A HISTÓRIA E O CONCEITO DE FLUTUAÇÃO

1- HISTÓRICO E CONCEITO DO BULLYING

Para Saldanha (2013), O Bullying é uma conduta de opressão, intencional e violenta, onde a vítima é assediada por uma ou mais pessoas onde o agressor procura ferir a auto-estima e a imagem da outra pessoa, por ela não compactuar das mesmas opiniões, observando que não há justificativas para praticá-lo. O mesmo autor ainda nos fala que o criador deste conceito descreve-o da seguinte forma: "Um estudante está sendo intimidado ou vitimado quando ele ou ela está exposto, repetidamente e ao longo do tempo, a ações negativas por parte de um ou mais estudantes".Os estudos sobre Bullying se iniciaram na década de 70, por Dan Olweus que mesmo sem o interesse das instituições escolares prosseguiu com suas pesquisas. A partir da morte de três vítimas de 10 e 14 anos através do suicídio dos rapazes que se despertou tal desejo nas escolas da Noruega.

Dan Olweus (1993) um pesquisador da Universidade de Bergen na Noruega, foi um dos primeiros a realizar estudos sobre Bullying na escola .Ele desenvolveu os primeiros critérios para a identificação do bullying na escola, diferenciando - o de outras possíveis interpretações sobre o comportamento dos escolares, entrevistou 84.000 estudantes em diversos níveis e períodos escolares, 400 professores e cerca de 1.000 pais. Através desses estudos verificou-se que, a cada grupo de sete alunos, um estava envolvido em situações de bullying (FANTE, 2005).

Segundo Saudanha (2013), O questionário proposto por Olweus consistia de um total de 25 questões com respostas de múltipla escolha, no qual se verificava a freqüência, tipos de agressões, locais de maior risco, tipos de agressores e percepções individuais quanto ao número de agressores. Este instrumento destinava-se a apurar as situações de vitimização e agressão segundo o ponto de vista da própria criança ou adolescente. O questionário proposto por Olweus foi adaptado e utilizado em diversos estudos, em vários países, inclusive no Brasil, pela ABRAPIA, possibilitando assim, o estabelecimento de comparações interculturais.

Os primeiros resultados, frutos das pesquisas realizadas por Olweus e por Roland, em 1989, constatou-se que dentre os 07 alunos, 01 encontrava-se envolvido na prática do bullying. Em 1993, Olweus lançou sua pesquisa no livro “BULLYING at the school”. Nessa obra encontravam-se, não apenas os resultados da pesquisa, mas também, um arcabouço de medidas intervencionistas a fim de combater o bullying, na medida em que identifica vítimas e agressores. A obra gerou uma reação em cadeia que resultou na queda de 50% da incidência dos casos de bullying no país de origem, a Noruega, bem como na adoção das medidas propostas no livro na Inglaterra, em Portugal e Canadá. Isso incentivou outros países na igual adoção destas mesmas medidas.

O programa de intervenção de Owleus tinha a intenção de criar regras combatentes ao bullying nas escolas, o qual necessitava do envolvimento de pais e professores, para aumentar a conscientização sobre o bullying, bem como a proteção e apoio para as vítimas.

De acordo com estudos da ABRAPIA , 40,5% dos 5785 alunos de 5a a 8ª séries participantes admitiram estar diretamente envolvidos em atos agressivos na escola.

FANTE (2005) diz que segundo o professor Olweus os dados de outros países sobre a ocorrência de bullying indicam que esse tipo de conduta existe com relevância similar ou superior às da Noruega, como é o caso da Suécia e Estados Finlândia, Inglaterra, Países Baixos, Japão, Irlanda, Espanha, Austrália, Canadá Unidos, sendo uma das formas de violência que mais cresce no mundo.

De acordo com esta autora, pesquisadores de todo o mundo atentam para fenômeno e apontam aspectos preocupantes quanto ao seu crescimento e ao fato te atingir inclusive os primeiros anos de escolarização. Segundo essa autora, calcula-se que em torno de 5% a 35% das crianças em idade escolar estejam envolvidas de alguma forma em condutas agressivas na escola, atuando como vítimas ou agressoras.

2- A DESVANTAGEM DO BULLYING NA VIDA PSICOLÓGICA DA PESSOA.

De acordo com (Shigunov.2012) as desvantagens do Bullying na vida psicológica das pessoas tanto vítimas como agressores se referem aos comportamentos que são a tendência a depressão, a falta de energia e a rejeição. Segundo (Oliveira, 2010) a pessoa quando encontra em estado de depressão não consegue desenvolver suas atividades por estar alienada aos seus sentimentos não possuindo capacidade de ação.

Segundo (Vila e Diogo, 2009) As crianças e jovens que praticam Bullying podem futuramente desenvolver comportamentos inadequados e anti sociais, psicóticos ou violentos como formar grupos onde o objetivo seria de roubar, agredir e promover a violência e também no mais graves assassinatos.

De acordo com os mesmos autores as conseqüências para as vitímas do Bullying são de muito sofrimento, pois a vítima apresenta percepção alterada da realidade cognitiva, perda da autoconfiança, perda da auto-estima, falta de concentração, dificuldade de ajustamento na adolescência e vida adulta (problemas nas relações pessoais), podendo a vítima chegar até ao suicídio,sendo que este fator se associa a comportamentos e atitudes que com o decorrer do tempo vão se agravando e observada na vida pessoa que sofreu Bullying.

Segundo (Silva, 2010) As conseqüências do Bullying na vida da pessoa são as mais variadas possíveis, sendo que se desenvolve a partir de cada indivíduo, são as diferenças de estrutura, das vivências, da predisposição genética, de como são feitas e as variadas formas existentes de agressão, observando que não importa se o ataque é em maior ou menor proporção todas as vítimas levam o sofrimento em suas vidas, marcas que precisam ser curadas através de tratamentos psicológicos afim de ser resolvidos estes problemas.

Define como problemas mais comuns relacionados a este trauma:

• Desinteresse pela escola

• Problemas psicossomáticos;

• Problemas comportamentais e psíquicos como transtorno do pânico, depressão, anorexia e bulimia, fobia escolar, fobia social, ansiedade generalizada, entre outros.

De acordo com a mesma autora se a pessoa já se encontra com problemas, poderá se agravar devido ao excesso de stress em que a vítima é submetida geralmente por tempo prolongado podendo a vítima a chegar ao homicídio e suicídio como forma de desejo de se livrar do problema definitivamente.

De acordo com Rosana