Menino De Engenho
Pesquisas Acadêmicas: Menino De Engenho. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lucasborck • 12/11/2014 • 1.202 Palavras (5 Páginas) • 423 Visualizações
Autor : José Lins Do Rego
Biografia: José Lins do Rego nasceu no engenho Corredor, em Pilar (Paraíba), no dia 3 de junho de 1901. Foi criado no engenho de seu avô materno, uma vez que seu pai era muito ausente e ele era órfão de mãe. Formou-se em 1923 na Faculdade de Direito do Recife, Pernambuco. Durante sua época de estudante começou a escrever contos e artigos com temática política, vindo a manter amizade com diversos escritores e intelectuais importantes da época. Dentre eles, destaca-se o sociólogo e escritor Gilberto Freyre, uma de suas maiores influências.
Casa-se em 1924 com Philomena Massa, com quem terá três filhas. No ano seguinte, torna-se promotor público em Minas Gerais, mas transfere-se em 1926 para Maceió (Alagoas). Em Maceió, José Lins do Rego irá conviver com o meio literário formado por Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Jorge de Lima e outros, vindo a formar sua consciência regionalista. Sua obra de estreia, "Menino de Engenho", foi publicada em 1932 e recebeu o prêmio da Fundação Graça Aranha.
Em 1935, muda-se para o Rio de Janeiro, onde passa o restante de sua vida. Em 15 de setembro de 1955 é eleito para a Academia Brasileira de Letras. Dois anos depois, em 12 de setembro de 1957, falece no Rio de Janeiro.
Suas principais obras são: "Menino de Engenho" (1932), "Doidinho" (1933), "Bangüê" (1934), "Usina" (1936), "Riacho Doce" (1939) e "Fogo Morto" (1943).
Síntese do Enredo:
Um homem renomado da região, Mestre José Amaro vive nas terras pertencentes ao Seu Lula. A dedicação do homem ao ofício consome a saúde, dando-lhe um aspecto doentio. Mora inicialmente com a filha, Marta, uma solteirona que acaba enlouquecendo, e com a mulher, Sinhá.
José Amaro reside na beira da estrada, local onde ele tem contato com vários personagens que passam por este caminho. Entre as principais figuras com as quais ele desenrolou suas conversas estão o Capitão Vitorino Carneiro da Cunha, de quem se apieda pelo modo como é tratado pelo povo da região; o cego Torquato e Alípio, mensageiros do Capitão Antônio Silvino, cangaceiro temido da região. O mestre admira e respeita o cangaceiro, por considerá-lo o vingador dos pobres e explorados.
Em certo momento, Marta tem um forte ataque de convulsão nervosa e José Amaro a espanca no intuito de curá-la. Em virtude de sua doença e da insônia, que a leva a vagar pelas madrugadas nas longas estradas da região, José Amaro é amaldiçoado pelo povo, que o acusa de ser um lobisomem. Entao o mestre discute com o dono da terra em que vivia, de onde acaba sendo expulso.
A tragédia do personagem se completa com a internação da filha, que enlouquece, e com a fuga da mulher, que teme sua figura doentia e vai aos poucos acreditando nas histórias do povo, até ver no marido a figura maldita do lobisomem.
Para contar a história do personagem Seu Lula, o narrador promove um recuo temporal rumo à época da construção do Engenho de Santa Fé. O fundador do engenho fora o capitão Tomás Cabral de Melo, que chegou à região, um sítio próximo ao engenho Santa Rosa, e criou um dos maiores engenhos do local, conquistando o respeito e a admiração de todos.
Homem sério e trabalhador, o capitão trouxera para a região gado de primeira ordem, escravos e a família. Construído seu imenso patrimônio, faltava a ele uma única realização: casar a filha – que tocava piano e havia estudado no Recife, ele queria um homem digno de sua educação. Rejeitando todos os pretendentes da região, por não terem os requisitos necessários, o capitão começa a se preocupar com a idade da filha e com sua condição de solteira.
É quando chega de Pernambuco o filho de Antônio Chacon, homem de coragem e muito admirado pelo capitão. O nome do rapaz é Luís César de Holanda Chacon. Fino e estudado, é considerado pelo capitão Tomás um ótimo partido para a filha e para suas ambições.
Depois de casado, o capitão percebe que o genro não se interessa pelo trabalho do engenho e passa a considerá-lo um idiota para os negócios. Após a morte do capitão, essas suspeitas se confirmam. Seu Lula, como passou a ser chamado, mostra-se um senhor de engenho autoritário, que impõe severos castigos aos escravos e lidera sua família e o engenho sem o talento nem o trabalho do capitão Tomás. Dessa forma, entra em decadência e, após a abolição da escravatura, os escravos fogem e o engenho deixa de produzir açúcar, torna-se “fogo morto”.
Comandando tudo de forma autoritária, Seu Lula proíbe sua filha Neném de namorar um moço de origem humilde e a moça acaba virando motivo de chacota na cidade. Após um ataque epilético, Seu Lula passa a se entregar à religião sob influência do negro Floripes. Por fim, acaba gastando todo o dinheiro que havia recebido de seu sogro como herança.
Capitão Vitorino é uma
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