A INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA
Por: Mafalda Martins • 26/5/2018 • Trabalho acadêmico • 3.217 Palavras (13 Páginas) • 236 Visualizações
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Instituto Politécnico de Leiria
Escola Superior de Leiria
Licenciatura em Terapia Ocupacional – TLTO8
INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA
Alexandra Vala Santos
Jacinta Gabriela Pragosa Vala
Mafalda Semedo Louro de Castro Martins
Mariana Brandão Bernardo
Rui Xavier
Leiria, junho de 2017
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Instituto Politécnico de Leiria
Escola Superior de Leiria
Licenciatura em Terapia Ocupacional – TLTO8
INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA
Trabalho de Investigação
Grupo 7
Alexandra Vala Santos – 5160080
Jacinta Gabriela Pragosa Vala – 5160419
Mafalda Semedo Louro de Castro Martins – 5160081
Mariana Brandão Bernardo – 5160088
Rui Xavier – 5160334
Unidade Curricular: Teorias e Modelos em Terapia Ocupacional II
Docente: Liliana Teixeira
Leiria, junho de 2017
Índice
INTRODUÇÃO 4
PERFIL OCUPACIONAL 5
ANÁLISE DE DESEMPENHO 7
FATORES FACILITADORES E INIBIDORES 12
OBJETIVOS 13
ABORDAGENS 14
TIPOS DE INTERVENÇÃO 15
RESULTADOS 17
MODELOS UTILIZADOS 18
INTRODUÇÃO
No âmbito da unidade curricular Teorias e Modelos em Terapia Ocupacional II, lecionada pela docente Liliana Teixeira, foi proposto ao Grupo 7 elaborar um perfil ocupacional e, a partir deste, desenvolver alguns conceitos lecionados na Unidade Curricular.
O grupo dividiu o trabalho em oito subcapítulos fundamentais. Inicialmente elaboramos um possível perfil ocupacional, em seguida fizemos as tabelas correspondentes às análises de desempenho e aos fatores facilitadores e inibidores. Depois elaboramos os objetivos, as abordagens e os tipos de intervenção. Por fim apresentamos os resultados e os modelos utilizados.
O objetivo deste trabalho foi compreender e pôr em prática a intervenção terapêutica.
Na construção deste trabalho baseámo-nos em artigos científicos e num livro em específico, o Enquadramento da prática da Terapia Ocupacional: Domínio e Processo. Este, encontra-se organizado e estruturado segundo as normas da Escola Superior de Saúde de Leiria, baseados nos critérios metodológicos aprovados pela American Psychological Association.
PERFIL OCUPACIONAL
P.B. de 65 anos, nascido a três de janeiro de 1942, natural e residente em Leiria, não é autónomo, necessitando de ajuda nas suas necessidades básicas, como alimentação e higiene pessoal.
A sua companheira faleceu há 6 meses e por isso reside em casa de um dos filhos (que tem esposa e dois filhos), numa vivenda com 4 quartos e 2 casas de banho (com banheira adaptada).Tem o 4º ano de escolaridade e exerceu carpintaria durante 31 anos tendo-se reformado aos 50 anos. P.B. é destro.
P.B. tem 6 filhos, casados e com casa própria. Visto que os filhos de P.B. trabalham durante o dia, é a Santa Casa da Misericórdia que lhe leva o almoço e cuida também das suas necessidades básicas. No período noturno é o filho e a nora quem cuida de P.B.
No seu dia a dia, P.B. gostas de ver televisão, ler o jornal, ouvir o terço, estar no café ao lado de onde reside com os amigos a jogar cartas e dominó e frequentar a igreja todos os domingos.
P.B. caminha com o apoio de um andarilho, ele tem alzheimer há 5 anos e devido à doença, no dia 6 de fevereiro do presente ano caiu ao levantar-se da cama para ir à casa de banho. Este foi socorrido de imediato pelos Bombeiros de Leiria e deu entrada no Centro Hospital de Leiria. Após triagem inicial nas urgências do hospital, o diagnóstico foi uma fratura da clavícula direita. O utente foi sujeito a exames complementares de diagnóstico, mais propriamente a uma tomografia computorizada ao crânio e a um raio-x ao membro superior direito.
