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A Evolução Do Espetáculo

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Por:   •  14/10/2014  •  350 Palavras (2 Páginas)  •  202 Visualizações

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Dos conflitos pré-históricos com lanças e pedras até os computadores hodiernos convertidos em instrumentos de guerra ou agressão moral, a violência co-evoluiu com a humanidade. Contudo, no perpassar histórico, a violência tem apresentado novas formas de expressão segundo o meio sociocultural em que ela se encontra correlacionada. Sendo assim, torna-se notável o agravamento de um dilema histórico e a perpetuação deste, visto que, diante de tantas mutações em seu cerne parece uma utopia encontrar uma solução.

A sociedade do caos, consolidada no século XXI, configura-se como fruto da “Cyber-era”, em que a alienação tecnológica impera sobre a essência do ser e o relativismo de valores deturpa a noção de certo e errado de acordo com os preceitos éticos e morais. Além disso, a diminuição das fronteiras e o acesso à informação instantânea, propulsionados pela globalização, propiciam a difusão do “cyber-bulling” e da violência em tempo real em uma sociedade que se apóia na tecnologia como guia de sua vida. Logo, a pós-modernidade tem apresentado novas faces da violência, nas quais a agressão pode ser à distância e não significa que seja menos dolorosa e, além disso, da casa à escola, são poucos os lugares seguros.

Para Jean Paul Sartre, a violência faz-se passar sempre por uma contraviolência, quer dizer, uma resposta à agressão alheia. Diante dessa conjuntura, a sociedade hodierna se sustenta nessa paradoxal e cruel perspectiva que permite, assim, a perpetuação de um espetáculo de dor. Uma vez que, até na escola, que seria um espaço de socialização e propagação de ideais de respeito aos direitos humanos básicos, a violência conseguiu se permear e, assim, tem gerado traumas psicossociais e físicos que podem perdurar toda a vida do jovem ou da criança.

Para além disso, Milton Santos já apregoava que nunca houve, no curso histórico da humanidade, condições tecnológicas, científicas e culturais tão adequadas para a formação de um mundo da dignidade humana. Apesar disso, em tempos de “Cyber-era”, nenhum caminho rumo à paz, em todos os meios, fora avistado ou construído. Assim sendo, a história constatou que o “homo-sapiens” é violento em sua essência e, por conseguinte, evoluiu com isso

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