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Simbolismo

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Por:   •  11/3/2014  •  Tese  •  1.180 Palavras (5 Páginas)  •  578 Visualizações

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Simbolismo

Introdução

Foi um movimento essencialmente poético do fim do século XIX, o simbolismo representa uma ruptura artística radical com a mentalidade cultural do Realismo- Naturalismo, buscando fundamentalmente retomar o primado das dimensões não racionais da existência.

Portanto, o simbolismo redescobre e redimensiona a imaginação, a espiritualidade; busca desvendar o subconsciente e o inconsciente nas relações misteriosas e transcendentes do sujeito humano consigo próprio e com o mundo.

Assim, o surgimento do simbolismo por um lado reflete a grande crise dos valores racionalista da civilização burguesa, no contexto da virada do século XIX para o século XX, e por outro inicia a criação de novas propostas estéticas precursoras da arte da modernidade.

Origens do Simbolismo

Na década de 1890, desenvolveu-se na França um movimento estético a principio a apelidado de “decadentismo” e depois “Simbolismo”. O Simbolismo gerou-se quando escritores passaram a considerar que o Positivismo de Augusto Comte e o demasiado uso da ciência e do ateísmo (procedimentos do Realismo) não conseguiam expressar completamente o que acontecia com o homem e a natureza.

A França foi o berço do Simbolismo, que se manifestou no satanismo e no spleen de As Flores do Mal, do poeta Charles Baudelaire; Em 1884, Paul Verlaine publica sua Arte poética, onde os princípios da escola já são evidentes.

O Simbolismo em Portugal

Com a publicação de Oaristos, de Eugenio de Castro, em 1890, inicia-se oficialmente o Simbolismo português, durando ate 1915 épocas do surgimento da geração Orpheu, que desencadeia a revolução modernista no país, em muitos aspectos baseada nas conquistas da nova estética.

Portanto, os principais autores desse estilo em Portugal seguem linhas diversas, que vão do esteticismo de Eugenio de Castro ao nacionalismo de Antônio Nobre e outros, até antigirem a maioridade estilística com Camilo Pessanha: o mais importante poeta simbolista português.

Características:

- Subjetivismo: A visão objetiva não desperta mais interesse e sim esta focalizado sob o ponto de vista de único individuo.

- Transcendentalismo: um dos princípios básicos dos simbolistas era sugerir através das palavras sem nomear objetivamente os elementos da realidade. Da ênfase no imaginário e na fantasia. Para interpretar a realidade os simbolistas se valem da intuição e não da razão ou da lógica. Preferem o vago indefinido ou impreciso.

- Musicalidade: para conseguir aproximação da poesia com a música os simbolistas tiveram que lançar mão de alguns reursos como: a alienação e na assonância.

Autores e Obras:

Antônio Nobre (1867-1900)

Nasceu no Porto, cursou Direito na Universidade de Coimbra não chegando a se formar, foi para Paris, onde frequentou cursos livres. Morreu de tuberculose em 1900.

Obras:

Só (1892)

Despedidas (1902)

Primeiros versos (1921)

Sua obra revela fortes traços românticos, quer pelo seu pessimismo, quer pela sua subjetividade, quer pelo nacionalismo. Seu traço Simbolista mais marcante esta presente no misticismo religioso.

Camilo Pessanha (1867-1926)

Nasceu em Coimbra, formou- se em direito e exerceu a advocacia e magistério em Macau. De saúde muito frágil, estado agravado pelo consumo do ópio, morreu de tuberculose em 1926.

Obras:

Clepsidra (1920) (relógio de água). Deixou ainda contos, crônicas, ensaios e poemas dispersos em jornais e revistas.

Poemas e outros escritos:

Lúbrica 1885.

Madrigal (“Gazeta”, Coimbra) 1887.

Publicação do primeiro dos sonetos “Na pasta de Abel Aníbal”, tríptico “Caminho” na Clepsidra; 1887.

Soneto de Gelo (“Gazeta”, Coimbra); 1887.

Publicação de todos os sonetos da trilogia “Na pasta de Abel Aníbal” (“A Crítica”, Coimbra); 1888.

A musicalidade e o poder de sugestão são traços simbolistas de sua obra, considerada a mais representativa do Simbolismo português. Para ele, as inovações da linguagem simbolista serviam como um veículo para uma poesia que se desliga da subjetividade, do individual, para questionar grandes problemas universais, como o fluir do tempo, a brevidade da vida, a inutilidade de existir tudo isso conduzido ao pessimismo que marca sua vida de mundo.

-Eugênio de Castro (1869-1944)

Poeta e autor dramático, nascido a quatro de março de 1869, em Coimbra, e falecido a 17 de agosto de 1944, na mesma cidade. Formado pela Faculdade de letras de Coimbra. Funda a revista “Os Insubmissos” com João Menezes e Francisco Bastos ainda nos últimos anos da sua licenciatura, mais propriamente em 1889.

Eugênio de Castro publicou os seus primeiros trabalhos de poesia, em 1884, aos quinze anos de idade. Em 1890, entrou para a história da literatura portuguesa com o lançamento do livro de poemas “Oaristos”, marco inicial do simbolismo em Portugal, considerado um escândalo literário, seguida da obra Horas (1891), que pretendiam revolucionar, do ponto de vista formal, a poesia Portuguesa introduzindo novas métricas e rimas raras alem de explorar a musicalidade da língua, num esteticismo que visava contrapor-se á tradição romântica portuguesa.

Fases de sua obra:

A obra de Eugênio de Castro foi dividida em duas fases:

Primeira fase:

Conhecida por ser a fase simbolista, que corresponde á sua produção poética ate o fim do século XIX. Usou rimas novas e raras, novas místicas, sinestesias, aliteração e vocabulário rico e musical.

Segunda fase:

É a chamada fase neoclássica, correspondendo

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