O Imperio Romano
Por: Beatriz Sousa • 25/9/2016 • Trabalho acadêmico • 1.403 Palavras (6 Páginas) • 451 Visualizações
Introdução
O propósito deste trabalho é delinear as principais características do Império Romano em suas duas fases: o Alto Império e o Baixo Império Romano. Para isso, destaca-se alguns dos principais imperadores e suas ações no comando do Império. Por fim, são destacados os principais fatores para a crise do Império Romano do Ocidente. Na parte sobre os elementos da cultura romana os campos apresentados foram a literatura, a arquitetura e a religião.
O Império Romano e os elementos da cultura romana
O Império
O império sucedeu a república romana, esse período na história de Roma durou de 27 a.C. até o ano de 476 d.C. e é divido em duas etapas: a do Alto Império (do século I a.C. a III d.C.) e a do Baixo Império (século III a V d.C.). A principal novidade em termos políticos desse período foi que o poder e autoridade estavam concentrados nas mãos dos imperadores.
Se comparado ao período antecedente, a república, o Império Romano conseguiu através da centralização política uma estabilidade para o descontrole político republicano, marcado pelos tradicionais conflitos entre facções. Como o pleno controle político cabia ao imperador, sobrepondo-se ao Senado, era o imperador que nomeava os magistrados, controlava os exércitos e interferia até mesmo nas questões religiosas.
Durante o Alto Império, Roma atingiu seu apogeu civilizacional. Tal apogeu se deu principalmente através do desenvolvimento do escravismo e das conquistas territoriais que possibilitaram o aumento da riqueza e do poder romano. O Alto Império teve como primeiro imperador Otávio Augusto (27 a.C. - 14 d.C.) e com sua morte passou por várias dinastias: de 14 a 68 d.C, o governo coube à dinastia Júlio-claudiana, seguida pela dos Flávios, que perdurou até 96, vindo em seguida a dos Antoninos, que governaram até 192. A última dinastia foi a dos Severos, que estiveram no poder de 193 a 235.
Otávio Augusto, o primeiro imperador, preocupou-se com as obras públicas, contribuindo com magníficas construções. Esse imperador criou a Guarda Pretoriana para cuidar de sua própria segurança e da segurança da capital. Administrativamente, foi criada uma nova estrutura, que visava modificar a cobrança de tributos nas regiões do Império Romano, pondo fim ao usual arrendamento da arrecadação, até as divisões sociais e convocação de homens para o exército. Militarmente, Otávio Augusto organizou um poderoso exército e foi graças ao poder e estabilidade iniciada por ele, que Roma pode desfrutar de um período de grande prosperidade, constituindo a pax romana que duraria pelo menos mais dois séculos após seu governo.
A dinastia que sucedeu Otávio Augusto foi a Júlio-claudiana. Os principais imperadores dessa dinastia foram Tibério (14-37), Calígula (37-41) e Nero (54-68). Esses sucessores de Augusto desestruturaram o governo, minando o escravismo, que era o principal fator de riqueza para o Império, além de favorecerem o descontrole político com as constantes intrigas palacianas, as crises sucessórias e a imoralidade em nível não só das relações pessoais mas que afetavam também o nível administrativo.
Somente com a dinastia dos Antoninos é que Roma voltaria a ter alguma estabilidade e prosperidade, tudo isso graças à habilidade administrativa de imperadores como Trajano e Marco Aurélio, que amenizaram temporariamente as dificuldades do Império. Durante o governo de Trajano, o Império atingiu a sua maior extensão territorial e com Marco Aurélio, um enorme reerguimento cultural.
No entanto, já no final do período antonino se definia a crise que colocaria fim ao escravismo e ao mundo romano, um processo que se estendeu do século III até o V. Com a dinastia dos Severos, a fragilidade romana não podia mais reverter a sua decadência, crescendo a pressão dos povos vizinhos, chamados os “povos bárbaros”, que avançavam em hordas sobre o interior do Império, iniciando o Baixo Império Romano.
Os principais imperadores da fase do Baixo Império Romano foram Diocleciano (284-305), Constantino (306-337) e Teodósio (378-395). Diocleciano tentou salvar o Império da falência, baixou o Edito Máximo, fixando preços máximos para as mercadorias e salários. Outra decisão importante de Diocleciano foi a criação da Tetrarquia, ou seja, a divisão do Império entre quatro generais buscando conseguir a paz social e o controle político perdido.
Durante o governo de Constantino, ficou famosa a resolução conhecida como Edito de Milão, que concedeu liberdade de culto aos cristãos, já importantes em número e influência. Uma medida de destaque tomada por Constantino foi a fundação de uma segunda capital do Império, Constantinopla (onde hoje fica Istambul), situada no Oriente, com a finalidade de garantir a proteção da fronteira do leste.
Teodósio foi o imperador que finalmente oficializou o cristianismo e, em 395, dividiu o Império Romano em dois: o do Oriente, que tinha como capital Constantinopla; e o do Ocidente, cuja capital era Roma. Ao final de seu governo, os bárbaros conseguiram se infiltrar por todo o Império, o que culminou nas invasões e na queda definitiva do Império Ocidental, em 476, quando a tribo dos hérulos, chefiada por Odoacro, derrubou o último imperador romano, Rômulo Augusto.
Algumas características marcaram a crise e decadência do Império Romano do Ocidente. Entre elas as mais importantes são: o imperialismo romano e as guerras civis internas, a anarquia militar, a crise do escravismo, o crescimento do cristianismo pelo Império, a crise econômica e a volta para uma economia rural de subsistência e por fim, as invasões bárbaras. Com esse conjunto de fatores, o Império Romano do Ocidente chegou ao fim em 476 d.C. Porém, de acordo com a leitura de muitos historiadores, o Império Romano só chegou de fato ao seu fim em 1453, com a tomada de Constantinopla pelos turcos-otomanos.
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