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ATPS DESENHO MECANICO

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Por:   •  17/3/2014  •  743 Palavras (3 Páginas)  •  410 Visualizações

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Em muitos casos a representação da realidade através do sistema de vistas ortográficas pode não se mostrar adequada devido a dificuldade de interpretação do desenho que pode haver, principalmente em peças complexas, devido ao grande número de linhas que estariam presentes.

Imagine, por exemplo, um prédio ou o motor de um carro sendo representados através de vistas ortográficas, ou seja, observados de fora e registrando no desenho todas as arestas e contornos visíveis e invisíveis. O número de linhas resultante. Nestes desenhos destes exemplos exigiria um tempo bastante longo para sua confecção e, mais ainda, para sua interpretação.

Explorando um pouco estes dois exemplos: no caso do prédio representado através de vistas ortográficas teríamos que registrar todos os detalhes visíveis pelo lado de fora do mesmo (contorno, esquadrias, arestas, detalhes de fachada, etc.) e todos os detalhes que seriam invisíveis desta posição (paredes internas, esquadrias e vãos internos, detalhes da fachada oposta, ect.)

Fig. 5.1 - Peça representada em vistas ortográficas

No caso do motor de carro teríamos que mostrar, da mesma forma, todos os detalhes visíveis externamente e todos aqueles internos e existentes do outro lado da peça.

É fácil compreender que em peças complexas, além do tempo que seria despendido para a transmissão de informações neste sistema, a dificuldade de interpretação aumentaria a probabilidade de equívocos na compreensão desenho.

Para evitar estas dificuldades, se utiliza amplamente nos desenhos técnicos a representação de peças através de vistas seccionadas (cortes e seções) juntamente com as representações em vistas ortográficas, buscando facilidade de representação, rapidez e eficiência de interpretação dos desenhos.

Fig. 5.2 - Vista em corte da peça da figura 3

Representar uma peça “cortada” consiste em:

• imaginar que a peça está sendo seccionada por um plano imaginário (figura 5.3);

• eliminar toda a porção da peça situada entre o plano de corte e o observador;

• representar a porção restante da peça como se estivéssemos observando a mesma cortada (figura 5.3), seguindo algumas regras comentadas a seguir.

Fig. 5.3 - Execução de um corte

O “traço” do plano de corte" deve ser indicado em uma vista perpendicular ao mesmo – este plano deve ser representado através de linha tipo traço-ponto larga que se prolonga para fora do contorno da peça. Dentro da peça o traço do plano de corte pode ser representado com linhas estreitas tipo traço-ponto ou ser suprimido.

Obrigatoriamente deve-se representar o sentido de observação, o que é feito através de setas nos extremos da linha que demarca a posição do plano de corte.

Cabe lembrar que um objeto cortado, se observado em um sentido ou em outro pode resultar em vistas bastante diferentes.

Caso esteja sendo representado mais de um corte da mesma peça colocam-se letras maiúsculas junto às setas indicativas da direção. Estas letras servem para identificar cada posição

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