Narrador ou personagem participante
Seminário: Narrador ou personagem participante. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: casmey • 8/4/2014 • Seminário • 314 Palavras (2 Páginas) • 524 Visualizações
Contar (ato de narrar) ou como contar (o estilo pessoal) implicam uma determinada posição do narrador com relação ao acontecimento. Assim, o narrador pode assumir três pontos de vista na narrativa.
Narrador participante ou personagem
O narrador participante é uma das personagens, principal ou secundária, da sua história; ele está “dentro” da história e “vê” os acontecimentos de dentro para fora. Nesse caso, a narrativa, elaborada em 1ª pessoa (eu — nós), tende a ser autobiográfica, memorialista ou confessional.
Lembre-se: não se confunde autor com narrador. O autor tem existência real, é uma pessoa que existe fisicamente. O narrador é uma personagem criada pelo autor para contar a história.
Coloquei-me acima de minha classe, creio que me elevei bastante. Como lhes disse, fui guia de cego, vendedor de doces e trabalhador de aluguel. Estou convencido de que nenhum desses ofícios me daria os recursos intelectuais necessários para engendrar esta narrativa. (Graciliano Ramos)
Narrador observador
O narrador observador simplesmente relata os fatos, registrando as ações e as falas das personagens; ele conta, como mero espectador, uma história vivida por terceiros. É a narrativa escrita em 3ª pessoa.
O Campos, segundo o costume, acabava de descer do almoço e, a pena atrás da orelha, o lenço por dentro do colarinho, dispunha-se a prosseguir o trabalho interrompido pouco antes. Entrou no escritório e foi sentar-se à secretária. (Aluísio Azevedo)
Narrador onisciente
O narrador onisciente ou onipresente é uma espécie de testemunha invisível de tudo quanto ocorre, em todos os lugares e em todos os momentos; ele não só se preocupa em dizer o que as personagens fazem ou falam, mas também traduz o que pensam e sentem. Portanto, ele tenta passar para o leitor as emoções, os pensamentos e os sentimentos das personagens.
Um segundo depois, muito suave ainda, o pensamento ficou levemente mais intenso, quase tentador: não dê, elas são suas. Laura espantou-se um pouco: por que as coisas nunca eram dela? (Clarice Lispector)
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