A GEOTECNOLOGIA

FITZ, Paulo Roberto. Geoprocessamento sem complicação. São Paulo. Oficina de Textos, 2008.

OBJETIVO: fazer com que os geográfos e outros profissionais, busquem conhecer os detalhes dessas tecnologias, com seus aspectos práticos e teóricos, para a melhor forma de utilização. Numa forma de preencher uma importante lacuna nesse campo de atuação.

O autor ressalta, que com os conteúdos deste livro, os estudantes adquiram condições de tominar e empregar de forma consciente e não como o próprio autor diz meros “apertadores de teclas”.  

“O estudo do espaço geográfico e dos aspectos ambientais nele inseridos pressupõe uma serie de conhecimentos e informações que podem ser trabalhadas de maneira mais ágil, fácil e rápida com as novas tecnologias. Inseridos nesse contexto, as geotecnologias dentem a ocupar um lugar de destaque em virtude de sua funcionalidade”. (FITZ, p. 11)

“As geotecnologias podem ser entendidas como as novas tecnologias ligadas às geociências e correlatas, as quais trazem avanços signifcativos no desenvolvimento de pesquisas, em ações de planejamento, em processos de gestão, manejos e em tantos outros aspectos relacionados à estrutura do espaço geográfico”. (FITZ, p. 11)

TRABALHAR COM GEOTECNOLOGIA

“Para trabalhar com geotecnologias, é necessaria a compreensão de determinadas técnicas específicas. Uma delas diz respeito ao uso de bases cartográficas confiáveis, o que vincula-se diretamente a compreensão de regras básicas para essa forma de representação da realidade”. (FITZ, p. 30)

Apresenta-se como SIG

“É um poderoso conjunto de ferramentas para coleta, armazenamento, recuperação, transformação e visialização de dados espaciais do mundo real para um conjunto de propósitos específicos”. (BURROUGH; McDONNEL, 1998, P.11. APUD. FITZ, p. 22-23)

“Um sistema assistido por computador para a aquisição, armazenamento, análise e visialização, de dados geográficos”. (EASTMAN, 1995, P.2-1. APUD. FITZ, p. 23)

“[...] Definir SIG como um sistema constituído por um conjunto de programas computacionais, a qual integra dados, equipamentos e pessoas com o objetivo de coletar, armazenar, recuperar, manipular, visualizar e analisar dados espacialmente referenciados a sistemas de coordenadas conhecido”.  (FITZ, p. 23)

GEOPROCESSAMENTO

“Pode-se considerar o geoprocessamento como um tecnologia, ou mesmo um conjunto de tecnologias, que possibilita a manipulação, a análise, a simulação de modelagens e a visualização de dados georrefenciados”. (FITZ, p. 24)

As práticas de geoprocessamento existia antes do desenvolvimento de software, que segundo FITZ (2008, P. 24)

“A antiga sobreposições de mapas traçados em lâminas transparentes ou papel vegetal e as análises resultantes podem ser entendidas como práticas de geoprocessamento sem o uso de um instrumental mais sofisticado. O uso do computador apenas facilitou os procedimentos, tornado-os mais rápidos, dimânicos e precisos”.

APLICAÇÕES DO SIG

“As aplicações desses sistemas demonstram ser, [...] incontáveis. As ações vinculadas ao planejamento, à gestão, ao monitoriamento, ao manejo, à caracterização de espaços urbanos ou rurais certamente serão melhor trabalhadas com um auxílio de um SIG”.  (FITZ, p. 26)

“Um SIG desvinculado de um banco de dados consistente pouco ou nada tem a produzir de eficiente”. (FITZ, p. 26)

SISTEMAS DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS

A forma utilizada para representar coordenadas em uma para é Sistemas de coordenadas geográficas = ao sistema sexagesimal.

“Os valores dos pontos localizados na superfície terrestre são expressos por suas coordenadas geográficas, latitude e longitude, contendo unidades de medida angular, ou seja, graus (º), minutos (‘) e segundos (“)”.(FITZ, p. 36)

SISTEMA UNIVERSAL TRANSVERSAL DE MERCATOR (UTM)

“O sistema UTM é, talvez, o mais empregado nos trabalhos que envolvam SIGs. Suas facilidades dizem respeito à adoção de uma projeção cartográfica que trabalha com paralelos retos e meridianos retos equidistantes. Essa projeção, concebida por Gerhard Kremer, conhecido como Marcator, publicado em 1569, originou tal sistema”. (FITZ, p. 38)

PARA TRABALHO DE CAMPO (UTILIZANDO O GPS)

“Quando se lida com coordenadas obtidas a partir de trabalhos de campo, seja por levantamento topográfico ou ou com a utilização de sistema de posicionamento por satélite, deve-se, num primeiro momento, avaliar a precisão dos trabalhos realizados. Esta vai depender da acurácia do equipamento e da competência do operador”. (FITZ, p. 40)

GPS OBTENÇÃO DE PONTOS

“[...] obtenção de coordenadas geográficas em campo se dá com uso de sistemas de posicionamento por satélite. Os sistemas de operação utilizados para esse fim – Global Position System (GPS), Global Navegation Satellite System (Glonass) e Galileo – são baseados no recebimento de dados em terra via satélite”. (FITZ, p. 41)

No Brasil o sistemas mais utilizado para a obtenção de coordenadas geográficas é GPS que segundo FITZ (2008, p.41)

“o sistema de posicionamento por satélite mais utilizado atualmente no Brasil, o GPS, foi concebido nos Estados Unidos com fins militares. Entretanto, por causa da crescente demanda, acabou se disseminando pelo mundo, constituindo-se, atualmente, como uma ferramenta de enorme utilidade para os mais diversos fins”.

GEOPROCESSAMENTO NO AUXILIO DE MAPAS

“A utilização do geoprocessamento propicia facilidades quanto à confecção de mapas, o que pode vir a gerar tantos bons produtos quanto quadros desastrosos”. (FITZ, p. 43)

“O objetivo básicos dos mapa temáticos é o de fornecer uma representação do fenômenos existentes sobre a superfície terrestre fazendo uso de uma simbologia específica. [...] deve possuir alguns elementos de fundamental importância para o fácil entendimento do usuário em geral, além de fornecer subsídios para o uso profissional”. (FITZ, p. 43 - 44)

“Os mapas temáticos gerados a partir do uso de técnicas de geoprocessamento devem apresentar determinadas características básicas para que possam ser facilmente entendidos por qualquer usuário, profissional ou leigo”. (FITZ, p. 44)

“A execução de um mapa com informações quantitativas deve possuir tons diferenciados, do mais claro (ou hachuras mais espaçadas), para valores menores, até tons mais escuros (ou hachuramento mais denso), para valores maiores”. (FITZ, p. 45)

BASE DE DADOS GEORREFERENCIADOS