A Globalização e Democratização
Por: neill33 • 1/10/2015 • Abstract • 621 Palavras (3 Páginas) • 127 Visualizações
Universidade Católica de Brasília
Ney dos Santos Rodrigues UC15200964
Educação superior, globalização e democratização. Qual universidade? (pp. 164 – 173). |
DIAS Sobrinho, José. Educação superior, globalização e democratização. Qual universidade?. Revista Brasileira de Educação, núm. 28, jan-abr, 2005, pp. 164-173, Rio de Janeiro, Brasil |
“Uma universidade não está fora, separada, mas está dentro da tessitura complexa e contraditória da sociedade, em relações de mútuas interações.” (p.164) “Nada em nosso tempo pode ser pensado sem que sejam levadas em conta as características atuais da globalização. “ ( p. 164) “ Quando obsessivos e reduzidos a uma mera dimensão econômica e pragmática, os fetiches da máxima proficiência, da produtividade, da excelência, e a compulsão pelo conhecimento de pronta aplicação constituem uma ameaça à construção histórica da universidade crítica.” ( p. 165) “Não perder a sua visão de vocação crítica e sua capacidade de visão de conjunto é muito importante para a universidade.” ( p. 165) “Do ponto de vista econômico-social, as desigualdades beiram a obscenidade. Mais da metade da humanidade está condenada às penúrias de sobreviver com menos de dois dólares por dia” (p.166) “...para os críticos da globalização, é ela a principal responsável pelo aprofundamento das assimetria entre pobres e ricos, Sul e Norte, excluídos e incluídos , seja do ponto de vista social , econômico, racial, e agora também “digital”. ( p. 166) “Com a expansão e o vasto domínio da economia de mercado, a educação superior foi levada a embaçar o viço de sua capacidade crítica, da autonomia de pensamento, do hábito da reflexão radical, da capacidade de compreensão global da história humana” (p.167) “O que o pensamento dominante espera hoje da educação superior, tem um foco muito mais centrado na função econômica e nas capacidades laborais” (p.167) “Que a universidade não seja um motor da globalização da economia de mercado, mas sim da globalização da dignidade humana .” (p.172)
José Dias Sobrinho, no seu artigo, explicita os dilemas enfrentados pelas universidades ao se depararem com a pressões provocadas pela globalização e os interesses econômicos da sociedade, em detrimento da produção científica que promova e equidade, igualdade e democratização do conhecimento. Descreve a paradoxo que vivem hoje as universidades que são: educação como direito social e bem público ou educação como negócio, mercadoria, competitividade. No que refere a interferência da globalização no modo de atuar das universidades, o autor explica que o controle social é feito mediante o controle do conhecimento, em suas dimensões de produção, distribuição e consumo, com isso o interesse dos países mais desenvolvidos e das grandes companhias industriais se volta para essas instituições como ferramenta básica para garantir a competitividade e poder de mercado. Contudo os países subdesenvolvidos e emergentes ficam em desvantagens em relação à produção econômica, já que o estado não prioriza a educação superior e a produção de insumo científico, levando a um efeito cascata de desigualdades de todas as ordens e estagnação social. A educação superior é um patrimônio público , a medida que exerce funções de caráter político e ético na promoção de conhecimentos e valores éticos, civis e na formação de uma sociedade mais consciente. O O autor finaliza dizendo: “Que a universidade não seja um motor da globalização da economia de mercado, mas sim da globalização da dignidade humana”. O texto nos faz refletir sobre a responsabilidade da educação superior e seu papel na formação de uma sociedade mais consciente e de cidadãos politicamente comprometidos com as causas sociais que interferem nos modos de vida da maioria da população, tais como as desigualdades sociais, pobreza, educação, saúde e tantas outras. |
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