A INTRODUÇÃO A SOCIOLOGIA
Por: Marcos Silva • 29/10/2019 • Resenha • 670 Palavras (3 Páginas) • 163 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL
NOME: MARCOS ANDRÉ GUIMARÃES ROCHA DA SILVA
CURSO: GEOGRAFIA (LICENCIATURA) TURNO: NOITE
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A SOCIOLOGIA
PROFESSORA: PAULA STROH
RESENHA DO PRODUTO 5
REFERÊNCIA: BAUMAN, Zygmunt. Tempos líquidos. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2007.
O objetivo desta resenha é apresentar o resumo das ideias propostas pelo livro “Tempos líquidos” desenvolvido por ZygmuntBauman. Nessa obra, o autor discute características da sociedade contemporânea e o surgimento de uma sociedade que tem a liquidez como aspecto central.
O primeiro capítulo aborda a sensação de medo e insegurança que se tornou altamente presente na sociedade atual. A partir disso, o autor apresentaa noção de sociedade aberta e globalização negativa para fomentar a sua construção argumentativa.
A terminologia sociedade aberta refere-se a ideia de liberdade que é reforçada pela flexibilização de valores em prol das escolhas individuais e pelo livre mercado típico do capitalismo. A abertura que outrora era vista como compatível com o ideário da autodeterminação, aos poucos torna-se associada aos efeitos da globalização negativa, que são: rapidez do acesso a informação, vigilância excessiva, terrorismo, violência e redução das fronteiras entre os estados. Portanto, as principais consequências dessa soma de fatores é a insegurança generalizada que emerge em conjunto com a sensação de descontrole e de vulnerabilidade da população.
O segundo capítulo do livro versa sobre as consequências do sistema capitalista que ascendeu durante a modernidade. O autor discute que uma das características do capitalismo é a insustentabilidade desse modo de organização social a longo prazo. Assim, algumas problemáticas atuais que emergiram do capitalismo são citadas pelo autor, tais como o aumento do excedente populacional. Isso ocorre pela pauperização da população que não consegue adentrar no mercado de trabalho e acaba se aglomerando em favelas ou tornando-se refugiados em outros países. Esse cenário contribui também para o aumento da criminalidade e mortalidade em jovens.
O terceiro capítulo apresenta a história de desenvolvimento do estado de bem-estar de direito social e da democracia. O autor reflete que a sociedade atual é a que mais contém sistemas de proteção e de segurança. Entretanto, o sentimento de insegurança tem se ampliado na contemporaneidade. Além disso, a liberdade de escolha e flexibilidade de valores reforça a sensação de desamparo da população, que fica sem direcionamentos claros.
O quarto capítulo assinala que o surgimento das cidades na antiguidade esteve vinculado a proteção da população, que através da criação de barreiras físicas poderia se distinguir daqueles considerados bárbaros. Constata-se que na atualidade há o aumento da criminalidade dentro das próprias cidades de modo que os cidadãos convivem em estado de alerta para manter a integridade pessoal e proteger bens materiais.
Dessa forma, o cenário contemporâneo fortalece o afastamento da comunidade e esgarçamento dos laços sociais. O senso de comunidade e de coletividade encontra-se enfraquecido. Outro aspecto discutido pelo autor é a globalização que se faz presente em cada localidade, trazendo os efeitos de problemas gerados globalmente.
O quinto capítulo discute a noção de utopia proposta por Thomas More e estabelece um paralelo entre a ideia de progresso vinculada a modernidade e o conceito desenvolvido por esse autor. Thomas More compreende Utopia como um mundo sem medos e inseguranças. Portanto, o mundo moderno buscaria se aproximar sucessivamente desse modo de vida.
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