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Substantivo

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Por:   •  26/9/2014  •  Seminário  •  1.269 Palavras (6 Páginas)  •  344 Visualizações

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Substantivo é a classe de lexema que se caracteriza por significar o que convencionalmente chamamos de objetos substantivos, isto é, em primeiro lugar, substancias (homem, casa, livro) e, em segundo lugar, quaisquer outros objetos mentalmente aprendidos como substancias, quais sejam qualidades (bondade, brancura), estados (saúde, doença), processos (chegada, entrega, aceitação).

Estrutura interna do substantivo – a estrutura interna ou constitucional do substantivo (isto é, sua morfologia) consiste, nas línguas flexivas como o português, em geral, na combinação de um signo lexical expresso pelo radical com signos morfológicos expressos pelo radical com signos morfológicos expressos por desinências e alternâncias, ambos destituídos de existência própria fora dessa combinação. Entre as desinências que, na flexão, se combinam com o substantivo está a marca de número e, nas línguas que a possuem, a marca de caso (nominativo, acusativo, etc., como se dá, por exemplo, no grego, no latim, no alemão). O substantivo, fora da flexão, pode ser dotado da marca de gênero: menino/menina, gato/gata.

Segundo as informações retiradas da Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo Bechara, observa-se veementemente uma avaliação descritiva da língua, especialmente em relação à classe de palavras denominada de substantivos.

Bechara chama-nos a atenção para o fato da abstração e concretização dos substantivos, que geralmente vem sendo ensinada equivocadamente nas séries iniciais do ensino fundamental, e por que não dizer até mesmo, nas séries avançadas e no ensino médio, de acordo com alguns professores dessas series, os substantivos concretos são aqueles sensíveis, que se pode tocar ou ver, e os abstratos são todos os seres imaginários. Bechara nos alerta para o fato de que os substantivos concretos são o que tem existência independente e os abstratos são os que dependem de um ser ou objeto para existir.

Outro caso notável que observamos na gramática de Bechara é a questão dos substantivos próprios e comuns, mais um fator que vem sendo ensinado erroneamente nas escolas de educação básica no país, quando alguns professores atribuem nomes comum como sendo próprio, simplesmente por não haver mais de um em nosso contexto social (papa, sol, lua, domingo), Bechara diz que se esses nomes forem escritos com maiúscula, deve-se o fato a pura convenção ortográfica, e não porque são próprios.

Ainda no estudo dos substantivos comuns e próprios, observamos que o autor destaca também a passagem de nomes próprios a comuns. Isso ocorre quando pegamos qualidades ou defeitos de um ser individual para transferir a um grupo mais numeroso de seres. Como exemplo temos na personagem histórica do discípulo Judas, não só o nome de um dos apóstolos, aquele que traiu Jesus, porém um nome que virou sinônimo de traidor ou amigo falso, em expressões do tipo: Fulano é um judas. Há ainda os nomes de pessoas ou lugares onde se fazem ou se fabricam certos produtos que passam a ser nomes próprios: sanduíche (do conde Sandwich), champanha (da região francesa Champagne).

Bechara destaca também as subclasses dos substantivos, entre essas estão às classes contáveis e não-contáveis, segundo ele a categorias dos não-contáveis pertence o substantivo coletivo, que, na forma de singular, faz referencia a uma coleção ou conjunto de objetos. Entre os coletivos há os universais, que não são contáveis e por isso só se pluralizam nas condições especiais à classe, e há também os particulares que se contam e podem ser pluralizados.

Mais um fato interessante é que ele destaca a diferença entre os coletivos e os nomes de grupo. São nomes de grupos os conjuntos de objetos contáveis, que se aplicam habitualmente ou uma espécie definida (cardume, alcatéia, enxame) ou total ou parcialmente indefinida (conjunto, grupo, bando).

Em relação à flexão de número do substantivo, estes podem pertencer ao singular ou plural, quando o singular designa vários objetos de uma mesma classe considerados num todo, chamamos de coletivo: professorado, alunado, cardume, etc.

Segundo Bechara, em português, o significado gramatical plural é obtido com a presença da desinência pluralizadora – s, o singular se caracteriza pela ausência desta desinência. A flexão de número, em português, se estende ao adjetivo e ao verbo.

Se tratando da flexão de gênero do substantivo, o que diferencia Bechara de outros gramáticos é o fato dele ressaltar a inconsistência do gênero gramatical, segundo ele a distinção do gênero nos substantivos não tem fundamento racional, exceto a tradição fixada pelo uso e pela norma. Não tem lógica lápis e papel serem masculinos enquanto caneta e folha serem femininos.

A incoerência do gênero gramatical tornar-se evidente quando se confronta a classificação de gênero em duas ou mais línguas, e até no âmbito de uma mesma língua quando analisada diacronicamente. Mesmo nos seres animados, as formas do gênero não determinam o sexo, como ocorre com os substantivos chamados epicenos,

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