A Matemática Na Festa Junina

A matemática na Festa Junina

Não é surpresa que a matemática está presente em todas as áreas da nossa vida desde que acordamos até as coisas mais simples que fazemos no dia a dia, como por exemplo, comprar pão. Esse simples ato envolve muita matemática que está desde a pesagem do pão até a hora de receber o troco.

Na festa Junina também não é diferente, pode passar despercebido por muitos, mas a matemática também está presente nesse evento.

A dança folclórica muito apreciada e executada por muitas escolas no período junino possui em sua composição rítmica, gestual e de formação, características puramente geométricas, como linhas paralelas, circunferências, simetria e movimentos espiralados. A ciranda é uma dança efetuada totalmente em círculo, já o Pastoril tem formação paralela.

Em vários comandos da quadrilha há matemática, vejamos alguns desses exemplos:

1º - Anavantur e anarriêr - Caminhar para frente e cumprimentar o lado oposto: nesse passo pode-se identificar a utilização da simetria partindo de duas linhas paralelas, os dançarinos se aproximam e se afastam paralelamente à mesma distancia do eixo de simetria. Pode-se observar também o movimento de translação.

2º - A grande roda – Os dançarinos fazem um roda de mãos dadas: nesse passo pode-se estudar os elementos da circunferência bem como os conceitos de lugar geométrico, arco, corda, rotação e ainda calcular área e perímetro baseados nos esquemas da dança.

3º - Damas ao centro – Quando as damas ficam ao centro formando uma circunferência menor pode-se demonstrar na pratica as circunferências concêntricas.

4º - O serrote – Os casais um de frente pro outro de mãos dadas fazem uma fila e em seguida realizam uma evolução que se assemelha a um serrote, daí o nome: Nesse passo os participantes realizam uma ação de dois vetores que transladam o casal e observa-se o estudo do produto das translações.

Como podemos ver na dança há a presença da matemática em varias partes e essa não é a única parte da festa junina que apresenta essa característica. A matemática é usada na venda de comidas típicas nas barraquinhas. É como o exemplo do pão: os números indicam o valor a ser pago e com certeza a pessoa que irá pagar deverá contar seu dinheiro para dar o valor. Caso o valor pago foi maior a pessoa deverá receber o troco que é a quantia paga subtraída ao valor do produto, como podemos ver no exemplo:

• João vai à barraquinha de doces e pergunta o preço da paçoca. A vendedora informa que é R$0,30 e ele percebe que tem uma moeda de R$0,50 no bolso. Pela matemática ele sabe que esse valor é o bastante para cobrir a dívida e a vendedora pela matemática sabe que deve devolver a ele R$0,20.

Os números estão presentes em todo lugar e para onde quer que olhemos vemos quantidades, proporções, valores, formas geométricas que nos permitem ver que a matemática está muito presente na Festa Junina.