Arcadismo Ao Simbolismo
Monografias: Arcadismo Ao Simbolismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: carolinahmiceli • 18/10/2013 • 1.670 Palavras (7 Páginas) • 1.113 Visualizações
Arcadismo
• O arcadismo é uma escola literária surgida na Europa no século XVIII;
• O nome dessa escola é uma referência à Arcádia, região bucólica do Peloponeso, na Grécia, tida como ideal de inspiração poética;
• Segundo a lenda, essa região era dominada pelo deus Pan e habitada por pastores;
Arcadismo – Características
• Presença de elementos da cultura greco-latina;
• Gosto pela paisagem campestre;
• Racionalismo;
• Cultivo de formas clássicas (soneto e verso decassílabo);
• Carpe diem: desejo de aproveitar a vida e o dia enquanto é possível;
• Fugere urbem: fuga da cidade; defesa do bucolismo com ideal de vida;
• Bucolismo é o termo utilizado para designar uma espécie de poesia pastoral, que descreve a qualidade ou o caráter dos costumes rurais, exaltando as belezas da vida campestre e da natureza;
• Aurea mediocritas : vida medíocre materialmente mas rica em realizações espirituais;
• Ideias iluministas: defendiam o uso da razão em contraposição à fé cristã;
• Convencionalismo amoroso: o que mais importava nos poetas árcades era seguir a convenção, fazer poemas como os poetas clássicos e não expressar os sentimentos;
O Arcadismo no Brasil
• A época do Arcadismo tem início em 1768, com a publicação das Obras poéticas, de Cláudio Manuel da Costa, e desenvolveu-se até 1836, ocasião em que Gonçalves de Magalhães publica os Suspiros Poéticos e Saudades, dando início à revolução romântica.
• Movimento eminentemente poético, de repúdio às demasias perpetradas pelo Barroco;
• Arregimentou pela primeira vez em nossa história literária um grupo de escritores mais ou menos coeso em seus desígnios e com um relativo sentido corporativo: Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Silva Alvarenga, Alvarenga Peixoto, Basílio da Gama, Frei José de Santa Rita Durão.
Contexto histórico
• O século VXIII, no Brasil, é considerado como o século do ouro, graças à intensa atividade de extração mineral;
• Com a finalidade de contrabalançar seu déficit comercial, Portugal explorava ao máximo sua colônia americana. Os impostos sobre extração dos minérios aumentavam cada vez mais, dando origem a uma generalizada insatisfação.
• Juntam-se a isso a influência das ideias liberais, trazidas pelos estudantes brasileiros que passavam pelo Velho Continente, e a independência dos Estados Unidos.
• Todos esses fatores culminaram na Inconfidência Mineira, preparada por um pequeno grupo de letrados, muitos deles ex-estudantes da Universidade de Coimbra.
• Esse mesmo grupo de oposição política era, basicamente, o grupo que produzia ciência e literatura.
• Identifica-se na época uma literatura disposta a afastar-se dos modelos portugueses, embora a imitação dos clássicos seja ainda bem nítida.
Parnasianismo
Na segunda metade do século XIX, o contexto sociopolítico europeu mudou profundamente;
Lutas sociais, tentativas e revolução, novas ideias políticas, científicas.
O mundo agitava-se e a literatura não podia mais, como no tempo do Romantismo, viver de idealizações, do culto do eu e da fuga à realidade.
Era necessária uma arte mais objetiva, que atendesse ao desejo do momento: o de analisar, compreender, criticar e transformar a realidade.
Como resposta a essa necessidade, nascem quase ao mesmo tempo três tendências que se entrelaçam e se influenciam mutuamente: o Realismo, o Naturalismo e o Parnasianismo.
Realismo: 1881, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas;
Naturalismo: 1881, com a publicação de O mulato;
Parnasianismo: 1882, publicação do livro Fanfarras, de Teófilo Dias.
O Parnasianismo surgiu no Brasil impondo novos parâmetros e valores artísticos;
Diferentemente do Realismo e do Naturalismo, que se voltavam para o exame da realidade, o Parnasianismo representou na poesia o retorno à orientação clássica, ao princípio do belo na arte, à busca do equilíbrio e da perfeição formal;
Os parnasianos acreditavam que o sentido maior da arte reside nela mesma, em sua perfeição, e não no mundo exterior;
Achavam que certos princípios românticos, como a busca de uma poesia mais acessível, da paisagem nacional, de uma língua brasileira, dos sentimentos, tudo isso teria feito perder as verdadeiras qualidades da poesia;
Em seu lugar propõem, então, uma poesia objetiva, de elevado nível vocabular, racionalista, perfeita do ponto de vista formal e voltada a temas universais.
A “arte pela arte”
Apesar de contemporâneos, o Parnasianismo difere profundamente do Realismo e do Naturalismo. Enquanto esses movimentos se propunham a analisar e compreender a realidade social e humana, o Parnasianismo se distancia da realidade e se volta para si mesmo.
Defendendo o princípio da “arte pela arte”, os parnasianos achavam que o objetivo maior da arte não é tratar dos problemas humanos e sociais, mas alcançar a “perfeição” em sua construção: rimas, métrica, imagens, vocabulário seleto, equilíbrio, controle das emoções etc.
A influência clássica
A origem da palavra Parnasianismo associa-se ao Parnaso grego, segundo a lenda, um monte da Fócida, na Grécia central, consagrado a Apolo e às musas.
A escolha do nome já comprova o interesse dos parnasianos pela tradição clássica.
Acreditavam que, assim, estariam combatendo os exageros de emoção e fantasia do Romantismo e, ao mesmo tempo, garantindo o equilíbrio desejado, por se apoiarem nos modelos clássicos.
Contudo a presença de elementos clássicos na poesia parnasiana
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