Atmosferas Explosivas
Pesquisas Acadêmicas: Atmosferas Explosivas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: biancaespindola • 4/3/2014 • 992 Palavras (4 Páginas) • 488 Visualizações
Introdução
Alguns ambientes e instalações, como os listados abaixo, apresentam a existência de áreas classificadas (atmosferas explosivas) e necessitam ter de um plano de classificação de áreas para mapear os riscos devido a possibilidade de existência de misturas potencialmente explosivas:
• Plataformas Offshore para prospecção de petróleo;
• Refinarias de Petróleo;
• Terminais de armazenamento de petróleo e derivados;
• Gasodutos;
• Indústrias químicas e petroquímicas (tintas, vernizes, cosméticos, plásticos, resinas, etc...)
• Indústrias farmacêuticas;
• Indústrias alcooleiras;
• Tanques de armazenamento de combustíveis em navios e aviões;
• Aeroportos;
• Estações de carregamentos de caminhões para transporte de produtos químicos inflamáveis ou gases liquefeitos;
• Postos de abastecimento de gasolina, álcool, diesel e gás natural veicular (GNV).
É importante ressaltar que deve haver uma gestão do risco e estudos da classificação das áreas, devido às responsabilidades envolvidas e às graves consequências que podem ocorrer caso haja um acidente.
Atmosferas Explosivas – Componentes de Risco
Uma atmosfera explosiva é quando existe em um ambiente uma proporção tal de gás, vapor, poeira ou fibras e em contato com o oxigênio, no qual uma faísca proveniente de um circuito elétrico ou o aquecimento de um equipamento pode provocar uma explosão.
Deve ser instalado um equipamento elétrico nesse ambiente, com um tipo específico de proteção pare eliminar ou isolar a fonte de ignição, evitando a ocorrência simultânea dos três componentes (combustível, oxigênio e fonte de ignição), necessários para que ocorra a explosão.
Triângulo de Fogo
Classificação de Áreas – Grupos
O Brasil adotou a normalização internacional IEC (National Electrical Code), assumindo no ambiente industrial a parte conceitual e de terminologia que é praticada internacionalmente e que difere bastante da americana, em vez de classificar ambientes em classes (conforme a norma americana que se refere as substâncias inflamáveis no local), a norma internacional fala de Grupos (porém referidos aos equipamentos elétricos).
a) Grupo I - são equipamentos fabricados para operar em mineração subterrânea;
b) Grupo II - são equipamentos fabricados para operação em outras indústrias (indústria de superfície), sendo subdividido, conforme as características das substâncias inflamáveis envolvidas, em IIA, IIB e IIC.
As subdivisões em IIA, IIB e IIC seguem o mesmo principio da normalização americana, isto é, a ordem também indica uma gradação de periculosidade da substância, do ponto de vista do comportamento durante uma explosão. A diferença está no fato de que a ordem é inversa a do NEC (National Electric Code), além de serem apenas três grupos de substancias, ao invés de quatro.
As substâncias e os seus respectivos grupos estão definidos assim:
a) Grupo IIA - Atmosfera contendo as mesmas substâncias do grupo D (propano) do NEC art.500, exceto pela inclusão de acetaldeído e monóxido de carbono (estes pertencentes ao Grupo C do NEC);
b) Grupo IIB - Atmosfera contendo as mesmas substâncias do Grupo C (etileno) do NEC art.500, exceto pela inclusão de acroleína;
c) Grupo IIC - Atmosfera contendo as mesmas substâncias dos grupos A (acetileno) e B (hidrogênio) do NEC Art. 500.
Temperatura de Ignição e Classes de Temperatura
A mais baixa temperatura de ignição das substâncias explosivas que possam dar origem a atmosferas explosivas deve ser superior à temperatura dos equipamentos elétricos a serem instalados nesta área, de forma a assegurar que os equipamentos não possam constituir fontes de risco. A classe de temperatura é definida na NBR IEC 60079-0 (Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas – Requisitos Gerais), conforme tabela abaixo:
Classe de Temperatura (T rating) Máxima Temperatura de superfície do equipamento elétrico
T1 450ºC
T2 300ºC
T3 200ºC
T4 135ºC
T5 100ºC
T6 85ºC
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