A Economia Política da Globalização
Artigo: A Economia Política da Globalização. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: fernando1968 • 4/11/2013 • Artigo • 400 Palavras (2 Páginas) • 308 Visualizações
Ambiente Econômico Global
Obra de Yukinori Yanagi
Fonte: http://farm4.static.flickr.com/3446/3199633945_f87f3f4250.jpg
Autoria: Ivy Judensnaider
Pesquisa e Revisão: Elena Knijnik e Pedro Guilherme Brandão Baio Gomes
São Paulo – SP 2009
Aula 1. A Economia Política da Globalização
1.1. Diferentes conceitos sobre a Globalização
Na 23a. Bienal de São Paulo, um trabalho deveras interessante do artista Yukinori Yanagi chamou a atenção: um grande painel de areia colorida representava bandeiras de todos os países, bandeiras essas que se misturavam à medida em que formigas (no caso, saúvas brasileiras) caminhavam pela obra. Metáfora rancorosa, impregnada de ironia, ou mesmo poética aos olhos de alguns, o fato é que a corrosão das bandeiras nacionais simbolizava para a maioria das pessoas (àquela época e, muito provavelmente, ainda nos dias de hoje), o verdadeiro significado do termo “globalização”: o fim dos Estados Nacionais e a vitória triunfante de um mundo sem fronteiras, global. Para Hirst e Thompson (1998, p. 13), “a globalização tornou-se um conceito em moda nas ciências sociais, uma máxima central nas prescrições de gurus da administração, um slogan para jornalistas e políticos de qualquer linha”. Segundo Ianni (1997, p. 13), “a descoberta de que a terra se tornou mundo, de que o globo não é mais apenas uma figura astronômica, e sim o território no qual todos encontram-se relacionados e atrelados, diferenciados e antagônicos – essa descoberta surpreende, encanta e atemoriza. Trata-se de uma ruptura drástica nos modos de ser, sentir, agir, pensar e fabular. Um evento heurístico de amplas proporções, abalando não só as convicções, mas também as visões de mundo”. Ao mesmo tempo em que a inexistência de barreiras geográficas ou políticas entre os países reverbera na mente das pessoas, outros significados são também atribuídos à “globalização”, e isso de tal forma ocorre que podemos encontrar o termo sendo utilizado tanto para descrever a hegemonia do hambúrguer no cardápio alimentar quanto para representar a comunicação via internet, rápida, simultânea e integradora. Na verdade, “globalização” significa tanto, que o termo acabou por resultar quase vazio de sentido, e para traçar (ao menos) algumas fronteiras demarcadoras é necessário que um esforço especial seja feito para compreendermos seus conceitos, contextualizados no tempo e na história, entendidos a partir das diferentes correntes ideológicas daqueles que vêm estudando o fenômeno. Afinal, “desde que o capitalismo desenvolveu-se na Europa, apresentou sempre conotações internacionais, multinacionais, transnacionais e mundiais, desenvolvidas no interior da acumulação originária, do mercantilismo, do colonialismo, do imperialismo, da dependência e da interdependência” (IANNI, 1997, p. 14).
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