A ATUAÇÃO PEDAGÓGICA INCLUSIVA DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO BÁSICA

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

EDUCAÇÃO FÍSICA-LICENCIATURA

A ATUAÇÃO PEDAGÓGICA INCLUSIVA DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Guarabira

2014

A ATUAÇÃO PEDAGÓGICA INCLUSIVA DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO BÁSICA

INTRODUÇÃO

A educação inclusiva compreende a educação especial dentro da escola regular e transforma a escola em um espaço para todos. Ela favorece a diversidade na medida em que considera que todos os alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de sua vida escola. A educação é um direito de todos e deve ser orientada no sentindo do pleno desenvolvimento e do fortalecimento da personalidade. Educação inclusiva, portanto, significa educar todas as crianças em um mesmo contexto escolar. A opção por este tipo de educação não significa negar as dificuldades dos estudantes, pelo contrário. Com a inclusão as diferenças não são vistas como problemas, mas como diversidade.

Atualmente, já se tornou uma realidade nas redes publicas de ensino, os alunos com necessidades especiais freqüentarem a escola em sala de aula com inclusão. Isso é importante para que, “independentemente do tipo de deficiência e do grau de comprometimento, possam se desenvolver social e intelectualmente na classe regular”. Para que a inclusão se concretize, é necessário que os professores esteja preparados para lidar com esse tipo de situação.

Os professores enfrentam dificuldades não só em transmitir para esses alunos as disciplinas especificas em suas áreas de formação, mas falta com a língua brasileira de sinais (Libras) e com a presença de interpretes em suas aulas. Alem dos professores que não são bem preparados, as próprias instituições de ensino não contam com recursos físicos e didáticos que visam atender as necessidades desses alunos.

A Educação Inclusiva atenta quanto à diversidade inerente à espécie humana, busca perceber e atender as necessidades especiais de alunos portadores de algum tipo de deficiência, seja ela mental, visual, auditiva ou motora, inserindo-os em salas de aulas comuns, num sistema de ensino denominado regular, com o intuito de promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos, inclusive os não portadores de deficiência. Consiste numa prática pedagógica coletiva, multifacetada, dinâmica e flexível que requer mudanças significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, na formação humana e social dos professores e nas relações entre a família e a escola.

Nessa perspectiva, de acordo com matéria do Jornal “A Notícia”, foi realizado o VII Seminário de Formação de Gestores e Educadores do Programa Educação Inclusiva: Direito à diversidade, de 17 a 21 de março, na cidade de Cajazeiras, contando com pessoas de 28 municípios da Paraíba. O seminário contou com a participação do professor gaúcho Alex Garcia que fez a abertura do mesmo com a palestra enfatizando "A inclusão nas vozes do cotidiano" e "Direito à igualdade e diversidade". Ele evidenciou que não importa a condição física, social, psicológica da pessoa para que ela possa estudar, pois apesar das dificuldades impostas pela sociedade de toda ordem, é possível que as pessoas com deficiência ocupem com merecimento seu lugar na sociedade.

Os seminários e os programas de formação para professores sobre Educação Inclusiva são de suma importância para uma mudança de prática por parte de muitos professores e abre espaço para novas experiências pedagógicas na área da inclusão. As riquezas destas experiências revelam a realidade vivida nos sistemas de ensino e nas escolas, situações do cotidiano, que necessitam de respostas eficientes. O “não saber como fazer”, e a imprevisibilidade dos resultados, talvez seja o grande ganho neste processo, pois é neste momento de crise, que gestores e professores buscam novos conhecimentos e criam alternativas, que poderão, ou não, atender às necessidades emergentes.

A educação inclusiva esta em estado embrionário ainda, mais já deu um salto muito importante na sociedade, mudando a concepção de muitas pessoas especialmente na situação do preconceito e com isso podendo moldar gerações futuras, assim podendo ter uma sociedade conscientizada e muito mais capaz de aceitar e entender as diferenças e ajudar muitas famílias.

Faz-se necessário uma reflexão sobre os conceitos estabelecidos em nossa sociedade, pois ainda é muito comum encontrar pessoas que subjugam aquelas que consideram “diferentes”. Nesse contexto a educação inclusiva é a melhor forma de dirimir todo esse preconceito social que existe para com as pessoas portadoras de algum tipo de deficiência.

Para o professor da educação básica, lidar com alunos portadores de necessidades especiais é um desafio a ser conquistado dia após dia, aprendendo com suas próprias experiências, desenvolvendo sempre novas técnicas de ensino, se reconstruindo constantemente, porém fica a gratificação de poder contribuir para a formação de uma sociedade mais justa em que as pessoas enxerguem umas às outras de forma menos preconceituosa e mais tolerante. Diante do exposto resolvemos elaborar este artigo objetivando analisar a temática da inclusão na atuação do professor no contexto da educação básica, posicionando-se de forma crítica e reflexiva.

DESENVOLVIMENTO

A escola inclusiva não é feita de boas intenções, é constituída de ações concretas, quepermitam a todas as crianças o aprendizado.

...As escolas inclusivas propõem um modo de se constituir o sistemaeducacional que considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturadoem função dessas necessidades. A inclusão causa uma mudança na perspectivaeducacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentamdificuldades na escola, mas apoia a todos: professores, alunos, pessoaladministrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral(MANTOAN, 1997, p.121).

Assim sendo, a construção da escola inclusiva é uma concepção coletiva, que passa por uma reformulação do espaço escolar como um todo, desde espaço físico, dinâmica de sala de aula, passando por currículo,