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A EDUCAÇÃO NA SOCIOLOGIA CLÁSSICA

Por:   •  22/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.340 Palavras (6 Páginas)  •  579 Visualizações

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GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

A EDUCAÇÃO NA SOCIOLOGIA CLÁSSICA

As perspectivas de Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber

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SÃO PAULO

2016

A EDUCAÇÃO NA SOCIOLOGIA CLÁSSICA

        A perspectiva sociológica da Educação se organiza a partir da instalação do sistema capitalista. Três correntes sociológicas para a compreensão do fenômeno educativo: Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber. Vamos entender como cada pensador clássico colaborou para o desenvolvimento dos estudos sociológicos, sendo que cada um determinou um objeto de estudo, com diferentes métodos e diferenças nas concepções da sociedade.

         Karl Marx

Um dos pensadores clássicos mais influentes de todos os tempos, Karl Marx investigou a mecânica do capitalismo e previu que o sistema seria superado pela emancipação dos trabalhadores.

Marx deixou sua contribuição a respeito da relação entre sociedade e educação. Ele convenceu-se de que o Estado era parte dos conflitos de interesses particulares e não funcionaria como lugar da razão. Assim, Marx passou a compor a concepção do homem e sua concepção da história como uma dimensão de práxis, fazendo críticas ao papel da educação na sociedade capitalista e propondo uma nova educação, que ajudaria na luta pela superação da sociedade capitalista e na construção de uma sociedade que superasse as relações sociais de produção capitalista.

Para constituir o homem novo era preciso unir trabalho e ensino. Surgiu então a idéia de ensino público, mantido pelo Estado, mas controlado pela sociedade civil. Essa formação transformaria filhos de operários em homens completos, elevando-os a um nível superior ao dos burgueses. Esses por sua vez, deveriam parar de separar trabalho intelectual e trabalho manual. Precisávamos de indivíduos integralmente desenvolvidos.

Para Marx a organização da sociedade resulta das relações de produção. Ele rumou em oposição ao positivismo e partiu para a organização de uma crítica radical à sociedade capitalista. Marx concebeu as relações de classe como o objeto de estudo da Sociologia, entendendo que a educação deveria ser ao mesmo tempo intelectual, física e técnica. Essa concepção difere da visão de educação “integral” porque esta tem uma conotação moral e afetiva que, para Marx, não deveria ser trabalhada pela escola, mas por “outros adultos”.

Combater a alienação e a desumanização era, para Marx, a função social da educação. A alienação de que fala Marx é conseqüência do afastamento entre os interesses do trabalhador e aquilo que ele produz. De modo mais amplo, trata-se também do abismo entre o que se aprende apenas para cumprir uma função no sistema de produção e uma formação que realmente ajude o ser humano a exercer suas potencialidades, que transforma o indivíduo em um sujeito crítico, autônomo, capaz de analisar, compreender e criticar de forma consciente os fatos que ocorrem na sociedade, almejando uma sociedade mais igualitária e justa para todos.  Por fim, segundo Marx, é através de uma boa educação que é possível transformar a sociedade.

Émile Durkheim

Apontado como um dos primeiros grandes teóricos da sociologia, esse pensador se empenhou em estudar as questões educacionais, determinando o fato social como objeto de estudo da Sociologia. Procurava soluções para a manutenção da sociedade que se organizara após as revoluções. A educação foi a questão central na constituição da sociedade moderna.

A educação era empregada de uma maneira ampla, por isso seria necessário achar uma definição que considerasse os sistemas educativos existentes ou que tivessem existido, fazer uma comparação e tirar deles o que houvesse de comum.

Tal como vimos na proposta educativa de Marx, o modelo de ensino de Durkheim também assenta na idéia de uma escolarização pública e laica. Para ele as escolas deveriam ter a fiscalização do Estado e não ensinar o que lhes convém. Tanto as escolas públicas quantos as escolas privadas deveriam garantir que o ensino atendesse às necessidades da sociedade.

Durkheim vê a transmissão do saber como modo de perpetuação da ordem social. Uma sociedade predominantemente caracterizada pela solidariedade orgânica assenta na difusão de valores morais e na divisão do trabalho.

Ele afirma a existência, no indivíduo, de dois seres distintos, embora separáveis, apenas por abstração: o ser individual (estados mentais particulares) e o ser social (sistema de idéias, sentimentos e hábitos que exprimem o grupo a que pertencemos). A sociologia deveria se abster de estudar as individualidades dos sujeitos e se debruçar sobre estudos generalistas acerca dos fatos sociais, que são definidos por Durkheim como os aspectos de nossa sociedade que moldam as nossas ações em sociedade, tais como nossa língua, o Estado e a moral.

Segundo Durkheim, os fatos sociais possuem três características principais: primeiro fato é externo ao indivíduo, ou seja, os fatos sociais existem independentemente de nossas vontades individuais; já o segundo é de natureza coercitiva, o que quer dizer que eles possuem força para nos “obrigar” a agir de determinada maneira sob a ameaça de punições; e o terceiro e último fato é também generalista, ou seja, atinge a todos sem exceções.

Toda a teoria sociológica de Durkheim pretende-se demonstrar que os fatos sociais têm existência própria e independem daquilo que pensa e faz cada indivíduo em particular. Embora todos possuam sua “consciência individual”, seu modo próprio de se comportar e interpretar a vida, pode-se notar no interior de qualquer grupo ou sociedade, formas padronizadas de conduta e pensamento. Essa constatação está na base do que Durkheim chamou de consciência coletiva. A sociologia durkheimiana ensina o respeito pelas normas coletivas

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