O utente saiu do hospital com o membro superior direito imobilizado e utilizando uma cadeira de rodas como meio de deslocamento, pois com uma fratura na clavícula, P.B. não consegue apoiar-se de andarilho. Foi encaminhado para o Serviço de Medicina Física e Reabilitação, para consultas de Fisiatria onde foi reencaminhado para tratamentos de Terapia Ocupacional (TO). Estes tratamentos dividem-se em sessões de cerca de quarenta e cinco minutos diários de TO na sua habitação de segunda a sexta, visto que este utente já tinha TO antes da queda, devido à doença de alzheimer.
No início da reavaliação ao utente, o Terapeuta Ocupacional constatou que este se tornou completamente dependente, deixando de ser capaz de realizar as suas Atividades da Vida Diária, nomeadamente comer sem qualquer ajuda e de caminhar com o apoio do andarilho e ainda se torna complicado a execução dos jogos de tabuleiro com os amigos no café.
ANÁLISE DE DESEMPENHO
Tabela 1: Áreas de Ocupação
ÁREAS DE OCUPAÇÃO | Instrumentos de Avaliação | Resultados |
Atividades da Vida Diária | ||
Tomar Banho | Observação direta | P.B. tem dificuldades em lavar-se com o MS esquerdo, necessita de ajuda para o fazer, logo é completamente dependente. |
Vestir | Observação direta | P.B. seleciona a roupa que quer vestir, mas tem dificuldades no vestir e despir sequencialmente, apertar e ajustar a roupa. |
Alimentar | Observação direta | O utente é totalmente dependente. |
Mobilidade Funcional | Observação direta | O utente deslocava-se com o apoio de um andarilho, mas visto que tem uma fratura na clavícula, só se desloca numa cadeira de rodas com ajuda de alguém. Precisa de ajuda nas transferências. |
Higiene e Cuidados pessoais | Observação direta | P.B. é destro, por isso precisa de ajuda para: fazer a barba, escovar os dentes e cuidar das unhas. É capaz de pôr o desodorizante e lavar a cara autonomamente. |
Higiene Sanitária | Observação direta | O utente é capaz de fazer a gestão das roupas. É dependente na transferência da cadeira de rodas para a sanita e na limpeza do corpo. |
Atividades da Vida Diária Instrumentais | ||
Gestão da Comunicação | Entrevista semiestruturada ao filho | P.B. sabe utilizar o telefone de casa, mas não tem telemóvel pois não o sabe utilizar. |
Mobilidade na Comunidade | Entrevista semiestruturada ao filho | O utente antes de ter a fratura na clavícula, ía ao café de andarilho durante o dia, mas agora não sai de casa, pois não consegue deslocar-se sozinho de cadeira de rodas. |
Gestão Financeira | Entrevista semiestruturada ao filho | O utente não tem capacidade para gerir os seus bens, é o seu filho que os gere. |
Gestão e Manutenção da Saúde | Entrevista semiestruturada ao filho | O utente não tem capacidade de organização para tomar a medicação. É o seu filho que o ajuda. |
Preparação de refeições e limpeza | Observação direta | O utente não tem capacidade para preparar as suas refeições, nem de fazer a limpeza dos espaços. É a Santa Casa da Misericórdia que faculta as refeições, e a família que trata da limpeza dos espaços. |
Prática Religiosa | Entrevista semiestruturada ao filho | P.B. tem capacidade para ouvir o terço, rezar e ir á missa com o acompanhamento de familiares. |
Descanso e Sono | ||
Sono | Entrevista semiestruturada ao filho | P.B. por vezes acorda desorientado e demorou a adaptar-se à casa do filho quando perdeu a sua esposa. |
Preparação do Sono | Entrevista semiestruturada ao filho | O utente precisa de ajuda para os cuidados de higiene pessoal, para se despir. Mas por hábito deseja boa noite à sua família. |
Lazer | ||
Exploração do Lazer | Observação direta | P.B. identifica os seus interesses, que são fundamentalmente ver televisão, ler o jornal, ouvir o terço, estar no café com os amigos a jogar cartas e dominó e frequentar a igreja todos os domingos. |
Participação no Lazer | Observação direta | O utente passa demasiado tempo a ver televisão. Atividades como ir ao café, não o consegue fazer autonomamente, e jogar cartas e dominó já não o faz devido à demência. |
Participação Social | ||
Comunidade | Entrevista semiestruturada ao filho | P.B. apenas frequentava o café e dava-se com um grupo restrito de amigos, mas desde a queda, o utente não tem interesse em sair de casa e conviver com os amigos. P.B. está a isolar-se. |
Família | Entrevista semiestruturada ao filho | P.B. não participava voluntariamente em atividades familiares, mas a família por vezes reúne-se para lhe dar algum conforto. |
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