4 - Supervisão De Campo: Dinâmica Processual Da Supervisão E Sua Sistematização, (planejamento De Dias, Horários, Se Será Individual, Grupal, Deixando Claro Que As Atividades Pertinentes Ao Aluno Devem Estar Exclusivamente Atreladas às ações D
Exames: 4 - Supervisão De Campo: Dinâmica Processual Da Supervisão E Sua Sistematização, (planejamento De Dias, Horários, Se Será Individual, Grupal, Deixando Claro Que As Atividades Pertinentes Ao Aluno Devem Estar Exclusivamente Atreladas às ações D. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: abcd000 • 22/9/2014 • 3.176 Palavras (13 Páginas) • 2.608 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
No Brasil, o Serviço Social nasce na década de 1930, no seu primeiro momento aconteceu intimamente ligado a ações leigas da igreja católica que assumia na época uma postura conservadora inspirada em correntes de pensamento da direita européia.
Neste período se registrava no País uma intensificação do processo de industrialização e um avanço significativo rumo ao desenvolvimento econômico, social, político e cultural. Tornaram-se mais intensas também as relações sociais peculiares ao sistema social capitalista.
Quando se coloca em discussão a denominada questão social, dois elementos surgem em destaque: o trabalho e o capital. A resposta a ser dada ao conflito, entre esses dois pólos, vai depender da maior ou menor importância que se atribui a um ou outro desses elementos. Para entender melhor essa problemática, considera-se, de início, o trabalho humano, destacando as relações sociais que se desenvolvem no sistema produtivo. Focaliza-se, então, o cerne da questão social, a exploração do trabalho pelo capital, com todas as suas conseqüências para a vida do trabalhador.
A implantação dos órgãos centrais e regionais da previdência social e a reorganização dos serviços de saúde, educação, habitação e assistência ampliaram de modo significativo o mercado de trabalho para os profissionais da área social. O Serviço Social, como profissão e como ensino especializado, beneficiou-se com os elementos históricos conjunturais. Ao mesmo tempo em que se ampliava o mercado de trabalho, criavam-se as condições para uma expansão rápida das escolas de Serviço Social.
2 Desenvolvimento
2.1- Breve histórico do Serviço Social
A trajetória do serviço social como profissão ficou marcada pelos vínculos estabelecidos com as classes sociais e para apreender o significado dessa profissão precisamos buscar nas suas raízes nexos que possam explicar as ações profissionais que marcaram a sua essência até a sua etapa contemporânea.
O serviço social tinha seus aspectos doutrinários voltados para a prática da caridade e repressão com a intenção de ajustar as famílias, desta forma à visão do serviço social nesse momento é de adaptação do indivíduo ao meio e do meio ao indivíduo, sendo esse indivíduo específico: morador de favelas, analfabetos, desempregados, abrangendo a moral, higiene e a ordem, faltavam às políticas de assistência para dar condições ao ser humano, de educação, saúde, saneamento e etc.
O serviço social não nasce de uma demanda dos trabalhadores, mas sim de uma necessidade das classes dominantes em estabelecer um controle social. Mostrando que a igreja católica estava mais interessada em garantir uma posição de influência diante do Estado e da classe dominante do que mesmo solucionar as causas da extrema pobreza, não querendo ameaçar sua posição moral de poder e ordem na sociedade
Quando surge no Brasil, na década de trinta (30), o serviço social vem da necessidade de um Estado regulador das relações sociais em razão das contradições geradas pela implantação do capitalismo no Brasil. A década de 60 foi um salto importante para o serviço social brasileiro e latino americano, onde se observa significantes transformações na prática da profissão, não só em termos quantitativos, mas um rompimento com o modelo tradicional, trazendo para o interior da profissão questionamentos a modelos importados que não condizem com a realidade brasileira e excluindo as velhas práticas assistenciais características do serviço social tradicional, passando a exigir do profissional mais produção teórica, busca de novos métodos e estratégias para atuar diante dos campos ( previdência, saúde, empresa, etc).
Baseado nessa temática de modernização um grupo de profissionais partem para uma análise mais crítica da sociedade, percebendo as contradições e a necessidade de mudanças com o intuito de apoiar as classes populares e buscar novas bases de sustentação teóricas prático, com vista à transformação da realidade social digna de reconstrução e adequação à realidade dos países latinos subdesenvolvidos e dependentes. Embora, o serviço social tenha se constituído para servir as classes produtoras, ele não se caracterizou tão somente ao seu interesse, participou também, ao longo de sua trajetória de respostas às necessidades legítimas de sobrevivência das classes trabalhadoras.
2.3- O Movimento de Reconceituação do Serviço Social
O movimento de reconceituação se iniciou por volta de 1965, era um processo de ruptura com o serviço social norte-americano – vigente no Brasil após a IIª guerra mundial. Foi uma proposta no sentido de adequar o serviço social à problemática dos países latino-americanos, buscando um marco referencial e teórico para a prática do serviço social e elaboração de uma literatura autônoma. Foi marcado por três momentos distintos:
Enfim, o movimento de Reconceituação envolveu reelaborações por um grande numero de profissionais na busca de fundamentos, de novos, conhecimentos e teorias baseado em uma concepção de homem e de mundo e na formulação de novas metodologias que pudesse instrumentalizar uma ação coerente com um novo posicionamento. O Serviço Social posteriormente ao desenvolvimentismo difundiu uma nova visão das possibilidades da profissão e das funções do assistente social, no sentido de reformulações teóricas e práticas, seja operacionalização da nova proposta, á luz de posicionamentos ideológicos o que é uma conquista que surgiu com o movimento de reconceituação.
No primeiro momento, a crítica da ligação com os países dominantes, com seu caráter importado da Europa e EUA, foi o momento mobilizado pelo Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços sociais – CBCISS, promovendo os seminários de Araxá (1967) e Teresópolis (1970). Foi a apresentação do serviço social voltado para a integração social na perspectiva da modernização (neopositivista).
No segundo momento continua o questionamento sem ligação do serviço social com os valores e classes dominantes, foi o período dos novos paradigmas científicos, do ressurgimento dos movimentos sociais e estudantis na política brasileira.
No terceiro momento ocorreu o resgate das teorias marxistas, pelas obras de Iamamoto e outros. Com base no pensamento de Gramsci, coloca-se a instituição como o espaço das lutas de classes,
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