo sedutor durante toda a noite. Esta era uma relação que não seria vista como correta pois o criado estava noivo da cozinheira e a menina Júlia tinha se acabado de separar do seu noivo. A cozinheira acaba por desistir da relação com o criado pois considera que não consegue competir com alguém da burguesia, neste caso com menina Júlia, pois considera-a superior (choque entre as classes sociais). O criado queria fugir com Júlia para outro país, usando-a para suportar os custos da viagem (pois ela sendo da burguesia tinha dinheiro, ao contrário dele). Ele manipula-a para conseguir que ela pague pois ele tem o sonho de construir um hotel de luxo para mais tarde comprar o título de conde e viver o resto da vida com Júlia (conflitos de poder). Júlia por ser uma menina frágil acredita no que ele diz querendo também fugir com ele, porém fica sempre de pé atrás por ele não demonstrar os seus sentimentos e confiança (P220). Contudo, no final, Júlia e João acabam por não ir juntos para outro país devido às suas diferenças pois ele sonha em ascender enquanto ela deseja a “queda” (choque entre as classes sociais), o que cria um verdadeiro jogo de manipulação (P202 metaforicamente). Júlia apercebe-se da manipulação e João admite-a (P227). Devido a todos estes percalços, Júlia pensa em suicídio (saúde mental) que João incentiva, o que achei muito curioso pois gera a dúvida se ela se vai ou não suicidar. (P271, última didascália)
Capa rosa, associa-se ao feminino, menina Júlia.
Considero que é um livro que possui uma leitura muito acessível, com um vocabulário fácil de compreender. Eu gostei muito porque ficamos sempre a querer saber o que aconteceu depois, quem cedeu à sedução, à manipulação, se fugiram ou não, se se suicida ou não; o despertar de tanta curiosidade contribuiu para uma leitura interessante.
Para concluir, recomendo a leitura desta peça a quem goste de teatro, já que é uma peça muito bem conseguida. Esta mostra que o poder dos outros sobre nós não depende da classe social ou do sexo, depende sobretudo do momento em que a vida deles se cruza com a nossa.
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