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A Ortografia - Emprego das Letras e Palavras

Por:   •  5/5/2020  •  Projeto de pesquisa  •  1.128 Palavras (5 Páginas)  •  350 Visualizações

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Aula 1 - Ortografia - Emprego das Letras e Palavras - Português para Concursos Públicos

1. O melhor método de aprendizado de ortografia é a leitura. Preste atenção na grafia das palavras, em especial aquelas que você pensava que eram escritas de outra forma. Neste caso, vale a pena inclusive anotar estas palavras no seu resumo

2. Note que questões de ortografia requerem máxima atenção pois provavelmente não haverá mudança no som da palavra. Então, encontrar a palavra com grafia errada demandará concentração;

3. Há muitas regras de ortografia, e mais ainda exceções a elas. Vale a pena estudá-las??? Vale a pena ao menos dar uma olhada nas regras. É provável que você se surpreenda com uma ou outra regra e venha internalizá-la;

4. As questões de ortografia geralmente aparecem junto com outras questões, talvez misturadas com sintaxe. Por exemplo: “marque a opção em que não há emprego da norma culta”, e entre as alternativas é possível que uma delas traga erro de grafia – mas não necessariamente.

Vamos trabalhar agora algumas regras que podem ajudar:

1. Uso do X: é usado depois de um ditongo (duas vogais juntas): ameixa, caixa, frouxo, paixão. Exceção: recauchutar

Também é usado após en- inicial: enxergar, enxerido, enxame... Exceção: encher (encher vem de cheio que já tem ch) e seus derivados, enchente, encharcar...

Também é usado após me- inicial: mexer, mexerica, mexicano... Exceção: mecha

2. A letra “S” representa o fonema “Z” quando é intervocálica: asa, casa, mesa, riso...

3. Esa ou Eza Palavras que terminam com “esa” advém de adjetivos, enquanto “eza” advém de substantivo abstrato.

Natureza. Substantivo, a natureza é bela.

Portuguesa. Adjetivo, a mulher portuguesa.

Calabresa. Adjetivo, pizza calabresa, qualifica a pizza.

Beleza (a beleza, substantivo). A beleza feminina.

4. Ês (adjetivo) ou Ez (substantivo) (mesma regra)

Palidez (vem de pálido). A palidez dela é horrível.

Francês (adjetiva que vem da França). O homem francês.

Burguês (adjetiva um tipo de pessoa). O homem burguês.

Pequenez (aquele que é pequeno, substantivo). A pequenez dele me espanta. Pequinês (aquele que é de Pequim). O homem pequinês.

5. Isar ou Izar (há que se ver a origem da palavra, se ela tiver “S” a palavra derivada é com “S”, se não tem “S”, é grafada com Z)

Pesquisar (pesquisa) Analisar (análise) Harmonizar (harmonia) Finalizar (final) Realizar (real)

6. Porques. 

Porquê: substantivo, é acentuado: usa-se junto de artigo (ainda que subentendido), um porquê..., o porquê..., aqueles porquês, não faltaram porquês (cabe o artigo “os”)... Sempre é um porque substantivado.

Porque: conjunção, não é acentuado: não cheguei a tempo porque eu esperei ela chegar. Indica uma causa ou explicação, é possível substituir por pois. Não cheguei a tempo pois... Geralmente aparece em respostas

Por: preposição, que: pronome: por que você não me esperou? Não esperou por quê? É possível trocar o “por que/quê” por “por qual motivo”. Geralmente aparece em perguntas.

7. Mal x Mau

Mal: advérbio, oposto de bem.

Ele se deu mal. Mal modifica o verbo.

Mau: adjetivo, oposto de bom.

Ele é bom. Bom se remete diretamente e ele.

8. Se não x Senão 

Senão: 1. valor de “caso contrário”, 2. valor adversativo de “mas”, 3. de preposição como “exceto”,4. ou substantivo masculino com significado de defeito:

a. Devemos estudar, senão não passaremos (caso contrário),

b. Fomos aprovados não por sorte, senão por esforço (mas)

c. A quem senão ao governador devo desculpas? (exceto, não devo desculpas a ninguém exceto a ele),

d. Ele só tem um senão (um defeito),

Se não: tem valor de “caso”, ou “isso + oração”, “isto + oração” ou “aquilo + oração”:

a. Se não for aprovado, não comprarei a casa (caso não for aprovado...)

b. Respondi se não iriam viajar (respondi isso)

9. Acerca de x Cerca de: 

Acerca de: valor de sobre.

Falei acerca de questões importantes.

Cerca de: aproximadamente.

Andei por cerca de 2 horas

10. Afim x a fim: 

Afim: afinidade, água e óleo não são substancias afins.

A fim: finalidade.

Ela dormiu tarde a fim de concluir os estudos.

Maria está a fim de João (com a finalidade de ficar junto a João).

11. Demais x de mais

Demais: advérbio, = muito, ou pronome indefinido.

Ela trabalhou demais (adverbio, muito).

Chamaram os demais alunos (pronome indefinido).

De mais: locução prepositiva, = a mais.

Ela comeu carne de mais (a mais, não tem como trocar por muito, note que de mais se refere a carne, carne de mais, e não ao verbo como no outro caso).

12. Mais x mas

Mais, adverbio: ela é a mais estudiosa.

Perceba que o mais intensifica o estudiosa.

Mas, conjunção adversativa: ideia de contrariedade.

Demorei, mas passei.

13. Há x A (em referencia em tempo)

Há: verbo, indica tempo transcorrido, = a faz. Há tempos não chove.

Note que composição como ”há” tempos atrás não chove”, é errada, não por conta da grafia mas por conta da redundância, pois o “há” e o “atrás” têm o mesmo sentido.

A: nesse caso preposição, indica tempo futuro.

A um dia de viajar ele desistiu.

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