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Retorica Das Paixoes

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Por:   •  6/4/2014  •  1.627 Palavras (7 Páginas)  •  332 Visualizações

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RETORICA DAS PAIXOES

ARITOTELES

Do caráter do orador e das paixões do ouvinte

A retórica, técnica ou arte de convencer o interlocutor através da oratória, tem como fim um julgamento, sendo necessário não só atentar para que o discurso seja demonstrativo de fé, mas também a si próprio e ao juíz em certas disposições. A aparência do orador é muito útil para as resoluções dos casos, enquanto que para os ouvintes o que importa mais é o processo.

Para as pessoas que amam, as coisas são diferentes do que para aquelas que odeiam, ou das dominadas pela cólera das que são tranquilas, ou são diferentes, ou a importância que é dada é diferente. Se há uma pessoa sob julgamento, para aquela que ama o delito foi de pouca importância, enquanto aquela que odeia pensa o contrário. Da mesma forma quem tem esperança e aspira por momentos melhores é provável que isso aconteça, enquanto que quem é indiferente, descontente também viverão momentos descontentes, indiferentes.

O bom orador precisa ser prudente, virtuoso e benevolente para ganhar a confiança dos seus ouvintes

AS PAIXÕES

A paixão é aquele sentimento que causa mudança nas pessoas, seguida de tristeza e prazer, além de outras sensações.

A paixão da cólera

Desejo acompanhado de tristeza, de vingar-se, de desprezar determinada pessoa. O colérico se irrita sempre com um indivíduo particular. Em toda cólera há um certo prazer, que vem da esperança de vingar-se. O colérico passa o tempo vingando em pensamento, imaginando o prazer da vingança como num sonho. Desprezam como forma de desconsideração, daquilo que é indigno, insiguinificante. Usam do desdém, da difamação e do ultraje. Ora, só desprezamos aquilo que não tem valor algum. Quem desdenha, despreza. Quem difama quer tirar proveito de tudo, enquanto que o difamado não pode aproveitar nada. E quem ultraja sente prazer ao pensarem que , ao fazer o mal, aumentam sua superioridade sobre os ultrajados.

A paixão da calma

Estar calmo é o contrário de estar encolerizado, e a cólera se contrapõe à calma. Portanto a calma é a inibição e o apaziguamento da cólera.

Somos calmos diante dos que reconhecem seus erros e se arrependem, com os que se humilham diante de nós e com os que parecem ser inferiores, com os que se comportam seriamente com quem é sério, com os que fizeram favores, com os humildes, com os que não são insolentes em geral com situações contrárias a cólera. As pessoas são calmas no riso, na festa, num dia feliz, na ausência da dor… Ou com pessoas temíveis, dignas de respeito, benfeitoras, com quem agem contra sua vontade, ou as arrependidas. Somos calmos com quem é justo.

A cólera é proveniente do desgosto. Um doente irrita-se com aqueles que desprezam sua doença. O apaixonado com os que desprezam o seu amor. Toda cólera se segue certo prazer, proveniente da esperança de vingar-se.

A paixão do amor e do ódio

Amar ou querer para alguém o que se julga bom, o ser capaz de realizá-lo na medida do possível.

Quando acontece o que queremos ficamos satisfeitos, se acontece algo contrário angustiamos por essas não serem as nossas vontades.

Amamos: os que têm os mesmos desejos que nós, os que fizeram favor, os que cremos que amam os que amamos, os que odeiam os que odiamos. Os dispostos a fazer benefícios, sensatos, os que louvam as qualidades que possuímos, os limpos de aparência, os que não censuram nossos erros, os que não guardam rancor. Os que não dão maldizentes e os que admiramos os que nos assemelham, a menos que nos incomodem e provoquem espírito de competição, mas não da inveja. O ódio é o rancor, o contrário do amor, as causas do ódio são ultraje, calúnia, surge sem nenhuma ligação pessoal e se diferencia da cólera, pois o ódio quer fazer o mal, não sente compaixão, quer que o outro desapareça.

A paixão do temor e da confiança

Temor: desgosto, preocupação com um mal eminente, danoso ou penoso. Não tememos o que está distante, como a morte. São temíveis coisas que podem causar danos e desgostos, o temível parece estar próximo, indícios do ódio, cólera de pessoas que podem fazer algum mal. Se temem os que fizeram injustiça ou que sofreram injustiça, os rivais. Os que atacam os mais fracos, os temíveis para os mais fortes. Não tememos os que crêem que não sofrerão, nem os que tem poder, nem quem julgamos que não causariam algum mal, nem o momento que poderia acontecer algo, quem teme tem esperança de salvar-se. A confiança é o contrário do temível, os que inspiram a confiança e aproximação da esperança. São confiantes os que tiveram resultados felizes, os que escaparam de situações perigosas. Sentimos confiança quando não tememos nossos semelhantes.

A cólera inspira confiança.

A

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