A Origem Da Sociologia
Dissertações: A Origem Da Sociologia. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: sehiha • 16/5/2014 • 684 Palavras (3 Páginas) • 401 Visualizações
A sociologia constitui um projeto intelectual tenso e contraditório. Para alguns representa uma poderosa arma a serviço dos interesses dominantes, para outros ela é a expressão teórica dos movimentos revolucionários. Por sua posição de contradição foi proscrita de centros de ensino e universidades da América do Sul (Brasil, Argentina, Chile, etc.) todos em regimes ditatoriais. Foi acusada ainda de ser disfarce do marxismo e teoria de revolução. Historicamente, a sociologia é um conjunto de conceitos, de técnicas e de métodos de investigação produzidos para explicar a vida social. Como princípio para o autor, a sociologia é o resultado de uma tentativa de compreensão de situações sociais radicalmente novas, criadas pela então nascente sociedade capitalista.
Podemos entender a sociologia como uma das manifestações do pensamento moderno. Desde Copérnico, a evolução do pensamento era exclusivamente científico. A sociologia veio preencher a lacuna do saber social, surgindo após, a constituição das ciências naturais.
A sua formação constitui um acontecimento complexo para o qual concorreram circunstâncias históricas e intelectuais e intenções práticas. O seu surgimento ocorre num momento histórico determinado, coincidente com os últimos momentos da desagregação da sociedade feudal e da consolidação da civilização capitalista.
A criação da sociologia não é obra de um só filósofo ou cientista mas o trabalho de vários pensadores empenhados em compreender as situações novas de existência que estavam em curso.
As transformações econômicas, políticas e culturas verificadas no século XVII, marca de forma indelével a sociologia. As revoluções industrial e a francesa patrocinam a instalação definitiva da sociedade capitalista.
Somente por volta de 1830, um século depois, surgiria a palavra sociologia, fruto dos acontecimentos das duas revoluções citadas. A revolução industrial, à parte a introdução da máquina a vapor e os aperfeiçoamentos dos métodos produtivos, determinou o triunfo da indústria capitalista pela concentração e controle de máquinas, terras e ferramentas onde as massas humanas eram simples trabalhadores despossuídos.
Cada passo da sociedade capitalista capitaneava a desintegração de instituições e costumes reinantes, para constituir-se em novas formas de organização social. As máquinas não simplesmente destruíam os pequenos artesãos, como obrigava-os à forte disciplina, nova conduta e relação de trabalho até então desconhecidas.
Em 80 anos (entre 1780 e 1860), a Inglaterra conseguiu mudar radicalmente a sua face. Pequenas cidades passou a grandes cidades produtoras e exportadoras. Estas bruscas transformações implicariam em nova organização social, pela transformação da atividade artesanal em manufatureira e fabril, como também pela emigração do campo para a cidade onde mulheres e crianças em jornadas de trabalho desumana percebiam salários de subsistência e constituía-se em mais da metade da força de trabalho industrial.
Estas cidades se transformaram num verdadeiro caos, vez que sem condições para suportar um vertiginoso crescimento, deram lugar a toda sorte de problemas sociais, tais como, surtos de epidemias de tifo e cólera, vícios, prostituição, criminalidade, infanticídio que dizimaram
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