ADMINISTRAÇÃO DE CARREIRAS E TRATAMENTO JUSTO
Exames: ADMINISTRAÇÃO DE CARREIRAS E TRATAMENTO JUSTO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: avmendonca • 10/11/2014 • 4.053 Palavras (17 Páginas) • 712 Visualizações
CEUCLAR
CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO DE CARREIRAS E TRATAMENTO JUSTO
BATATAIS
2005
ADMINISTRAÇÃO DE CARREIRAS E TRATAMENTO JUSTO
“A idéia de processo justo nunca foi tão importante para os gerentes como hoje. O processo justo acabou se tornando uma poderosa ferramenta gerencial para as empresas baseadas no produto que lutam para se transformar em empresas baseadas no conhecimento, nas quais o valor de criação depende cada vez mais de idéias e inovação. Um processo justo influi profundamente nas atitudes e comportamentos fundamentais para o alto desempenho. Ele cria confiança e gera novas idéias. Com ele, os gerentes podem alcançar até as metas mais dolorosas e difíceis com a cooperação voluntária dos funcionários. Sem um processo justo, mesmo os resultados esperados pelos funcionários podem ser difíceis de alcançar”.
Assim, o tratamento justo dos funcionários não é apenas questão de altruísmo. Ao contrário, ele faz muito sentido para os empregados por várias razões. Por um lado, a crescente litigiosidade da força de trabalho praticamente obriga os empregados a instituir processos disciplinares e de demissão que sobrevivem ao escrutínio dos árbitros e dos tribunais. Funcionários que acreditam estar recebendo tratamento justo também parecem mais motivados a “ir além” no desempenho dos seus cargos. Alguns estudos sugerem que organizações grandes e centralizadas devem se esforçar mais para instituir procedimentos que façam o local de trabalho parecer justo para os funcionários.
Na prática, o tratamento justo reflete elementos subjacentes como “há confiança nos funcionários”, “os funcionários são tratados com respeito” e “os funcionários são tratados com justiça”.
As ações que podem melhorar a percepção de justiça em uma empresa incluem a comunicação de mão dupla, a implementação de procedimentos disciplinares com “garantia de tratamento justo”, a proteção da privacidade dos funcionários e a melhor administração dos assuntos relacionados à carreira, inclusive as demissões.
Se você é um estudante, funcionário ou cliente irritado, a sua percepção de que está recebendo um tratamento justo melhora quando a outra pessoa ouve o que você está dizendo. Em alguns estudos foi descoberto que pelo menos três princípios contribuem para a percepção de justiça no ambiente de trabalho: engajamento (envolvimento dos indivíduos nas decisões que os afetam, pedindo suas opiniões e permitindo que eles refutem os méritos das idéias e suposições uns dos outros), explanação (assegurar que todos os envolvidos entendam os motivos das decisões finais e o raciocínio que levou a elas) e expectativas claras (certificar-se de que todos conheçam com antecedência os padrões segundo os quais serão julgados e as penalidades decorrentes da falha em cumprir esses padrões).
Uma vez que existe uma ligação entre comunicação e tratamento justo, muitas empresas instituíram programas para fomentar a comunicação como o “fala mais alto”, que tem como objetivo estimular a comunicação de baixo para cima, ou seja, o objetivo é estimular os funcionários a ‘falar mais alto’ sobre suas preocupações sobre assuntos como o mau funcionamento de máquinas, a falta de iluminação do estabelecimento ou os gastos exagerados do gerente em viagens.
Outro programa é o “qual é a sua opinião?”, que faz pesquisas de opinião periódicas, permitindo que os funcionários possam expressar seus sentimentos sobre a empresa e seus administradores e, em certa medida, sobre serviços, salário e benefícios.
Existem também os programas top-down (de cima para baixo), que oferece dados e informações aos funcionários e tem como objetivo aumentar a confiança.
O potencial para queixas e descontentamento está sempre presente no trabalho. Praticamente todos os fatores relativos a salários, carga horária ou condições de emprego são usados como base de queixas na maioria das empresas. Casos de disciplina e problemas de senioridade (inclusive promoções, transferências e suspensões) provavelmente encabeçam a lista. Outras reclamações podem ser motivadas por avaliações de cargo, atribuições de tarefas, horas extras, férias, planos de incentivo e feriados.
Qualquer que seja a fonte, muitas empresas (e praticamente todas as sindicalizadas) dão aos funcionários canais para a manifestação de queixas. Os procedimentos de queixas ajudam a garantir que as queixas dos funcionários sejam ouvidas e tratadas com justiça. As empresas sindicalizadas não têm monopólio do tratamento justo. Mesmo em empresas não-sindicalizadas, esses procedimentos podem assegurar a paz entre funcionários e administração.
Nas empresas sindicalizadas, o processo de lidar com as queixas é frequentemente chamado de administração de contratos, porque nenhum contrato de emprego pode ser completo a ponto de cobrir todas as contingências e responder a todas as perguntas.
Problemas desse tipo são geralmente tratados e solucionados por meio do procedimento de queixas do contrato de trabalho. O procedimento define um sistema ordenado pelo qual empresas e sindicato determinam se o contrato foi violado. O procedimento de queixas é o veículo para a administração dos contratos no dia-a-dia. Essa negociação coletiva cotidiana deve envolver apenas a interpretação dos termos existentes, e não a sua alteração ou a negociação de novos termos.
A melhor maneira de lhe dar com as queixas é desenvolver um ambiente de trabalho no qual os desentendimentos não cheguem a ocorrer. Para isso, é necessário que você tenha, em primeiro lugar, a habilidade de reconhecer, diagnosticar e corrigir as causas potenciais de insatisfação dos funcionários (como avaliações injustas, salários sem equidade ou comunicação ruim) antes que elas gerem queixas formais.
O propósito das medidas disciplinares é encorajar os funcionários a se comportar de forma sensata no trabalho (onde sensatez significa obediência às regras e aos regulamentos). Em uma organização, as regras e os regulamentos têm o mesmo propósito que as leis têm na sociedade;
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