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A História Do Narguilé.

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Por:   •  19/9/2014  •  1.866 Palavras (8 Páginas)  •  1.592 Visualizações

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Introdução

Uma das tradições mais antigas da Turquia é o narguilé, que homens e mulheres têm imenso prazer em fumar. O narguilé iniciou toda uma nova cultura que durou por muitos e muitos anos. Até hoje o narguilé oferece divertimento a uma diferente casta de fumantes.

O utensílio original veio da Índia, primitivo e feito com a casca do coco. Sua popularidade se estendeu até o Irã e, de lá, para o resto do mundo Árabe. Foi na Turquia que esta forma diferente de fumar completou sua revolução e não mudou seu estilo pelos últimos cem anos.

O narguilé se tornou um ritual muito importante nas lojas de café, fazendo sucesso na Turquia, por volta dos tempos de Murat IV (1623-1640). O prazer que os fumantes obtinham através desse simples mas belo aparato era incrível.

Regras foram criadas até mesmo para acender o cachimbo, e se um fumante profissional visse qualquer pessoa fazendo isto de forma incorreta, logo faria a repreensão: "Faça um favor ao sagrado narguilé e a você mesmo, e apague os carvões soprando-os."

O narguilé consiste de 4 peças:

* AGIZLIK (bocal)

* LÜLE (topo do narguilé)

* MARPUÇ (o cano)

* GÖVDE (corpo do cachimbo, que é preenchido com água)

História do Narguile, como surgiu?

O Arguile (ou narguilé, Shisha, ou ainda, Hooka) tem uma historia confusa quanto a sua origem, ou quando tenha surgido, porém, a versão mais difundida, é a de que sua origem tenha se dado na Índia, nas regiões de fronteira com o Paquistão.

Os Arguiles criados nessas regiões eram muito simples e rústicos, e normalmente feitos de coco e madeira (evidências históricas mostram narguilés na Pérsia e na Mesopotâmia, de onde vem o nome Narguilé, originado do persa Nārgil, que significa coco).

O arguile é um cachimbo de água utilizado para fumar. Há diferenças regionais no formato, e no funcionamento, mas o princípio comum é o mesmo, a fumaça passar pela água, antes de chegar ao fumante. É tradicionalmente utilizado em muitos países do mundo, em especial no Norte da África, Oriente Médio e Sul da Ásia. Apesar de ter suas origens na Índia, foi no Oriente Médio que ele obteve a fama e a popularidade, devido ao seu longo percurso de difusão, através mundo.

Quando falamos da história do Arguile, não podemos deixar de citar a Turquia, que foi durante um longo período de tempo, o polo cultural do Oriente. Chegando lá, há cerca de 500 anos atrás, o arguile tornou-se extremamente popular entre os aristocratas e os intelectuais, e começou a receber um novo design.

Ele cresceu em tamanho e complexidade, tornando-se semelhante ao arguile que conhecemos hoje, e pinturas e mosaicos interessantes, foram adicionados ao seu design, realçando a beleza e a elegância do arguile, tornando-o uma verdadeira obra de arte.

Sua grande popularidade nos cafés da sociedade turca deu, aos atendentes especializados em arguile dos cafés, o status de verdadeiros “chefs”, em virtude do preparo do arguile, da etiqueta usada em servir os fumantes, entre outros detalhes.

Rapidamente os arguiles, e o ato de fumá-los, tornaram-se o passatempo favorito da população do Oriente Médio como um todo, mais do que isso, o arguile se tornou hábito comum, nas rodas de conversa sobre política, religião e acontecimentos diários.

Em reuniões sociais, o arguile é colocado no centro do grupo, e a mangueira é passada adiante enquanto trocam-se palavras, e compartilham-se ideias, de um modo solto e descontraído. No Oriente Médio, o Arguile está totalmente associado ao cultivo da paz, do relaxamento e do descanso.

O Arguile em si, pode ser simplesmente definido como um instrumento, individual ou coletivo, geralmente feito de vidro, usado para o fumo, que opera por meio da filtragem da água, através de aquecimento indireto.

E ele pode ser usado, para fumar várias substâncias, como ervas e tabaco, e na China, ele foi muito usado para o consumo de Ópio. O arguile se popularizou entre os jovens e idosos, homens e mulheres, e se tornou um símbolo de hospitalidade, serenidade e harmonia.

Malefícios do Narguilé

O narguilé contém aditivos aromáticos, em geral, muito agradáveis, que acabam levando jovens a participar de sessões de fumo desse produto, levando-os a se tornarem dependentes de nicotina, e futuros consumidores de cigarros. De acordo com o pneumologista da Divisão de Controle do Tabagismo do INCA, Ricardo Henrique Meirelles, uma sessão de narguilé expõe o fumante à inalação de fumaça por um período muito maior do que quando ele fuma um cigarro. O volume de tragadas do narguilé pode chegar a 1.000 ml em uma sessão de uma hora. “Uma simples sessão de narguilé consiste em uma centena de ciclos de tragada. Podemos afirmar que em uma sessão, o fumante inala uma quantidade de fumaça equivalente ao consumo de 100 cigarros ou mais. Quando se aspira pelo tubo, o ar aquecido pelo carvão passa pelo tabaco, produzindo a fumaça que desce, passa pela água, onde é resfriada, e segue pelo tubo até ser aspirada pelo fumante e expirada em seguida”, completa o médico.

O resultado é que a fumaça do narguilé pode causar doenças cardíacas, enfisemas e câncer de pulmão, mesmo entre os usuários que não tragam a substância. Outras consequências decorrem do uso compartilhado do narguilé, como a transmissão de hepatite, herpes e tuberculose.

A utilização do narguilé no Brasil tem se disseminado, sobretudo entre os jovens, que geralmente desconhecem suas consequências.

Com apresentação bastante atraente, o narguilé tem usado uma manobra de popularização diferente do cigarro comum e, desta forma, tem conquistado cada dia mais adeptos. A grande oferta de aromas e sabores geralmente adocicados tem seduzido principalmente os jovens, por modismo, influência social ou por acreditarem ser inofensivo. O que muitos ignoram são os riscos. Médicos alertam para o apelo da nova moda e afirmam que o consumo pode trazer graves prejuízos à saúde. Em 2008, uma pesquisa realizada a cada cinco anos

pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), constatou que quase 300 mil pessoas eram consumidoras do cachimbo oriental no

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