A FILOSOFIA E A DÚVIDA.

UNIVERSIDADE ANHANGUERA

UNIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE – CE

CURSO: PEDAGOGIA

DISCIPLINA: FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO

PARTICIPANTES DA EQUIPE: Jeová de Oliveira Nascimento – RA: 424376

Jakeline Bezerra Silva – RA :418830

Maria Nelsonita dos Santos Alencar – RA: 408854

Carla Bezerra Rodrigues – RA: 425603

Anne Caroline Sobrinho da Silva – RA : 413475

TÍTULO: A FILOSOFIA E A DÚVIDA.

TUTOR À DISTÂNCIA: MARCIA ANGI

JUAZEIRO DO NORTE – CEARÁ

24 de Setembro de 2.013

A IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA PARA A COMPREENSÃO DA SOCIEDADE E AS DIFICULDADES DE IMPLANTÁ-LA NO CURRÍCULO ESCOLAR

A Filosofia tem por característica principal a busca pelo conhecimento teórico a respeito das “verdades” que, apesar de serem aceitas pela grande maioria, não existem sobre elas provas palpáveis. Desta forma, como a Filosofia é uma disciplina não empírica, ou seja, não se têm experiências a respeito de suas afirmações, os adeptos do cienticismo, não a tem como sendo uma ciência séria e isso faz com que seja muito complicado ensinar a Filosofia nas escolas convencionais, da mesma forma que são ensinadas as outras disciplinas, pois as instituições de ensino, em geral, tendem a ter gestores com uma visão mais conservadora a respeito da educação, a ponto de não aceitarem os questionamentos existentes nas mentes dos estudantes desta disciplina.

Assim sendo, substitui-se o ensino da Filosofia pelo ensino da História da Filosofia, limitando-se apenas a mostrar quem foram os filósofos mais importantes e suas teorias ao longo do tempo, sem que os estudantes tenham a possibilidade de questionar tais teorias. Isso faz com que surjam muitas dúvidas a respeito do que ensinar para que o adolescente se sinta seduzido pela filosofia. Pergunta-se que paradigma se deve seguir. Também se questiona a possibilidade de adotar uma terceira alternativa, unindo o conhecimento histórico da filosofia como atividade de filosofar. De acordo com os ideais de Augusto Conte, Filosofia significa virtude, dever e utilidade para compreender a inclusão ou a exclusão da disciplina.

Além disso, por ser uma matéria, cujas afirmações são abertas, não há, de maneira geral, um consenso sobre os assuntos estudados, pois, cada filósofo tem sua opinião própria, sendo que, em alguns casos, há uma discrepância enorme em relação ao que diz um e outro filósofo.

No que diz respeito, diretamente à sua utilização na educação, a nossa sociedade só valoriza o que é imediatamente útil. Qualquer tentativa de reflexão é tomada como perda de tempo ou comportamento anacrônico e desnecessário. Essas questões orientaram com maior intensidade as discussões atuais a esse respeito. As dificuldades devem ser pensadas no contexto da distinção preconceituosa entre o filosofo e o professor de filosofia, desvalorizando este que atua na escola básica como alguém inapto para a pesquisa. Desde Platão, quase todos os filósofos tiveram de alguma forma relação com o ensino de filosofia.

Os professores de filosofia, diante dessa nova realidade, além de pensar no ensino de filosofia deverão refletir sobre outros problemas como a essa questão especifica, devido à carência de professores formados em filosofia para atender à rede de escolas e a manutenção dos cursos de filosofia existentes.

Os governantes usaram o autoritarismo com o objetivo de formar indivíduos com espírito patriota e cívico, obrigando-os a terem culto e obediência às leis, Assim foi, por muito tempo, com impactos ainda nos dias de hoje, a formação do estudante brasileiro que era incentivado apenas a adquirir o conhecimento que possibilitasse o domínio de técnicas a serem usadas para dominarem as suas futuras profissões.

REALIDADES DISTINTAS

Chega a ser intrigante, a existência, em nosso país, de duas realidades tão opostas. Por um lado, como é citado no texto escrito por Moacir Gadotti, tratando-se da educação na sua forma mais comumente apresentada à população, na forma de mercadoria, o que torna os que podem pagar para obtê-la, com mais chances de conseguirem uma melhor colocação no mercado de trabalho, inclusive, essa forma de educar está projetada para formar as pessoas para esse mercado, conforme afirmação do escritor, que sugere que, apesar de serem otimistas as previsões para a educação, nos próximos anos, questiona qual o modelo a ser mantido para que isso ocorra. Na verdade, ele propõe um rompimento com o modelo da educação no contexto da Globalização Neoliberal, como chama o padrão atual de educação. Por outro lado, conforme visto na entrevista com Jacqueline de Blasi, diretora de Graduação e Pró-Reitoria de Ensino em exercício de um Instituto Federal de Ensino, no estado de São Paulo, entrevista essa, veiculada na Univesptv, canal digital da Fundação Padre Anchieta, cuja programação, a exemplo dos outros canais da Fundação, é voltada para a educação e a cultura. Ela foi questionada sobre os motivos que fazem com que, diferentemente do habitual, de acordo com o modelo de ensino no Brasil, no ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio, as melhores notas estão sendo atribuídas aos alunos que concluem a Educação Básica em escolas técnicas federais, quando, pela lógica, deveriam ser alunos de instituições particulares. Ela, categoricamente, responde que, como se tratam, em sua maioria, de instituições ligadas, direta ou indiretamente à Universidades, há, inicialmente, uma valorização dos professores, bem como a conscientização de que os alunos devem ter a pesquisa como fator principal na aprendizagem, inclusive, esta não pode ser voltada, exclusivamente, com a finalidade de se passar num vestibular, ou mesmo em exames, como no caso do ENEM, mas que deve ser algo que ficará para toda a vida.

Analisando essas duas realidades, pudemos entender que, apesar de não ser algo fácil, é possível haver a ruptura com