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A Historicidade Da Educação De Jovens E Adultos No Brasil

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Por:   •  21/1/2014  •  1.498 Palavras (6 Páginas)  •  1.004 Visualizações

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A historicidade da educação de jovens e adultos no Brasil

Resumo

O artigo disserta acerca da história da educação de jovens e adultos no contexto brasileiro a partir da década de 30 até os dias atuais. Tem como objetivo relatar de forma sucinta as iniciativas e as ações dos principais programas de alfabetização de jovens e de forma especifica descrever a história da educação de jovens e adultos desde a década de 30 até a atualidade.

Palavras-chave: educação de jovens e adultos. História. Programas de alfabetização.

1 Introdução

A educação de jovens e adultos no Brasil começou a delimitar-se a partir dos anos 30, como pauta da política educacional participando do sistema de educação do país. A EJA propõe de forma exata evidenciar o processo de educação popular, na qual os saberes são todos requeridos e aproveitados na formação educacional da sociedade, destacando o diálogo do educador e educando. Sendo que a mesma possui características particulares produzindo diferença dos demais níveis de ensino, já que os educadores têm que se adequar a realidade da faixa etária, procurando responder a indagações que salientam os desafios enfrentados pelos alunos, para tentar mudanças de postura, estratégias e conteúdos abrangentes dessa conjuntura de educação de jovens e adultos (BRASIL,1997).

Desse modo para o desenvolvimento deste trabalho pretende-se relatar de forma sucinta as iniciativas e as ações dos principais programas e alfabetização de jovens e de forma específica descrever a história da educaçãio de jovens e adultos desde a década de 30 até a atualidade.

2 A educação de jovens e adultos nas décadas de 30 e 40

O período dos anos 30, foi marcado por grandes transformações sociais com o advento da industrialização, que provocou maior concentração populacional nos centros urbanos, com isso a demanda educacional também se estendia consideravelmente, o governo federal então começou a traçar diretrizes educacionais, determinando responsabilidades para os estados e municípios (BRASIL,1997).

Com o fim do período ditatorial de Vargas em 1945, o país vivenciava a política de redemocratização, bem como o fim da Segunda Guerra Mundial, que pedia a ONU, a integração dos povos na luta por paz e democracia. Assim a necessidade da universalização da educação de jovens e adultos se tornou evidente, a principio por aumentar as bases eleitorais republicanas e dá grande sustentação ao governo, além disso integrar as massas populacionais incrementando a produção econômica do país (BRASIL,1997).

Já em 1947, foi lançada a Campanha de Educação de Adultos, que possibilitou a reafirmação da identidade da campanha, ao qual pretendia-se em primeiro momento uma ação educativa emergente que previa a alfabetização em três meses e mais dois períodos de sete meses e após uma maior condensação da estratégia com a capacitação profissional e o desenvolvimento social. A campanha prosseguiu com resultados significativos na liderança do professor Lourenço Filho, porém na década de 50 teve um declínio, pois as estratégias na zona rural não tiveram o mesmo sucesso, sendo extinguida no final da década. Porém a mesma deu lugar a centralização da discussão do crescente analfabetismo no Brasil, sendo visto como a causa da situação econômica, social e cultural, legitimando a visão de que o adulto não-alfabetizado era sujeito marginal da sociedade, culpabilizado por essa circusntancia e não como ser produtivo de saberes e capaz de solucionar os problemas vigentes no ensejo social (BRASIL,1997).

2.1 A década de 50 e 60 e a alfabetização

Nesse período, as críticas a Campanha de educação de adultos eram centralizadas as carências institucionais e financeiras do movimento, como também ao caráter superficial da aprendizagem. Com isso possibilitou a consolidação de um novo modelo pedagógico a partir da visão de Paulo Freire (BRASIL, 1997).

Para Paulo Freire, 1987 a alfabetização não é somente a memorização mecanicista das setenças de palavras, sílabas e vocabulários, porém uma comunicação do homem analfabeto com o contexto social, sendo que a alfabetização se faz do educando para o educador para que esse possa produzir atitudes norteadoras da educação.

As ideias freireanas inspiraram o Movimento de Educação de Base (MEB), criado a partir de 1961, através do Decreto 50.370, de 21 de março, ao qual determinava a coloboração do governo federal com a CNBB – Conferencia Nacional de Bispos do Brasil no programa de alfabetização de adultos. No qual tinha como conceito ``ser um conjunto de ensinamentos destinados a promover a valorização do homem e o soerguimento das comunidades´´ (Raposo, 1985).

Porém, em 1962, a educação de base passou por uma nova orientação que de acordo Rapôso, 1985 a educação de base era um processo de autoconscientização da população, para valorizar o homem e transformar a cosnciencia crítica da sociedade, propiciando elementos necessários a capacitação integral do homem e da comunidade.

No período após o golpe militar o discurso da educação de base se enfraqueceu, ocorrendo a desestruturação do movimento, sendo que livros foram apreendidos, por serem caracterizados como comunistas, sofrendo grande pressão dos conservadores do regime militar, devido a isso, em 1966 o programa foi encerrado em alguns estados. Mas em 1970, voltou atuante nas regiões norte e nordeste do país (BRASIL,1997)

Ainda na década de 1960, teve origem o Movimento de Cultura Popular, teve apoio de Paulo Freire. Esse movimento elucidava os problemas aos quais eram utilizados debates enfatizadores da realidade social, bem como alfabetizar utilizando métodos inovadores de aprendizagem, teve sua extinção em 1964 por falta de recursos financeiros para a sua manutenção (BRASIL,1997)

Já o Centro Popular de Cultura (CPC), que surgiu em 1961, pela Uniao Nacional de Estudantes, objetivavam levar a cultura as classes mais desfavorecidas, utilizando práticas educativas artísticas.

Esses movimentos vivenciados nas décadas de 50 e 60 impulsionaram o processo de alfabetização de jovens e adultos no país, dando subsídios para novos movimentos subsequentes.

2.2

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