A Prática de Ensino em Matemática nos Anos Finais do Ensino Fundamental
Por: Anaide do Carmo • 28/8/2023 • Trabalho acadêmico • 643 Palavras (3 Páginas) • 61 Visualizações
FORMAÇÃO PEDAGÓGICA PARA GRADUADOS NÃO LICENCIADOS - MATEMÁTICA | ||
Prática de Ensino em Matemática nos Anos Finais do Ensino Fundamental | ||
O primeiro estágio realizado para as práticas de ensino em matemática no ensino médio, foi realizado na escola Estadual Professor Carlos Lúcio de Assis. Como foi o primeiro contato com a prática, ao menos visual com os alunos, talvez a experiencia não tenha sido tão proveitosa quanto se pretende nessa nova etapa do estágio no ensino fundamental.
Essa escola recebe alunos que moram nos Bairros São João e Jardim Petrópolis, de outros bairros próximos e alguns assentamentos, somando um total de 1200 alunos distribuídos em três turnos; com disponibilidade de ensino fundamental, médio e EJA.
A estrutura tem 16 salas de aula, 1 laboratório de informática, 1 sala de vídeo, quadra de esportes coberta, cantina, biblioteca, secretaria, banheiros femininos e masculinos e um amplo espaço ao redor para os alunos circularem, além da quadra de esportes.
Como a escola existe em volta de comunidades carente, muitos alunos encontram-se em alto índice social. Alguns já estão envolvidos na criminalidade, pois além das dificuldades financeiras, os bairros também não oferecem lazer ou esporte comunitário, a maioria dos pais trabalham fora e não conseguem acompanhar os filhos como seria ideal, assim os jovens mergulham em conflitos dentro e fora do ambiente escolar, pois de uma forma ou de outra trazem suas vivencias para a escola.
Ainda assim a escola possui bons resultados na educação desses jovens, é referência em projetos pedagógicos e já alcançou premiações como medalhas de prata e bronze na OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas). A partir de 2016 a escola começou a desenvolver projetos em feiras externas; tendo alunos premiados nas categorias de Ciências Biológicas e Engenharia, outros foram premiados em feiras nacionais e internacionais como FEMIC (Feira Mineira de Iniciação Científica), UFMG jovem, FEICITI Igarapé-Miri no Pará, e alguns participaram na FEBRACE (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia) e EXPOCIENTEC no Paraguai.
Todas essas conquistas torna a integração da escola com a comunidade especial, muitos sentem vontade de participar dos projetos e se envolverem mais com a escola. Essas observações no estágio, até o momento, fazem perceber que o papel do educador é muito maior que lecionar. Ao mesmo tempo em que ensina o professor aprende muito sobre outras realidades que não é a dele.
As questões trazidas pelos alunos de fora, se não forem resolvidas, ou ao menos ouvidas pelos professores, não permitirá que aquele aluno absorva o conteúdo passado, pois ele estará com a atenção voltada para seus problemas externos. Assim o professor acaba tendo a oportunidade de praticar, além das matérias que leciona, as outras vistas em didática, temas transversais, psicologia da educação e várias outras matérias que ajudam a manter um diálogo com esses alunos, pois questões sociais como racismo, sexualidade, violências... surgem a todo momento.
Nesse tempo de vivência, já é possível perceber que a fala de Paulo Freire sobre o ato de educar ser dinâmico e contínuo é muito verdadeiro, bem como o ato de aprender, dito por Cora Coralina, onde é feliz quem ensina e aprende o que se ensina.
O está tem sido um espaço investigativo, um grande laboratório de vivencias, algo muito maior que lecionar apenas. Tem sido uma rotina de observar, ensinar e mais que tudo aprender, colocando em prática a teoria aprendida, e aprendendo muito mais que qualquer teoria é capaz de prever.
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