A História da Comunicação

COMUNICAÇÃO E PRÁTICAS DA ORALIDADE: CENAS DO SÉCULO XVII

O capítulo I inicia-se apresentando a cidade do Rio de Janeiro em suas ruas, vielas e práticas da oralidade que eram representadas por várias formas de comunicação. Tal situação despertava o fascínio de pessoas que por aquela terra (“terra dos trópicos”) passavam e deixavam de forma escrita ou expressa, seus sentimentos sobre as vozes barulhentas das pessoas que predominavam em decorrência das atividades realizadas naquela cidade.

Como também, reproduz uma realidade das práticas da comunicação, ações de predominância oral e as maneiras de comunicações utilizadas no século XVIII pelos os escravos (palestrando, cantando, batendo palmas, gesticulando, dançando etc.). Desta maneira, os escravos compartilhavam a forma de suas existências.

A maneira de comunicação utilizada pelos escravos, ou, grupos excluídos, também indicava para uma forma acordada entre eles, de forma que, possibilitasse a informação que para muitos não existia, pois esses encontravam-se de forma deplorável sem ao menos ver a luz do dia.

Outro ponto nos revela no ano de 1763 a cidade do Rio de Janeiro passa-se a condição de Capital do Estado do Brasil e do vice-reinado, como consequência, torna-se polo do controle português do Atlântico Sul. Tal situação deixa a cidade do Rio de Janeiro e o Brasil confortáveis, pois eles a partir deste momento transformam-se em peças fundamentais para a permanência do Império Ultramarino Luso.

Diante deste novo contexto, tornou-se necessário a decorrente expansão de novas tarefas, que influenciou personalidades às terras portuguesas, onde certamente as portas se abririam para a conquista de um lugar entre os doutos, ou seja, pessoas instruídas.

Era uma luz que apontava para a ponta do iceberg, pois a partir deste ponto em que a sociedade era concretizada pela hierarquia e que os escravos dentro dessa sociedade ocupavam o último lugar, abria-se uma nova porta para comunicação, pois ainda no século XVIII, o intelectual Antônio Cândido, integrante de grupos de pessoas intelectuais e que certamente tinha influência sobre associações de doutores, vê a necessidade de implantar a impressão e que através de obras impressas (livros, periódicos e outros) dos escritores da época (magistrados, sacerdotes, militares, professores e fazendeiros) expandiria as possibilidades de contato com o mundo.

TIPOGRAFIA NA BAGAGEM DO REI

O capítulo II, inicia-se com a tipografia trazida na bagagem do Rei para o Brasil, de forma que, através desta livraria, nasceria o primeiro jornal oficial do país.

No ano de 1808 do século XIX, com a chegada da família real juntamente com uma tipografia completa em território nacional, inaugura-se a primeira imprensa no Brasil. Com a criação da primeira editora brasileira (impressão régia), também cria-se o primeiro jornal do país, a Gazeta do Rio de Janeiro.

Desta forma, a autora nos remete a compreender o significado da circulação do jornal Gazeta do Rio de Janeiro, haja vista que, esta ferramenta de vocabulários, expressões, inúmeros significados e de possíveis críticas, era também, um meio de divulgação de conceitos, que dependendo do ponto de vista, tornariam-se perigosos para o poder político daquela época.

Diante do ponta-pé inicial, não somente documentos oficiais, a impressão régia passa-se a imprimir outras publicações, dentre elas livros. Porém, ainda que, diante da atual posição do Brasil (vice-reinado e sede da cora portuguesa) a censura ainda prevalecia, pois foi criado uma diretoria da impressão régia, com intuito de decidir o que seria publicado. Dentre as decisões tomada por tal diretoria, publicou-se em uma das edições, informações sobre a guerra da Europa e ações do rei, com circulação aos sábados.