2 - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Dissertações: 2 - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Mario • 17/4/2012 • 3.251 Palavras (14 Páginas) • 8.844 Visualizações
2 - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
2.1 - CONCEITOS DE PLANEJAMENTO
Quando falamos da palavra planejamento, abordamos inúmeros conceitos que interagem no ambiente organizacional, tanto interno quanto externo. Devemos ter o cuidado de não confundir o conceito de planejamento, como se significasse projeção, previsão etc.
De acordo com Oliveira (2002, p. 35), “planejamento pode ser conceituado como um processo, considerando os aspectos abordados, desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela empresa”.
Podemos dimensionar os aspectos abordados no processo de planejamento em cinco pontos:
• assunto: pode ser pesquisa, marketing, finanças, produção, recursos humanos, novos produtos/serviços etc.;
• tempo: pode ser de curto, médio ou longo prazo;
• elementos: podem ser os objetivos, políticas, programas, orçamentos, propósitos etc.;
• características: podem ser simples ou complexas, confidenciais ou públicas, formais ou informais, econômicas ou caras etc.;
• unidades organizacionais: podem ser de produtos, de departamentos, de divisões, de grupos etc.
Segundo Kaplan e Norton (2004, p. 29), “planejamento é um processo contínuo, um exercício mental que é executado pela empresa independentemente de vontade específica de seus executivos”. Podemos entender que o processo de planejar aborda o modo de pensar das pessoas e das organizações, analisando e respondendo questões como: por que, para que, para quem, o que, como, quando, entre outras.
O propósito do planejamento é a diminuição da incerteza quanto a decisões futuras, já que avalia, a curto, médio e longo prazo, as situações com o intuito de a empresa alcançar seus objetivos, metas e desafios estratégicos.
A seguir temos algumas características da função do planejamento:
– processo sistemático e constante;
– tem como objetivo a tomada de decisão;
– processo composto de ações que visam a objetivos anteriormente estabelecidos;
– processo que se refere a implicações futuras.
Para Chiavenato & Sapiro (2004, p. 39), o planejamento estratégico é um processo de reformulação de estratégias organizacionais, com o qual se busca a inserção da organização e de sua missão no ambiente em que ela está atuando. Para Drucker, planejamento estratégico é o processo contínuo de, sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvem riscos; organizar sistematicamente as atividades necessárias à execução dessas decisões e, através de uma retroalimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas. Ainda conforme Chiavenato
& Sapiro, (2004, p. 39): “O planejamento estratégico está relacionado com os objetivos de médio e longo prazo que afetam a direção ou a viabilidade da empresa. O planejamento deve maximizar os resultados e minimizar as deficiências utilizando princípios de maior eficiência, eficácia e efetividade (vide detalhes no quadro abaixo). Eles são os principais critérios de avaliação da gestão.”
Não existe fórmula de sucesso para a implementação do planejamento estratégico nas organizações. O que existe são princípios norteadores que fazem com que as empresas obtenham êxito na sua realização, a saber:
• precedência do planejamento: a empresa deve possuir as funções administrativas de organização, direção e controle que antecedem a função de planejamento no processo administrativo;
• contribuição aos objetivos: a função de planejamento deve prioritariamente atingir os objetivos máximos de organização;
• maior eficiência, eficácia e efetividade: a função do planejamento deve aumentar os resultados e diminuir as lacunas e deficiências.
De acordo com Oliveira (2002, p. 38), “eficiência é fazer as coisas de maneira adequada, resolver problemas, reduzir os custos etc.; eficácia é fazer as coisas certas, obter resultados, aumentar o lucro, produzir alternativas criativas; efetividade é manter-se no ambiente e apresentar resultados globais positivos ao longo do tempo”.
• Maior penetração e abrangência: algumas alterações podem ser identificadas na função do planejamento, como evolução dos conhecimentos, transferências, substituições, treinamentos, procedimentos, descentralização, entre outros.
Os princípios gerais e norteadores citados acima podem ser subdivididos em princípios específicos de planejamento. São eles:
• planejamento permanente: como vivemos em um ambiente de mercado turbulento e mutável, as empresas devem criar e manter constantemente um plano estratégico, já que nenhum plano se mantém com as mudanças ambientais;
• planejamento participativo: temos como principal benefício do planejamento a participação de todos na organização, da alta cúpula até o chão de fábrica, pois não adianta o planejador apenas elaborar, ele precisa ser um facilitador no processo participativo;
• planejamento integrado: os vários planos que são elaborados pelos escalões da empresa devem ser integrados entre as áreas e subáreas;
• planejamento coordenado: todo o processo de planejamento deve ocorrer de forma coordenada e interdependente, nenhuma área deve planejar isoladamente suas metas.
O papel do executivo da organização é estar atento aos princípios norteadores e específicos, assim ele terá condições de proceder ao processo decisório mais eficientemente e de acordo com os propósitos da organização.
Conforme afirma Gracioso (2001, p. 31), “existem três tipos de filosofias de planejamento dominantes: da satisfação, da otimização e da adaptação”. Iremos agora entender cada uma na sua particularidade.
• satisfação: é conceituada como um mínimo de satisfação, ou seja, fazer suficientemente bem, porém não exceder;
Vantagens: pode ser realizada com pouco tempo, com baixo custo e menor quantidade de recursos técnicos.
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