ATMOSFERA EXPLOSIVA – FATORES INFLUENTES
Tese: ATMOSFERA EXPLOSIVA – FATORES INFLUENTES. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: eliasanhanguera • 27/9/2013 • Tese • 1.881 Palavras (8 Páginas) • 515 Visualizações
Introdução (Etapa1/passo1)
O fogo e a explosão devido à poeira orgânica em suspensão são riscos potencialmente
mortais em toda a operação que tem resultado secundário a formação de tais materiais
pulverulentos em alguma(s) etapa(s) de seu processo produtivo.
As indústrias de processamento de produtos que em alguma de suas fases se
apresentam na forma de pó são instalações de alto potencial de riscos quanto a
incêndios e explosões. São indústrias de armazenagem, secagem e beneficiamento de
produtos agrícolas, fabricantes de rações animais balanceadas, indústrias alimentícias
(incluindo as fábricas de óleos vegetais), indústrias metalúrgicas, farmacêuticas,
plásticas, de carvão e beneficiamento de madeira. Tais instalações devem, antes de sua
implantação, efetuar uma análise acurada de seus riscos e tomar as precauções
cabíveis, pois na fase de projeto as soluções são mais simples e econômicas. Porém as
indústrias já implantadas, com o auxílio de um profissional competente, poderão
equacionar razoavelmente bem os problemas, minorando os riscos inerentes. (SÁ,
1997).
Nas atividades industriais descritas acima há riscos para os trabalhadores, riscos estes
físicos, químicos, biológicos e ergonômicos. No entanto, dentre os principais riscos observados em tais instalações, os acidentes causados por incêndios e explosões por poeiras em suspensão são dos que mais danos trazem ao patrimônio, com perdas irreparáveis inclusive de vidas humanas, incontáveis dias de paralisação, perda de mercado, de competitividade, o investimento necessário para colocar novamente em operação o complexo, além das consequências psicológicas que isto representa no futuro pois, sempre haverá alguém que participou ou assistiu a catástrofe e que terá dificuldade de conviver com ela novamente.
Neste trabalho será abordado mais especificamente os riscos em unidades de
armazenamento e/ou beneficiamento de produtos agrícolas e fábricas de rações.
As explosões de pós em suspensão são fenômenos de pouca freqüência e talvez por
esse motivo no Brasil existe pouca ou nenhuma bibliografia a respeito do assunto. Entretanto,quando um efeito desses acontece suas conseqüências são desastrosas e pouco difundidas. Em razão disso o fenômeno com suas causas e consequências torna apaixonante a busca por métodos de prevenção.
O presente trabalho tem por objetivos:
a) Abordar os riscos de explosão de pó em grãos de cereais e derivados,
b) Levantamento e análise de possíveis formas de prevenção,
c) Estudo de caso.2
Uma breve explanação faz-se necessária sobre como se forma uma atmosfera
explosiva, que consequências são geradas a partir de uma detonação, os fatores influentes e os locais potenciais de riscos a explosões, em se tratando de unidades armazenadoras e/ou processadoras de grãos agrícolas.
2.1. ATMOSFERA EXPLOSIVA – FATORES INFLUENTES
Uma atmosfera é explosiva quando a proporção de gás, vapor ou pó no ar é tal que
uma faísca proveniente de um circuito elétrico ou do aquecimento de um aparelho provoca a explosão. Para que se inicie uma explosão, três elementos são necessários:
Combustível + oxigênio + faísca = explosão.
A combinação acima forma o Triângulo do Fogo. Atualmente é mencionado também
um quarto elemento: a reação molecular, formando então o Tetraedro do Fogo. Observa-se que o oxigênio do ar está presente em quase todo o processo produtivo em questão. É preciso saber que uma faísca ou uma chama não é indispensável para que se produza uma explosão.
Um aparelho pode, por elevação de temperatura em sua superfície, atingir a temperatura de inflamação do gás e provocar a explosão. (MACCOMEVAP, 2004).
Tecnicamente falando, uma explosão é uma onda de combustão – ou de deflagração
(que também é uma combustão com chama intensa) – que se propaga livremente inicialmentemovendo-se a uma velocidade menor que o som (300 m/s); se não confinada, essa frente de chamas viaja inicialmente com pouca rapidez, mas a velocidade aumenta logo após a ignição, formando uma onda de alta pressão.
Como os processos industriais geralmente não são projetados para suportar as pressões
desenvolvidas em uma explosão, ocorre ruptura(s) no(s) ponto(s) mais fraco(s), liberando a onda de choque geralmente acompanhada de fogo, tudo com efeitos altamente destrutivos.
Para a deflagração da explosão de pó é preciso que ocorra os seguintes elementos e
condições:
• Combustível: é o pó em suspensão. Poeiras são partículas sólidas geradas
mecanicamente por manuseio, moagem, raspagem, esmerilhagem, impacto rápido,
detonação, etc., de materiais inorgânicos e orgânicos – aqui se classificam os grãos e3
farelos. As poeiras não tendem a flocular, a não ser sob ação de forças eletrostáticas.
Elas se depositam pela ação da gravidade. São encontradas em dimensões perigosas
que vão de 0,5 a 10 microns. São expressas em mppc – milhões de partículas por pé
cúbico de ar, g/m3 ou mg/m3 de ar.
• Oxigênio, facilmente disponível na maior parte das operações industriais.
• Concentração mínima de pó misturado no ar. É a quantidade de material em
suspensão dentro de uma faixa passível de explodir, definida como Limites de
Explosividade
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