A Tecnologia em Segurança Pública

Tecnologia em Segurança Pública

Produção e Gestão da Informação em Segurança Pública

Pólo

Matrícula:

AD1

A escalada da violência, o crescente números de mortes violentas em especial as causadas por armas de fogo, organizações criminosas ligadas ao narcotráfico envolvidas em ações de grande repercussão nas ruas e dentro das prisões e somando-se a isso o clamor da sociedade, todos estes fatores pressionavam as autoridades por respostas na Segurança pública, esse era o contexto da criação das políticas públicas entre os anos de 2000 e 2002.

O Plano Nacional de Segurança Pública (2000) identifica as organizações criminosas e o narcotráfico como o fator de maior relevância na questão da violência no Brasil, deixando isso claro ao afirmar já no seu primeiro capítulo que: "O aumento da criminalidade no Brasil tem na expansão do crime organizado e no narcotráfico duas de suas principais causas". O objetivo informado no PNSP é, por meio de ações sociais políticas públicas sociais e de segurança, aperfeiçoar o sistema de segurança pública brasileiro, toda via o que se vê no corpo do texto é um conjunto de ações que priorizam as políticas repressivas e ênfase nas agências de segurança pública. O caráter multidisciplinar do combate à criminalidade é reconhecido mas pouco disso é traduzido em propostas.

Na análise do problema da segurança pública brasileira pelos autores do Projeto Segurança Pública para o Brasil (2002), destaca-se como o fator de maior gravidade os crimes cometidos contra a vida que acabam por alcançar a sociedade de maneira desigual, tendo nos jovens negros de camadas sociais menos favorecidas suas vítimas preferenciais. A desigualdade social gera grupos vulneráveis que são cooptados por organizações criminosas e engrossam as estatísticas da criminalidade, como vítimas e também autores. O principal objetivo do PSPB era apresentar uma proposta alternativa para a segurança pública, voltada principalmente para as questões sociais cujos desdobramentos envolvem a criminalidade.

Analisando os dois projetos é possível perceber que algo que torna limitada a eficácia de ambos é o fato de que a criminalidade não se combate somente com ações repressivas, endurecimento das leis e aparelhamento das agências de segurança pública ou somente com ações de cunho social, mas com ações que combinem esses dois fatores de forma equilibrada.