OFERTA DE GENERES E TIPOS DE TEXTO
Resenha: OFERTA DE GENERES E TIPOS DE TEXTO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: LAILAANDRELINE • 1/4/2014 • Resenha • 301 Palavras (2 Páginas) • 260 Visualizações
1 NOÇÃO DE GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS
Segundo Maria Inez Matoso Silveira (2005), o termo gênero tem acompanhado os estudos da língua
e do discurso na Europa Ocidental desde a Antiguidade greco-latina, ou seja, desde antes do nascimento
de Cristo.
Com o surgimento da retórica clássica, nas suas vertentes jurídica e literária, sistematizada
pelos gregos e estabelecida pelos romanos, o termo gênero tem sido constantemente utilizado na
moderna teoria literária (a teoria literária formalizada a partir do século XX), aparecendo também
na sociolinguística.
A partir da divulgação das obras de Mikhail Bakhtin nos ciclos acadêmicos ocidentais, a
noção de gênero ganhou uma dimensão mais abrangente do que a apresentada até então
– os estudos e o ensino da teoria e história literária e da produção de texto passaram a
levar em consideração os estudos textuais e discursivos empreendidos na área da linguística
aplicada.
Ao longo do tempo, o gênero literário e suas manifestações na prática discursiva têm sido abordados
a partir de diferentes perspectivas pelas teorias linguísticas. Entre as diferentes perspectivas apresentadas
por Silveira (2005), merecem destaque a abordagem retórica dos gêneros; a abordagem literária e a
abordagem bakhtiniana.
1.1 Abordagem retórica dos gêneros
O estudo dos gêneros a partir da perspectiva retórica tem início com Aristóteles e é apresentado
em sua obra Ars Rhetorica, responsável pela sistematização de argumentos baseados em experiências
cotidianas (FOSS et al., 1991 apud SILVEIRA, 2005).
Para Aristóteles, o discurso estabeleceria uma relação fundamental entre o orador e o ouvinte e teria
o objetivo de persuadir o ouvinte por meio de argumentos plausíveis.
Ainda segundo Aristóteles, a participação do indivíduo na sociedade poderia ser efetivada por meio
de três gêneros discursivos, caracterizados por:
a. quem constitui o interlocutor (em grego, chamado de pathos) – juízes, assembleia ou espectadores;
b. qual o teor da mensagem (em grego, chamada de logos) – defesa/acusação, aconselhamento ou
louvor/censura – e
c. quais os valores e intenções do orador (em grego, chamado de ethos) – justiça/injustiça, inocuidade/
nocividade e nobreza/torpeza.
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