ANÁLISES CRÍTICAS: ESTUDO DE CASO PORTO DO AÇU
Dissertações: ANÁLISES CRÍTICAS: ESTUDO DE CASO PORTO DO AÇU. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: CHenrique42 • 25/5/2014 • 3.846 Palavras (16 Páginas) • 676 Visualizações
ANÁLISES CRÍTICAS: ESTUDO DE CASO PORTO DO AÇU
1. INTRODUÇÃO
Fundamentalmente a logística possui uma visão organizacional holística, onde esta administra os recursos materiais, financeiros e pessoais, onde exista movimento na empresa, gerenciando desde a compra e entrada de materiais, o planejamento de produção, o armazenamento, o transporte e a distribuição dos produtos, monitorando as operações e gerenciando informações (rodomago, 2014).
Um dos modais mais importantes para a indústria e a logística no Brasil, o transporte marítimo ainda não tem todo o seu potencial devidamente utilizado. Sua importância está diretamente ligada a intermodalidade, à geração de novos empregos, ao aumento na movimentação de cargas no país e ao fortalecimento do setor de logística no mercado nacional (E-civil,2014).
A Logística Portuária compreendem as mais diversas atividades relacionadas com a movimentação de cargas, desde sua origem até o destino, envolvendo o transporte, carregamento e descarregamento das embarcações, dimensionamento de terminais e equipamentos portuários, acessos aos portos, entre outros. O Brasil tem 32 portos marítimos. Por eles, passam 95% das mercadorias que entram e saem do país. (genoalogistica, 2014).
Apesar de todas as dificuldades que enfrenta - com portos ainda inadequados, burocracia e altas tarifas, para citar apenas algumas - o setor movimenta mais de 350 milhões de toneladas ao ano. Fica fácil imaginar o quanto este número pode melhorar se houver uma preocupação e um trabalho efetivos para alterar este quadro (ebah, 2014).
Apesar de alguns avanços, os últimos balanços do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) revelam que as obras portuárias já concluídas representam 25% da carteira pública de R$ 5,3 bilhões prevista para o setor. Paralelamente, recente estudo do Fórum Econômico Mundial classificou a qualidade da infraestrutura portuária brasileira na 130ª posição em um ranking de 142 nações. (ANETRANS, 2014).
Apesar de ser um país que está entre os países emergentes e devido ao atraso para uma reformulação das leis para a política dos portos encontra-se muito atrás de todos os países do BRICS (que reúne, além do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e de dois dos principais parceiros comerciais vizinhos – Argentina e Chile. Este último ostenta uma orgulhosa 37ª posição (logística descomplicada, 2014).
Para o setor da logística, o transporte marítimo também significa crescimento. É um mercado muito grande e praticamente virgem, se considerarmos a magnitude do potencial brasileiro. Há muito que se fazer nos portos e nos elos com o transporte rodoviário e ferroviário. Pode-se imaginar uma variada gama de opções para os profissionais de logística atuarem. Quer seja diretamente nos portos, nas empresas marítimas, de armazenamento ou junto às transportadoras dos outros modais (Portal Log web, 2014).
Para dar conta destes objetivos a questão logística do Superporto do Açu será abordada em três perspectivas. Primeiro: a apresentar o projeto Superporto do Açu; segundo: apresentar as necessidades da região; terceiro: comparar a realidade com a expectativa.
Qual a necessidade da instalação do Porto do Açu e quais fatores foram determinantes para a escolha da Região Norte Fluminense?
O futuro da economia do Norte Fluminense pelo complexo portuário e industrial do Açu, cuja localização será o município de São João da Barra. Trata-se de uma intervenção de enorme envergadura com impactos expressivos sobre a base territorial e econômica, necessitando assim, da criação de uma nova institucionalidade local e regional, de modo a potencializar as externalidades liquidas derivadas do processo de implantação e consolidação do novo empreendimento (Ribeiro, 2010 p. 71).
A área onde está sendo instalado o complexo portuário é estratégica, dentre elas destacamos pois se trata de uma área com amplo espaço e desabitada, possui profundidade adequada para operação com navios de maior capacidade para o transporte de cargas (Chinamax) e está situada entre os portos do Rio de Janeiro e o Porto de Vitória.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Logística
A logística é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa. A logística é uma subárea da Administração, envolvendo diversos recursos da engenharia, economia, contabilidade, estatística, marketing e tecnologia, do transporte e dos recursos humanos (Dual Consultoria e Sistemas, 2 014).
Um conceito muito utilizado na literatura é a contribuição de (Coelho, 2011), que define a Logística como uma fonte de custos importante para muitas empresas. Segundo o autor, o transporte, a armazenagem e o custo dos estoques, representam normalmente mais de 10% do custo de um produto e esta proporção pode chegar facilmente a 30% em alguns setores, como na alimentação.
Para Ballou (2006), a logística "trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até ao ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.”.
2.2. Logística portuária
Nos ensina o autor Porto (2007, p. 25) a atividade portuária de hoje é o fruto de uma série de fatores que torna intensiva, especializada, abrangente e fomentadora de desenvolvimento. É tratada ou concebida numa economia de escala e numa visão integrada dos fatores de trânsito, neles incluindo o patrimônio portuário constituído de infraestrutura de transporte, contemplada também a infraestrutura ambiental que lhe dá sustentação e viabilidade.
Quanto à eficiência da gestão dos portos e sistemas portuários, estudos Malcow et al. (2010, p. 13), apud Giner et al. (2013), demostram que: globalização, demanda e crescimento de mercado, avanço tecnológico e acesso ao consumo, impulsionam o comércio internacional. Em decorrência desta realidade, os sistemas portuários necessitam ter alta capacidade de movimentação e gestão eficiente.
Na evolução dos modelos de gestão dos portos observam-se duas características importantes: diversidade e ininterrupção de atividades, que se desenvolvem mais do que em outras organizações industriais ou de serviços, dado grande número de stakeholders intervenientes, envolvidos e relacionados com a atividade portuária
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