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A Cultura Africana

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Por:   •  10/3/2013  •  1.044 Palavras (5 Páginas)  •  2.394 Visualizações

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Cultura Afro brasileira

O entrecruzamento de africanos, portugueses e índios, entre os séculos XVI e XVIII, consolidou a estrutura genética da população brasileira. Toda a construção da economia litorânea no Brasil, inclusive o desenvolvimento de sua vida urbana, se deve ao mulato, mestiço de negro e ao branco.

Porém, a contribuição do negro para a cultura brasileira vai além da povoação e da prosperidade econômica através do seu trabalho. Vindos de diversas partes da África, os escravos negros trouxeram suas matrizes culturais e transformaram não apenas a sua religião, mas todas as suas raízes em uma cultura de resistência social.

Aqui vamos abordar rapidamente aspectos dessa influência, lembrando que ela é muito ampla e profunda e nem sempre percebida, de tão arraigada que está no nosso cotidiano.

Contribuição na linguagem

Os africanos, na ausência de uma unidade lingüística, já que provinham de diferentes povos, foram praticamente obrigados a criar uma em comum para que pudessem se entender.

A influência africana no português do Brasil, que em alguns casos chegou também à Europa, veio do iorubá, falado pelos negros vindos da Nigéria e notada principalmente no vocabulário relacionado à culinária e à religião e também do quimbundo angolano, em palavras como caçula, cafuné, moleque, maxixe e samba, entre centenas de outros vocábulos.

Religião

As religiões chamadas afro-brasileiras surgiram durante o processo de colonização do Brasil, com a chegada dos escravos africanos. Na realidade, os cultos afro-brasileiros vêm da prática religiosa das tribos africanas. Por isso, cada uma tem a sua forma peculiar de chamar o nome de Deus, promover seus cultos, estruturar sua organização, celebrar seus rituais, contar sua história e expressar as suas concepções através dos símbolos.

Na tentativa de catequizar os negros, os europeus promoveram uma grande mistura que resultou nas hoje chamadas de religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé, fruto da inter-relação de culturas.

Alguns povos bantos eram adeptos do candomblé e foram seus introdutores no país. Atualmente, existem poucas casas de candomblé puro no Brasil, concentradas principalmente na Bahia. Por outro lado, o candomblé de caboclo e a cabula, outra variante do candomblé, tornaram-se as raízes remotas do umbanda, o mais difundido culto afro-brasileiro, no Rio de Janeiro.

Para resistir, o negro buscou, através de formas simbólicas, alternativas que camuflassem seus deuses a fim de preservá-los da imposição da igreja católica. Assim, o sincretismo foi uma forma de defesa do negro e não a incorporação da religião negra a religião predominante.

Festa do Senhor do Bonfim, em Salvador: Nessa festa popular, misturam-se as heranças culturais dos escravos trazidos para o Brasil e as tradições religiosas dos colonizadores portugueses.

Este material é parte integrante da Enciclopédia Encarta 2001 e tem sua utilização autorizada pela Microsoft Informática Ltda

Em diferentes momentos da história, aos poucos, as religiões afro-brasileiras foram se formando nas mais diversas regiões e estados. É justamente por isso que elas adotam diferentes formas e rituais, diferentes versões de cultos.

A fé nos orixás se misturou à fé nos santos católicos e o resultado disso tudo é o jeito brasileiro de praticar a religião.

"Em que outro país o mesmo devoto se sente à vontade para jogar flores e perfumes no mar para Iemanjá, pedir namorado para Santo Antônio e ainda acreditar na vida após a morte do espiritismo?"

Culinária afro-brasileira

O negro introduziu na cozinha o leite de coco-da-baía, o azeite de dendê, confirmou a excelência da pimenta malagueta sobre a do reino, deu ao Brasil o feijão preto, o quiabo, ensinou a fazer vatapá, caruru, mungunzá, acarajé, angu e pamonha.

A cozinha negra, pequena mas forte, fez valer os seus temperos, os verdes, a sua maneira de cozinhar. Modificou os pratos portugueses, substituindo ingredientes; fez a mesma coisa com os pratos da terra; e finalmente criou a cozinha brasileira, descobrindo o chuchu com camarão, ensinando a fazer pratos com camarão seco e a usar as panelas de barro e a colher de pau.

Música e dança

A música foi criada pelos afro-brasileiros é uma mistura de influências de toda a África

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