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A Importância da Linguagem

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Por:   •  11/6/2014  •  Trabalho acadêmico  •  1.381 Palavras (6 Páginas)  •  235 Visualizações

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A Importância da Linguagem

Aristóteles e Rousseau compartilham da mesma linha de raciocínio, que a palavra distingue os homens dos outros animais; a linguagem distingue as nações entre si. Não se sabe de onde é um homem antes que ele tenha falado. Para eles, como o homem possui a palavra, é capaz de exprimir o bem o e mau, o justo e o injusto e com isso adquire valores comuns e torna possível a vida social e política.

O linguista Hjelmslev fala que a linguagem é o instrumento com o qual o homem modela seu pensamento, seus sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade e seus atos. E também o instrumento em que ele é capaz de influenciar e ser influenciado a base mais profunda da sociedade humana. Afirma ainda que é um recurso indispensável ao homem.

Para Rousseau o desejo e a necessidade de comunicar-lhe seus sentimentos e pensamentos, fizeram-o buscar a linguagem para que houvesse esta comunicação.

Platão dizia que a palavra possui três sentidos principais: remédio, veneno e cosmético. O remédio ele considera pelo fato que ao dialogar, conseguimos descobrir nossa ignorância e aprender com os outros. Pode ser um veneno devido ao poder de sedução palavras, que nos manipula facilmente, fascinados com o que vimos ou lemos sem questionar se realmente é verdadeiro. Enfim, a linguagem pode ser cosmético, maquiagem ou máscara para dissimular ou ocultar a verdade sob as palavras.

A pluralidade de línguas é explicada, nas escrituras sagradas, como punição porque os homens ousaram imaginar que poderiam construir uma torre que alcançasse o céu, isto é, ousaram imaginar que teriam um poder e um lugar semelhantes ao da divindade.

A força da linguagem

Podemos avaliar a força da linguagem tomando como exemplo os mitos e as religiões. Os mitos são mais que uma simples narrativa; são a maneira pela qual, por meio das palavras, os seres humanos organizam a realidade e a interpretam.

O mito tem o poder de fazer com que as coisas sejam tais como são ditas ou pronunciadas. A palavra divina é uma força criadora, a linguagem, tem assim, um poder encantatório. É ainda o poder da linguagem que está presente nos chamados tabus, isto é, em certas interdições religiosas que uma coletividade impõe a seus membros, proibindo-os de tocar certos objetos (que foram sacralizados) e de pronunciar determinadas palavras (que foram sacralizadas).

Independentemente de acreditarmos ou não em palavras místicas, mágicas, encantatórias ou tabus, o importante é que elas existem, pois sua existência revela o poder que atribuímos à linguagem. Esse poder decorre do fato de que as palavras são núcleos, sínteses ou feixes de significações, símbolos e valores que determinam o modo como interpretamos as forças divinas, naturais, sociais e políticas e suas relações conosco.

A outra dimensão da linguagem

Para referir-se à palavra e à linguagem, os gregos possuíam duas palavra: mythos e logos. Diferentemente do mythos, logos é uma síntese de três ideias: fala/palavra, pensamento/ideia e realidade/ser. Lógos é a palavra racional em que se exprime o pensamento que conhece o real. É discurso (ou seja, argumento e prova), pensamento (ou seja, raciocínio e demonstração) e realidade (ou seja, as coisas e os nexos e as ligações universais e necessárias entre os seres).

Essa dupla dimensão da linguagem explica por que, na sociedade ocidental, podemos comunicarmos e interpretar o mundo sempre em dois registros contrários e opostos: o da palavra solene, mágica, religiosa, artística e o da palavra leiga, científica, técnica, puramente racional e conceitual. Não por acaso, muitos filósofos das ciências afirma que uma ciência nasce ou um objeto se torna científico quando uma explicação que era religiosa, mágica, artística, mítica cede lugar a uma explicação conceitual, casual, metódica, demonstrativa, racional, isto é, quando se passa de mythos para logos.

A origem da linguagem

Durante muito tempo a filosofia preocupou-se em definir a origem e as causas da linguagem. Essa discussão levou, séculos mais tarde, à seguinte conclusão: a linguagem como capacidade de expressão dos serem humanos é natural, isto é, os humanos nascem com uma aparelhagem física, anatômica e fisiológica que lhes permite expressarem-se pela palavra; mas as línguas são convencionais, isto é, surgem de condições históricas, geográficas, econômicas e politicas determinadas; ou, em outros termos, são fatos culturais.

Perguntar pela origem da linguagem levou a quatro tipos de respostas:

• A linguagem nasce por imitação, isto é, os humanos imitam os sons da natureza e dos animais;

• A linguagem nasce por imitação de gestos, e pouco a pouco os gestos passam a ser acompanhados de sons, e tornaram gradualmente palavras;

• A linguagem nasce da necessidade: fome, sede a necessidade de abrigar-se, proteger-se, reunir-se em grupo para defender-se das intempéries, dos animais e de outros homens mais fortes levaram a criação das palavras;

• A linguagem nasce das emoções, particularmente do grito, do choro e do riso;

O que é a linguagem

A linguagem é um sistema de signos ou sinais usados para indicar coisas, para a comunicação entre pessoas e para a expressão de ideias, valores e sentimentos. Essa definição afirma que:

• A linguagem é um sistema, com princípios e leis próprios;

• A linguagem é um sistema de sinais ou signos. Exemplo: a fumaça é um signo de fogo ou sinal de fogo. No caso da linguagem, os signos são palavras e

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