A RESPONSABILIDADE AMBIENTAL NA FORMAÇÃO

RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO CIENTÍFICO INTITULADO:  A RESPONSABILIDADE AMBIENTAL NA FORMAÇÃO DO ENGENHEIRO CIVIL

Resenhado por: Luana Lima Batista

Acadêmica de Engenharia Civil da Universidade Salgado de Oliveira – RJ

SOUSA, Adriano Aldrey Pereira et.al.  A Responsabilidade Ambiental na Formação do Engenheiro Civil.  Revista do Ceds. Vol. 1, N°3, p.1-10, dez.  2015.  Disponível em: http://www.undb.edu.br/ceds/revistadoceds. Acesso em 28 fev. 2022.

Com a escassez de recursos naturais, e o alto volume de resíduos gerados pelas diversas atividades produtivas — como é o caso da construção civil — e a indisponibilidade de locais para deposição desses resíduos, além do consequente decréscimo na qualidade de vida da sociedade, o que se reflete em maior consumo, surgiu uma nova forma de pensamento, a do desenvolvimento sustentável. No caso específico do setor da construção civil, muitos são os impactos ambientais a serem considerados, já que além de ser uma das maiores consumidoras individuais de recursos naturais, ela também é responsável pela geração de um considerável volume de resíduos sólidos.

A construção civil sempre foi sinônimo de desenvolvimento econômico e social de qualquer país, entretanto, ao mesmo tempo em que se elevam os índices de desenvolvimento, aumenta o consumo de recursos naturais e a geração de resíduos, ocasionado pelas obras necessárias ao desenvolvimento. Neste artigo é ressaltada a importância da educação ambiental nas universidades, bem como, além de enfatizar bastante sobre a importância da conscientização, apresenta também sugestões para introduzir o conhecimento sobre os aspectos sustentáveis nos currículos dos cursos de engenharia civil.

Os autores elucidam sobre a importância que o responsável técnico da obra tem tanto sobre o controle da utilização dos recursos naturais existentes, quanto pelo planejamento das obras ou atividades afins do ramo da construção civil para que cada vez menos sejam utilizadas matérias primas da natureza e/ou cada vez mais reaproveitados os resíduos gerados. Conforme o próprio artigo aborda “estudos apontam que a construção civil consome no mundo cerca de 15% a 50% de todos os recursos naturais extraídos”, isso nos leva a refletir que metade dos meios naturais são usufruídos apenas por um setor existente na sociedade, fora os demais que não estão sendo abordados por este artigo.

Sendo assim, fica clara a importância da engenharia civil no desenvolvimento econômico e social do país, entretanto, não se pode deixar de observar e até mesmo sentir, os impactos ambientais negativos, causados por esta área. Desta forma se faz necessário a adoção de um novo modelo de gestão na engenharia civil, devido a sua significativa presença em áreas urbanas e suas consequências na qualidade de vida da população em geral. Essa nova metodologia deve ser caracterizada por ações integradas e de caráter preventivo, visando sempre à redução dos resíduos gerados pela construção, bem como a facilitação de sua coleta, a reutilização, a reciclagem, e a destinação final adequada dos componentes utilizados e/ou gerados por esta.

Diante desta questão, como sugerido pelos autores, se faz necessária a implantação de um sistema de educação ambiental já nos primeiros semestres dos cursos de engenharia ambiental, para que o discente possa desde seu primeiro contato com a construção civil, possa conhecer qual a sua relação com o meio ambiente e como deve ser esta interação. A introdução de disciplinas que abordem a problemática ambiental, e introduzam conceitos básicos sobre a sustentabilidade e suas vertentes durante o processo de formação do profissional da engenharia civil é de suma importância, pois é nesse período se conseguirá desenvolver uma consciência ambiental no futuro profissional.