A GESTÃO ESTRATÉGICA NAS ORGANIZAÇÕES ESCOLARES
Exames: A GESTÃO ESTRATÉGICA NAS ORGANIZAÇÕES ESCOLARES. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 00102030 • 13/9/2013 • 2.249 Palavras (9 Páginas) • 427 Visualizações
A GESTÃO ESTRATÉGICA NAS ORGANIZAÇÕES ESCOLARES.
SINTESE
A abordagem da organização escolar como objeto de estudo do aspecto da teoria das organizações constitui-se tanto em um desafio aos estudiosos e pesquisadores dos campos de Educação e dos Estudos Organizacionais, como em uma necessidade para profissionais atuantes no espaço escolar.
A partir de análises teóricas e empíricas, os estudos organizacionais procuram
estabelecer lógica entre inúmeras variáveis e abordagens (modelos, imagens e metáforas, ideologias, metodologias...), com o objetivo fundamental de melhor abranger o universo organizacional. Em face da multivariação de tipos de organizações, surge a necessidade de explorações de tipos organizacionais mais específicos, de modo a analisar tanto os pressupostos teóricos da ciência administrativa como também as características peculiares de cada setor de análise.
Torna-se necessário, deste modo, perceber a escola, sim, como um membro do
macro-sistema, mas que tem características culturais onde as dimensões da liderança, da construção organizacional, da estratégia, da tomada de decisões e dos mecanismos de controle que definem medidas específicas dentro do ambiente da ação educacional. Já os aspectos microanalíticos concentram-se nas variáveis pedagógico-didáticas
(motivação, avaliação, planejamento escolar...) e na sala de aula.
Esta visão poderia, portanto, propiciar melhores condições operacionais a partir da visão integrada das variáveis macros e microambientais, favorecendo o alcance dos objetivos da escola. Pela necessidade de estudos e críticas que envolvam tanto aspectos pedagógicos como administrativos da educação, esta expectativa traz a possibilidade de complementar e integrar o processo de gestão da escola.
1. O Macro-ambiente da Gestão Administrativa da Escola
O processo decisório nas organizações, e por tanto na escola, está diretamente
relacionado com a avaliação feita pelo dirigente em relação às condições ambientais tanto em nível interno quanto externo. Deste modo, as condições macro-ambientais impõem ajustes tanto aos modelos organizacionais como de tomada de decisão no âmbito interno da escola.
Este modelo econômico implica necessariamente no rompimento de fronteiras comerciais entre as nações, na ampliação das grandes fusões entre as empresas transnacionais e na ampliação das transações de capital estrangeiro. Este mesmo modelo implica especificamente para o sistema educacional uma necessidade mais presente de uma formação profissional direcionada às demandas determinadas por esta realidade de mercado.
Assim, a necessidade de trabalhadores com mais conhecimento, cultura e habilidades técnicas impõe-se às instituições educacionais, que passam a apresentar adaptações curriculares, etodológicas e mesmo nos serviços que oferecem, no sentido de compreender quais as qualificações e conhecimentos necessários e da satisfazer às demandas recorrentes. Paralelamente, a sociedade acompanha uma verdadeira revolução tecnológica, melhor descrita a partir do intenso aumento da área de comunicação e de gerenciamento de dados e informações, principalmente nas décadas de 80 e 90.
A dimensão política aponta para o crescente questionamento das funções tradicionais do Estado. As convicções preponderantes adotam idéias de afastamento do Estado de determinados setores, notadamente no setor educacional, no qual observa, por exemplo, a ampliação do ensino privado, principalmente no nível superior. Estas circunstâncias conduzem a escola a redefinir suas estratégias, seus objetivos e seu papel na estabilização da cidadania, da participação política e social, do reconhecimento das diferenças individuais e de uma base de valores que possibilite uma melhor qualidade de vida social.
A abordagem da gestão administrativa da escola como intermediadora entre o macro-ambiente e a dinâmica das atividades educacionais-pedagógicas irá apresentar melhores condições de compreensão e ação na medida em que os gestores adotarem
a perspectiva estratégica de planejamento, desenvolvimento e controle.
2. GESTÃO ESTRATÉGICA: ELEMENTOS FUNDAMENTAIS
Deste modo, estratégia em negócios teria como significado a astúcia, a
tentativa de enganar ou superar o concorrente pela aplicação de um procedimento inesperado. Desde então, são comuns nas obras de administração as referências às estratégias de linhas de produtos, estratégias de marketing, estratégia empresarial, ao planejamento estratégico, e outras.
Tais estratégias genéricas são divididas em três grupos:
diferenciação ou a procura pela característica distintiva dos produtos e serviços em relação aos concorrentes; liderança de custo ou a oferta de produtos e serviços mais baratos; e focalização, esta relacionada à identificação de um nicho para a exploração da melhor maneira possível.
Mintzberg e Quinn (2001) discutem o conceito de estratégia agregando outras
dimensões e características na tentativa de entender o conceito em toda sua amplitude. Estes autores procuram envolver várias abordagens para a definição de estratégia e optam por apresentar cinco definições, nas quais a estratégia é apresentada conforme exposto a seguir:
▫ A estratégia é um plano - uma direção de ação conscientemente definida para o futuro da organização;
▫ A estratégia é um padrão - ou seja, a consistência de comportamentos ao longo do tempo;
▫ A estratégia é uma posição - ou a opção por uma determinada localização de certos
produtos em certos mercados;
▫ A estratégia é uma perspectiva - ou seja, a maneira fundamental de uma organização fazer as coisas;
▫ A estratégia é um truque - uma manobra específica para iludir o concorrente.
Estes autores ainda apresentam algumas reflexões acerca da natureza da estratégia nas organizações. Como áreas gerais a respeito da estratégia,
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