Sinopse
Resenha: Sinopse. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gustavopablogabr • 1/3/2014 • Resenha • 338 Palavras (2 Páginas) • 228 Visualizações
Produzido em 2001, este filme japonês possui leve inspiração em Teorema de Pier Paolo Pasolini. Visitor Q retrata, de forma bizarra, a crise da família burguesa no Japão. Kiyoshi Yamazaki, interpretado por Kenichi Endo, é um pai, de profissão jornalista, que busca realizar uma reportagem sobre violência e sexo no Japão. Ele começa tendo sexo com sua filha que é prostituta e filma seu filho sendo humilhado e agredido por colegas de escola. Por sua vez, em casa, seu filho agride a mãe, que é viciada em heroína e que se prostitui. A chega de um estranho visitante, o "visitor Q", que acompanha os comportamentos bizarros, provoca mudanças no seio da família Yamazaki. Conhecido por seu também bizarro Audition (de 1999) , Miike demonstra apreender, com vigor, o clima cultural no Japão pós-moderno. É através do bizarro e do perverso que Miike expõe a crise de civilização da sociedade do capital no Japão do século XXI, expresso na desagregação íntima da familia burguesa tradicional. O que nos assusta em Miike não são os mortos (como nos filmes de suspense e terror), mas sim os vivos com seus dramas bizarros, homens estranhados de si e dos outros, capazes das mais agudas perversões sexuais (em Visitor Q temos cenas de incesto e necrofilia ). A critica cultural em Visitor Q é tão explicita quanto as perversões sexuais que ele expõe. Logo na cena de abertura, em que Kyoshi, começa tendo sexo com sua filha, ela pergunta: "So you want to know about today's teenagers? ". E responde incisivamente: "They tell you the future of Japan. That hopeless future." No filme, é perceptível a onipresença, nas mãos do personagem Kiyoshi, da filmadora de video, do registro em imagens da sua degradação pessoal e familiar. Imagens, sexo e morte compõem a narrativa explicita do estranhamento de Visitor Q. Talvez, nesse ponto, os japoneses tendem a ser mais incisivos na critica do niilismo burguês (basta comparar O Ultimo Tango em Paris, de Bernardo Bertolucci com Os Imperios dos Sentidos, de Nagisa Oshima). [topo]
(2005)
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