A Evolução Da Tabelas Periodica
Artigos Científicos: A Evolução Da Tabelas Periodica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AnaPaulaSeles • 17/6/2013 • 7.249 Palavras (29 Páginas) • 1.490 Visualizações
EVOLUÇÃO DAS IDÉIAS
As primeiras tentativas
A lista de elementos químicos, que tinham suas massas atômicas conhecidas, foi preparada por John Dalton no início do século XIX. Muitas das massas atômicas adotadas por Dalton, estavam longe dos valores atuais, devido a ocorrência de erros. Os erros foram corrigidos por outros cientistas, e o desenvolvimento de tabelas dos elementos e suas massas atômicas, centralizaram o estudo sistemático da química.
Os elementos não estavam listados em qualquer arranjo ou modelo periódico, mas simplesmente ordenados em ordem crescente de massa atômica, cada um com suas propriedades e seus compostos.
Os químicos, ao estudar essa lista, concluíram que ela não estava muito clara. Os elementos cloro, bromo e iôdo, que tinham propriedades químicas semelhantes, tinham suas massas atômicas muito separadas.
Em 1829, Johann W. Boebereiner teve a primeira idéia, com sucesso parcial, de agrupar os elementos em três - ou tríades. Essas tríades também estavam separadas pelas massas atômicas, mas com propriedades químicas muito semelhantes.
A massa atômica do elemento central da tríade, era supostamente a média das massas atômicas do primeiro e terceiro membros. Lamentavelmente, muitos dos metais não podiam ser agrupados em tríades. Os elementos cloro, bromo e iodo eram uma tríade, lítio, sódio e potássio formavam outra.
A segunda tentativa
Um segundo modelo, foi sugerido em 1864 pôr John A.R. Newlands (professor de química no City College em Londres). Sugerindo que os elementos, poderiam ser arranjados num modelo periódico de oitavas, ou grupos de oito, na ordem crescente de suas massas atômicas.
Este modelo, colocou o elemento lítio, sódio e potássio juntos. Esquecendo o grupo dos elementos cloro, bromo e iodo, e os metais comuns como o ferro e o cobre. A idéia de Newlands, foi ridicularizada pela analogia com os sete intervalos da escala musical. A Chemical Society recusou a publicação do seu trabalho periódico (Journal of the Chemical Society).
Nenhuma regra numérica, foi encontrada para que se pudesse organizar completamente os elementos químicos numa forma consistente, com as propriedades químicas e suas massas atômicas.
A base teórica na qual os elementos químicos estão arranjados atualmente - número atômico e teoria quântica - era desconhecida naquela época e permaneceu assim pôr várias décadas.
A organização da tabela periódica, foi desenvolvida não teoricamente, mas com base na observação química de seus compostos, pôr Dimitri Ivanovich Mendeleev.
A descoberta do número atômico
Em 1913, o cientista britânico Henry Mosseley descobriu que o número de prótons no núcleo de um determinado átomo, era sempre o mesmo. Mosseley usou essa idéia para o número atômico de cada átomo. Quando os átomos foram arranjados de acordo com o aumento do número atômico, os problemas existentes na tabela de Mendeleev desapareceram.
Devido ao trabalho de Mosseley, a tabela periódica moderna esta baseada no número atômico dos elementos.
A tabela atual se difere bastante da de Mendeleef. Com o passar do tempo, os químicos foram melhorando a tabela periódica moderna, aplicando novos dados, como as descobertas de novos elementos ou um número mais preciso na massa atômica, e rearranjando os existentes, sempre em função dos conceitos originais.
As últimas modificações
A última maior troca na tabela periódica, resultou do trabalho de Glenn Seaborg, na década de 50. À partir da descoberta do plutônio em 1940, Seaborg descobriu todos os elementos transurânicos ( do número atômico 94 até 102). Reconfigurou a tabela periódica colocando a série dos actnídeos abaixo da série dos lantanídeos.
Em 1951, Seaborg recebeu o Prêmio Nobel em química, pelo seu trabalho. O elemento 106 tabela periódica é chamado seabórgio, em sua homenagem.
O sistema de numeração dos grupos da tabela periódica, usados atualmente, são recomendados pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC). A numeração é feita em algarismos arábicos de 1 à 18, começando a numeração da esquerda para a direita, sendo o grupo 1, o dos metais alcalinos e o 18, o dos gases nobres.
A tabela de Mendeleev
A tabela periódica é atribuída a Mendeleev, que a melhor desenvolveu.
Mendeleev foi um professor de química e, quando preparava um livro didádico para seus alunos, descobriu que se arrumasse os elementos na ordem do aumento dos pesos atômicos, os mesmos com propriedades semelhantes ocorreriam em intervalos periódicos. O gênio de Mendeleev estava no fato de ele dividir esta lista de elementos em séries de linhas e empilhá-las com os elementos de propriedades semelhantes arrumados em colunas verticais chamadas grupos. Ele também precisou inverter a ordem crescente de pesos atômicos do telúrio e iodo, cujos pesos atômicos, em 1869, pensavam-se ser 128 e 127, respectivamente. Eles foram colocados na tabela em ordem inversa (de acordo com os pesos atômicos) porque suas propriedades impunham que o telúrio fosse colocado no grupo 6 e o iodo no grupo 7.
Os “buracos” da tabela periódica
Uma vantagem da tabela de Mendeleev é que, por ela, foi possível prever as propriedades dos elementos que faltavam, pois os elementos agrupados em uma mesma coluna tinham que ter propriedades similares. Por exemplo, o germânio, que se situa abaixo do silício e acima do estanho, no grupo 4, não tinha sido descoberto quando Mendeleev construiu sua tabela. Portanto, aparecia um espaço vazio nesta posição. Com base na sua posição na tabela, Mendeleev predisse que as propriedades do germânio, que ele chamou de “eca-silício”, deveriam ser intermediárias entre as do silício e as do estanho. E assim se confirmou posteriormente.
O enunciado moderno da tabela periódica
A necessidade de inverter a ordem com base nos pesos atômicos dos elementos na tabela, como ocorreu com o telúrio e o iodo, repetiu-se após a descoberta dos gases nobres. Verificou-se que o peso atômico do argônio era maior que do potássio; todavia, com base nas propriedades físicas e químicas, o potássio pertencia, claramente, ao grupo 1 (segundo
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