Poesia Através Das épocas
Artigo: Poesia Através Das épocas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marianaalves2013 • 12/10/2013 • 6.688 Palavras (27 Páginas) • 176 Visualizações
Poesia Através Das Épocas
Apresentação
Nossa antologia poética composta pelos integrantes Luis Henrique, Wellington, Natanael, Antonio e André fizemos essa antologia dos autores das três gerações sendo eles da primeira geração, Segunda geração e Terceira geração.
Introdução
Neste livro, “Poesias Através das Épocas”, os leitores irão encontrar poesias do Romantismo dos séculos 18 e 19. Estas poesias são dos autores: Gonçalves Dias, Álvares De Azevedo e Castro Alves.
Gonçalves Dias (1ª GERAÇÃO)
Biografia
Gonçalves Dias (1823-1864) nasceu nos arredores de Caxias, no Maranhão, no dia 10 de agosto de 1823. Filho de um comerciante português e uma mestiça. Iniciou seus estudos no Maranhão e ainda jovem viaja para Portugal.
Gonçalves Dias volta ao Maranhão em 1845, depois de formado em Direito. Vai para o Rio de Janeiro em 1846 e em 1847 publica o livro "Primeiros Cantos", que recebe elogios de Alexandre Herculano, poeta romântico português. Em 1848 publica o livro "Segundos Cantos".
Gonçalves Dias publica em 1851 o livro "Últimos Cantos".
No dia 3 de novembro o navio francês Ville de Boulogne em que estava, naufraga perto do Farol de Itacolomi, na costa do Maranhão, onde o poeta falece.
Ainda Uma Vez-Adeus
Enfim te vejo! - enfim posso,
Curvado a teus pés, dizer-te,
Que não cessei de querer-te,
Pesar de quanto sofri.
Muito penei! Cruas ânsias,
Dos teus olhos afastado,
Houveram-me acabrunhado
A não lembrar-me de ti!
Dum mundo a outro impelido,
Derramei os meus lamentos
Nas surdas asas dos ventos,
Do mar na crespa cerviz!
Baldão, ludíbrio da sorte
Em terra estranha, entre gente,
Que alheios males não sente,
Nem se condói do infeliz!
Louco, aflito, a saciar-me
D'agravar minha ferida,
Tomou-me tédio da vida,
Passos da morte senti;
Mas quase no passo extremo,
No último arcar da esperança,
Tu me vieste à lembrança:
Quis viver mais e vivi!
Vivi; pois Deus me guardava
Para este lugar e hora!
Depois de tanto, senhora,
Ver-te e falar-te outra vez;
Rever-me em teu rosto amigo,
Pensar em quanto hei perdido,
E este pranto dolorido
Deixar correr a teus pés.
Mas que tens? Não me conheces?
De mim afastas teu rosto?
Pois tanto pôde o desgosto
Transformar o rosto meu?
Sei a aflição quanto pode,
Sei quanto ela desfigura,
E eu não vivi na ventura...
Olha-me bem, que sou eu!
Nenhuma voz me diriges!...
Julgas-te acaso ofendida?
Deste-me amor, e a vida
Que me darias - bem sei;
Mas lembrem-te aqueles feros
Corações, que se meteram
Entre nós; e se venceram,
Mal sabes quanto lutei!
Oh! Se lutei!... Mas devera
Expor-te em pública praça,
Como um alvo à populaça,
Um alvo aos dictérios seus!
Devera, podia acaso
Tal sacrifício aceitar-te
Para no cabo pagar-te,
Meus dias unindo aos teus?
Devera, sim; mas pensava,
Que de mim ti esquecerias,
Que, sem mim, alegres dias
Ti esperavam; e em favor
De minhas preces, contava
Que o bom Deus me aceitaria
O meu quinhão de alegria
Pelo teu, quinhão de
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