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A PRÁTICA AVALIATIVA NUM CONTEXTO PSICOPEDAGÓGICO

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Por:   •  7/10/2013  •  9.592 Palavras (39 Páginas)  •  2.089 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Quando se fala em avaliação e prática pedagógicas colocando-as para análise implica em conhecer e interpretar o contexto histórico social ao qual estão inseridas, enfocando as reformas é necessário pensar nas alterações, nas exigências frente à organização da sociedade, questionando a complexidade do sistema para poder entender a influência que o mesmo exerce sobre a educação.

A legislação vigente, LDBEN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) para uma análise das mudanças que ocorreram na educação principalmente quanto à avaliação, proporcionando um resgate da discussão e interpretação de suas reais intenções e possibilidades, diante de nossas práticas educativas.

A Psicopedagogia constitui-se em uma justaposição de dois saberes - psicologia e pedagogia que vai muito além da simples junção dessas duas palavras. Isto significa que é muito mais complexa do que a simples aglomeração de duas palavras, visto que visa a identificar a complexidade inerente ao que produz o saber e o não saber. É uma ciência que estuda o processo de aprendizagem humana, sendo o seu objeto de estudo o ser em processo de construção do conhecimento.

Prática pedagógica que realmente transforme o processo de ensino aprendizagem seria um desafio para os profissionais da educação. Resgatar a discussão sobre essa prática principalmente sobre a ação avaliativa que é aplicada aos alunos, norteará um repensar e uma análise crítico-reflexivo, pois sem planejar e compreender o processo educativo é correr o risco da reprodução e cumprimento de normas, ao qual o sistema de ensino está posto.

Dentro dessa prática, analisar os métodos avaliativos utilizados para aferir a aprendizagem, reforçando a criticidade do processo, se estes realmente possibilitam aos alunos a oportunidade de verificar suas lacunas de aprendizagem, favorecendo a aquisição do crescimento cognitivo necessário para o mundo do trabalho, para sua vida em sociedade, promovendo o desenvolvendo de suas capacidades individuais.

Refletindo sempre, no que impede a concretude dos instrumentos avaliativos e didáticos de contribuir significativamente com a aprendizagem de todos os envolvidos no processo ensino aprendizagem, rumo principal de nossas discussões e reflexões com a intenção de conduzir e iniciar uma organização das ações de maneira crítica e com conhecimento científico, buscando uma aprendizagem satisfatória não deixando de analisar e respeitar as individualidades.

Como metodologia para o desenvolvimento dessa monografia, utilizou-se a pesquisa bibliográfica na forma de revisão de algumas considerações como ponto de partida de autores na área de avaliação escolar e psicopedagógica.

A avaliação da aprendizagem escolar no Brasil, hoje, em geral, está a serviço de uma pedagogia dominante que, por sua vez, serve a um modelo social dominante, o qual, genéricamente, pode ser identificado como modelo social liberal conservador. A sociedade prevê e garante aos cidadãos os direitos de igualdade e liberdade perante a lei. Cada indivíduo pode e deve, com seu próprio esforço, livremente, contando com a formalidade da lei, buscar sua auto-realização pessoal, por meio das conquistas e do usufruto da propriedade privada e dos bens. Em vista disso, a avaliação educacional em geral e a da aprendizagem em específico, contextualizadas dentro dessas pedagogias, estiveram e estão instrumentalizadas pelo mesmo entendimento teórico-prático da sociedade.

A pedagogia tradicional, centrada no intelectual, na transmissão de conteúdo e na pessoa do professor; a pedagogia renovada ou escolanovista, centrada nos sentimentos, na espontaneidade da produção do conhecimento e no educando com suas diferenças individuais; e, por último, a pedagogia tecnicista, centrada na exacerbação dos meios técnicos de transmissão e apreensão do modelo liberal conservador da sociedade, tentando produzir, sem o conseguir, a equalização social, a qual não pode ser atingida pois o modelo social não o permite. Luckesi (1998, p.30) diz que o modelo social conservador e suas pedagogias respectivas permitem e procedem renovações internas ao sistema, mas não propõem e nem permitem propostas para sua superação, o que, de certa forma, seria um contra-senso. Nessa perspectiva, os elementos dessas três pedagogias pretendem garantir o sistema social na sua integridade.

Quando se discute avaliação, muitos são os instrumentos e técnicas mencionados no meio acadêmico. Mais importante do que a opção que se faz, é a discussão sobre a finalidade da escolha, ou seja: o propósito do instrumento avaliativo escolhido é para que professores e estudantes universitários repitam, memorizem, compreendam? Ou ainda: Através do instrumento aplicado, pretende-se que o acadêmico revele criticidade, resolva problemas, socialize pesquisas desenvolvidas?

Se tomarmos a prática de avaliação como um processo, não é possível conceber e valorizar a adoção de um único instrumento avaliativo, priorizando uma só oportunidade em que o aluno revela sua aprendizagem. Oportunizar aos alunos diversas possibilidades de serem avaliados implica em assegurar a aprendizagem de uma maneira mais consistente fidedigna. Implica também em encarar a avaliação, teórica e praticamente, como um verdadeiro processo.

Atualmente a criança não é considerada como o centro da ação avaliativa. Comumente a avaliação é entendida como o resultado de testes, provas, trabalhos ou pesquisas que são dados ao aluno e aos quais se atribui uma nota ou conceito. Este aprova ou reprova. Temos, então, um julgamento.

Na verdade, a avaliação acompanha todo o processo de aprendizagem e não só um momento privilegiado (o da prova ou teste), pois é um instrumento contínuo para o educando e para todos os participantes. Nesse sentido, fala da consecução e não dos objetivos da aprendizagem.

Frequentemente, o professor, preocupado em manter a disciplina e cumprir o conteúdo, não se interessa em saber se o aluno aprendeu ou não. Julga que quem não aprendeu é porque é desinteressado, carente, indisciplinado. A avaliação precisa olhar o educando como ser social, sujeito do seu próprio desenvolvimento. A reconstrução da avaliação não acontecerá por experiências isoladas ou fragmentadas, mas por uma avaliação continuada e que ultrapasse o espaço da escola.

O interesse por esse assunto surgiu das dificuldades enfrentadas em utilizar os instrumentos de avaliação, durante o curso de pós-graduação em Psicopedagogia. Acreditou-se que o tema abordado fosse de interesse de professores, gestores, e orientadores educacionais. Através do tema escolhido pretende pesquisar as avaliações feitas

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