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ALGUMAS PERGUNTAS DA AGENDA A UNIÃO NA ÚLTIMA DÉCADA CARMEN LUCIA HOSPITAL HANDS

Seminário: ALGUMAS PERGUNTAS DA AGENDA A UNIÃO NA ÚLTIMA DÉCADA CARMEN LUCIA HOSPITAL HANDS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  2/6/2014  •  Seminário  •  472 Palavras (2 Páginas)  •  280 Visualizações

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ALGUMAS QUESTÕES DA AGENDA

SINDICAL NAS ÚLTIMAS DÉCADAS

CARMEN LUCIA EVANGELHO LOPES

Economista, Coordenadora Técnica da Secretaria Nacional de Formação da Força Sindical

Sob a face sedimentada do passado, embaixo de

uma face que sugere harmonia, estão contradições

enterradas, como se fossem cartuchos de pólvora.

Leandro Konder

to. As diferentes correntes ideológicas em voga naquele

período defrontavam-se com a possibilidade de se tornarem

prisioneiras das interpretações construídas sobre elas

próprias.

As diversidades presentes no movimento sindical pós-

78 permitiram a coexistência de versões contraditórias

sobre o passado, ligadas não só à pluralidade dos modelos

teóricos adotados para a análise dos fatos, mas também

à fragmentação daquilo que interessava às diferentes

correntes recuperar deste passado, condicionando os

fatos a serem selecionados para explicar os conflitos existentes,

dificultando uma compreensão de todo o processo.

A disputa entre as correntes dava-se, também, pela

apropriação da versão verdadeira do que ocorria.

Ao analisar o novo sindicalismo, Sader afirma que a

autodefinição de sua identidade constituiu-se em um processo

de interpretação dos acontecimentos e que “desde

a designação dos fatos considerados significativos até a

atribuição de significados a tais fatos, o trabalho de interpretação

expressa uma luta” (Sader, 1988:226). Para

qualquer agrupamento social, a necessidade de autodefinição

da identidade é, na maioria das vezes, uma

questão de sobrevivência. A utilização que os grupos fazem

desta ou daquela versão para atrair adeptos ou fortalecer-

se politicamente está ligada a princípios éticos

estabelecidos pelo próprio grupo. Aceitar estas interpretações

como ponto de partida para análises teóricas posteriores

pode levar a confundir-se legitimidade com instrumentalização

do trabalho de interpretação, trocando-se

a questão “por que isto aconteceu?” para “de quem é o

erro?” Ou, o que não é menos grave, a adoção de posturas

tais como interpretar o ocorrido com os olhos do presente,

retirando-se os fatos do contexto que os gerou e

analisando-os com e para os objetivos pretendidos; ou ains

greves

...

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