A ATUAÇÃO PEDAGÓGICA INCLUSIVA DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Artigos Científicos: A ATUAÇÃO PEDAGÓGICA INCLUSIVA DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO BÁSICA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Lourraine • 9/9/2014 • 1.693 Palavras (7 Páginas) • 455 Visualizações
Introdução
O artigo atual direciona as dificuldades existentes na formação do professor junto à educação inclusiva. Tendo como objetivo analisar as políticas de formação docente e seus novos desafios.
Para a contrução do artigo foi utilizada como critério a pesquisa bibliográfica que é um processo sistemático de construção do conhecimento que tem como meta principal gerar novos conhecimentos.
Ao longo da pesquisa foram abordados dois capítulos. O primeiro relata o percurso da educação inclusiva no Brasil, analisando os contextos históricos. No segundo revela a estrutura de formação do professor para a atuação na educação inclusiva e faz uma análise a cerca problemática.
O principal propósito da nossa política nacional de educação até 1990 foi o atendimento terapêutico e assistencial em dano do educacional propriamente dito. A ênfase no apoio do governo às ações das instituições particulares especializadas nas deficiências continua acontecendo, o que marca a visão segregativa da educação especial no Brasil. Tudo deve ser entendido como um precesso de trabalho que é essencial para que a escola acolha todos os alunos, sem preconceitos e consciente de seus compromissos de formação.
Os saberes da experiência são aqueles provenientes da história de vida pessoal de cada professor e também são saberes produzidos pelos professores no cotidiano de sua prática (TARDIF 2007, PIMENTA 1999, BORGES 2004).
A experiência docente não pode ser limitada ao momento em que o futuro professor inicia um curso de formação inicial, como afima Tardif (2007, p.71) “A socialização é um processo de formação do indivíduo que se estende por toda a história de vida e comporta rupturas e continuidades.” Borges (2004), Pimenta (1999) e Tardif (2007) identificam uma quantidade de saberes que influenciam a prática docente, e que são anteriores a esta, saberes provenientes da suas histórias de vida, da cultura familiar, saberes provenientes de outros tipos de Educação, saberes provenientes da observação dos professores com os quais manteve contato durante toda sua vida escolar, e saberes da experiência socialmente construída.
Outros professores também relataram experiências familiares importantes que tiveram uma influência na escolha profissional e que, também, serviram de referência em termos de valores e princípios de trabalho, que regem suas relações com os alunos e com seus pares. (2004, p.200)
Os conceitos historicamente construídos sobre a docência, o que as mídias dizem das escolas e dos professores, a crise na autoridade e autonomia docente, as notícias sobre a violência na sala de aula contra os professores, também são fontes que contribuem para a construção de saberes aos professores.
Conceito da educação inclusiva
A inclusão é um processo dinâmico e gradual, esta se resume em “cooperação/solidariedade, respeito às diferenças, comunidade, valorização das diferenças, melhora para todos, pesquisa reflexiva” (SANCHEZ, 2005, p. 17).
Se amplia à participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos. É uma abordagem humanística, democrática que percebe o sujeito e suas singularidades tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.
O educador é o mediador e responsável pela construção do conhecimento,
interação e socialização do aluno com NEE, sendo a inclusão considerada uma tentativa de reedificar esse público, analisando desde os casos mais complexos aos mais singelos, pois uma educação de qualidade é direito de todos. De acordo com a autora supracitada, para concretizar os desafios e objetivos da rede educacional, esta se deve direcionar e centrar-se nos quatro pilares básicos da educação “aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser” (SANCHEZ, 2005, p. 10).
Percurso da educação inclusiva no brasil
De início a educação especial no Brasil surge com os institutos imperiais cujo público alvo era de surdos e cegos (Bezerra & Souza, 2012). Com sua consequente expansão, no final do século XX, estimuladas pelas transformações geradas pelos movimentos sociais, aos pouco passou a ser incorporada no sistema educacional regular produzindo uma reflexão acerca da integração dos alunos com alguma deficiência.
De acordo com Marchesi (2004, p.15) “O conceito de necessidades educativas especiais e a ênfase na importância de que a escola se adapte à diversidade de seus alunos foi expressão dessas novas realidades”.
Até esse momento o termo deficiência estava relacionado ao inatismo, com poucas possibilidades de intervenção educativa e de mudança. A partir da década de 1960, o foco passa a ser direcionado para a necessidade de modificação das instituições sociais e escolares, de forma que elas passassem a atender aos diferentes sujeitos e suas necessidades educativas especiais.
Já na década de 70, a noção de deficiência passou a ser questionada pelas autoridades educacionais decorrente da necessidade de se desenvolver uma perspectiva humanista e também devido os dados alarmantes que conforme cita Lima (p.29,2006): a) o fracasso escolar, a evasão e a repetência, especialmente das crianças pobres; b) o aumento da demanda pela criação de classes e escolas especiais, sobretudo na década de 1980. Tudo isso propiciou o questionamento e as propostas de reformulação dos sistemas de ensino.
Com a promulgação da Constituição Federal, em 1988, é oficializado no seu art. 208 que a educação é um direito público e é dever do Estado “garantir o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino, além de garantir o acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um”
Em 2001 é criado o Plano Nacional de Educação (PNE), que segundo Laplane (2006, p.704):
(...) afirma, entre outras metas: o desenvolvimento e a ampliação de programas educacionais em todos os municípios, o trabalho em parceria com as áreas de saúde e assistência social, a realização de ações preventivas nas áreas visual e auditiva, a generalização do atendimento
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