Os Tipos de Metamorfismo

           4. Tipos de Metamorfismo:

  O metamorfismo ocorre em muitos ambientes da crosta, podendo ocupar desde faixas com poucos centímetros até áreas de muitos quilômetros de extensão e com profundidades diversas. No entanto as quatro características principais utilizadas para classificação dos tipos de metamorfismo são:

1. Os principais parâmetros físicos envolvidos no processo;
2. O mecanismo necessário para conjunção desses parâmetros;
3. Onde se localiza e quais as suas extensões na crosta da Terra;
4. Quais tipos de rochas metamórficas se formam.

  Com o agrupamento desses fatores é possível se identificar três tipos fundamentais de metamorfismo: metamorfismo regional ou dinamotermal, termal ou de contato e dinâmico ou cataclástico.

     Metamorfismo regional ou dinamotermal

   Ocorre em níveis profundos da crosta alcançando extensas regiões muitas vezes ligado aos cinturões orogênicos nos limites de placas convergentes. As transformações ocorrem por conta da temperatura, pressão de confinamento e pressão dirigida que são exercidas por milhares de anos juntamente com o enorme fluxo de calor, causa inúmeras deformações nos protólitos ocasionando neles mudanças de texturas e conjuntos minerais. As rochas metamórficas (anfibolitos, ardósias, filitos, gnaisses, granulitos, migmatitos) geralmente apresentam uma textura foliada. O metamorfismo regional está ligado à formação de grande parte das rochas graníticas presentes na crosta terrestre.

     Metamorfismo termal ou de contato  

  Ocorre nas rochas encaixantes ao redor de instruções magmáticas, formando uma faixa ao entorno de uma intrusão ígnea denominada aureola metamórfica de contato (fig.b). O calor que o magma emana enquanto resfria é responsável pelas principais transformações ocorridas nessas aureolas, a rocha resultante desse processo (cornubanito) apresenta uma textura granular fina.

   A extensão da aureola dependerá do magma local, que é variante térmico ao entorno da intrusão da rocha encaixante. Se falarmos de níveis mais profundos por exemplo como a temperatura a que a rocha está exposta já é elevada o gradiente térmico provocado pelo magma nas rochas será pouco acentuado. Portanto as maiores variações de temperatura provocadas por magma ocorrem ao redor de corpos intrusivos em profundidades intermediarias e mais superficiais da crosta terrestre. Quando em contato com pequenos corpos intrusivos rasos a aureola pode ter centímetros enquanto quando em contato com corpos com quilômetro de diâmetro a aureola pode ter centenas de metros.

     Metamorfismo cataclástico ou dinâmico

   Se desenvolve em longas faixas vizinhas às falhas ou zonas de cisalhamento em que grandes pressões dirigidas causam movimentação e rupturas na crosta. A energia mecânica resultante desse processo causa uma intensa fragmentação dos minerais nas zonas de maior movimento, reduz a granulação das rochas e as deforma com uma intensidade variável. Em níveis mais superficiais dessas zonas de cisalhamento as deformações são mais do tipo rúptil (em que a rocha se apresenta mais rígida e tende a ser mais quebradiça) e os minerais são fragmentados ou pulverizados. Já nas zonas mais profundas de cisalhamento onde a temperatura de pressão são mais elevados os minerais se comportam de forma dúctil (em certas condições especiais a deformação pode se tornar elástica e mais ou menos resiliente).

  Os tipos mostrados acima são os três tipos fundamentais de metamorfismos, no entanto existem outros tipos de metamorfismos que apresentam características suficientes para serem considerados à parte.

    Metamorfismo de soterramento

   Ocorre quando há o soterramento de camadas de rochas sedimentares e vulcânicas a uma profundidade em que as temperaturas podem chegar a 300°C por conta do fluxo de calor na crosta, a pressão predominante é a litostática e a pressão dirigida é insuficiente para causar quaisquer deformações significativas nas rochas.

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