A cobertura das tragédias e a consequente indignação seletiva

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A cobertura das tragédias e a consequente indignação seletiva

        Ultimamente têm ocorrido muitas tragédias, sejam elas provocadas por disputas ideológicas, desastres naturais provocados pela irresponsabilidade do homem, terrorismo, entre outros que ocorrem todos os dias e não são mostrados pela mídia. O artigo produzido por Mônica Mourão e Helena Martins aborda o assunto que foi muito discutido e gerou polêmicas nas redes sociais. O assunto abordado é justamente a questão da importância que se dá para as vítimas de grandes desastres de regiões econômicas e culturais diferentes.

        As autoras citam os desastres que ocorreram no Brasil e no mundo recentemente. Dentre eles o assunto que rodou o mundo em poucos segundos foi o atentado terrorista contra parisienses. Os acontecimentos chocantes que ocorreram no Brasil foram a chacina de 12 pessoas em Fortaleza e o rompimento das duas barragens em Mariana.

        A mídia brasileira está sendo questionada, pois ela deu diferentes prioridades em ambos os casos citados acima, sendo que os atentados que ocorreram em Paris foram falados em diversos meios de comunicação do jornalismo brasileiro e teve um enfoque maior que os outros acontecimentos. Mas porque determinado acontecimento tem maior cobertura das mídias? Porque acontecimentos do estilo do que ocorreu em Paris, “a cidade luz”, dão mais audiência, o mundo está cada vez mais capitalista e menos humanista.

        Houve muita discussão no Facebook, sobre o apoio dado aos parisienses através de gestos, tais como o uso de hastags e as cores da bandeira francesa na foto do perfil. Muitos criticaram os brasileiros que prestaram solidariedade aos parisienses e não fizeram a mesma coisa às vítimas do desastre que ocorreu em Minas Gerais. Isso se deu devido ao enfoque dado pelas mídias e também ao modismo do Facebook, onde um ato feito por alguns acaba influenciando as outras pessoas a fazerem. Em pouco tempo milhares de perfis estavam com fotos utilizando as cores da França.

        Pode-se concluir que         nenhum acontecimento é menos importante que outro, e também que as vidas têm o mesmo valor independentemente da razão social e cultural das pessoas. A mídia deveria fazer os eu trabalho de forma igualitária dando o mesmo tratamento aos eventos independentemente de onde ocorreu e das pessoas envolvidas.